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Previous issue date: 2017 / Este trabalho objetivou definir o estatuto dos itens lexicais [que] e [o que] introdutores de
relativas do português brasileiro, sob o escopo dos estudos gerativistas. Ele justifica-se pelo
fato de haver divergência na literatura para esses itens lexicais. Ao que concerne ao item
lexical [que], enquanto alguns autores o consideram apenas um complementizador, inspirados
nas ideias de Chomsky, 1977 e Kayne 1994, que analisaram o [that] do inglês) outros o
consideram um pronome relativo (KATO, 1993; KATO; NUNES, 2009). No que se refere ao
item lexical [o que], também há divergência. Uma das análises é que o [o que] é a união de
um demonstrativo [o] e de um complementizador [que] (CAPONIGRO, 2003). A segunda, e
que é mais aceita pelos autores gerativistas, é que esse item lexical é um pronome relativo
(MÓIA, 1992; FERREIRA, 2007; MARCHESAN, 2012). Dada a divergência do estatuto
destes itens no português brasileiro, esta dissertação procurou responder aos seguintes
questionamentos: a) Qual é o estatuto dos itens lexicais [que] e [o que] contidos nas
relativas?; b) [que] e [o que] conseguem introduzir relativas de qualquer tipo?; c) Quais são as
propriedades dos pronomes relativos e dos complementizadores?; d) Quais são as
contribuições que os estudos do português brasileiro podem trazer para a distinção desses
itens lexicais?; e e) Considerando as derivações disponíveis na literatura, qual parece ser a
mais adequada para a análise das relativas? Os resultados desta pesquisa mostraram que o
[que] e o [o que] são pronome relativos. O [que] é introdutor de relativas com núcleo nominal,
que, segundo Kato (1993) vem perdendo sua carga lexical, porque pode ser substituído por [o
qual], porque outros pronomes vêm perdendo carga lexical, mas não deixam de serem
pronomes relativos, ainda, a partir de dados diacrônicos, outros pronomes relativos são
permitidos em resumptivas. O [o que] é um pronome relativo do tipo [what] do inglês,
introdutor de relativas livres e de relativas com núcleo encabeçadas por uma preposição, já
que, dentre outros argumentos, não aceita ser substituído por demonstrativos em sentenças
infinitivas e, em outras línguas (como o Catalão) o [o] não consegue ser núcleo nominal.
Ademais, nesta pesquisa, considerou-se o Modelo de LD (KATO (1993); KATO E NUNES
(2009)) como o mais adequado para a análise das relativas NN já que melhor explica as
estratégias de relativização do PB e considera o [que] como pronome relativo, e a Hipótese do
Comp (GROOS; VAN RIEMSDJIK (1981)) para a análise de relativas livres, porque abarca o
maior número de tipos de relativas (apositivas e restritivas) e por não ferir as condições de
ilhas / This work aimed to define the statute of the lexical items [que] and [o que] in relatives of the
Brazilian Portuguese, through the scope of the studies in generative syntax. The research
happened because there is divergence in generative literature to these lexical items.
Concerning to the lexical item [que], while some authors consider it only a complementizer
(inspired in Chomsky, 1977and Kayne, 1994 who had analyzed [that]) other authors consider
it a relative pronoun which introduces head relatives (KATO, 1993; KATO; NUNES, 2009).
Referring to the lexical item [o que] there is divergence, too. One of the analysis is that [o
que] is the bond between a demonstrative and a complementizer (CAPONIGRO, 2003). The
second, which is the most acceptable for the generative authors, is that the item is a relative
pronoun (MÓIA, 1992; FERREIRA, 2007; MARCHESAN, 2012). Through the divergence of
the statute of these items in the Brazilian Portuguese, this dissertation aimed to answer the
following questions: a) Which is the statute of the lexical items [que] and [o que] in the
relatives?; b) Can [que] and [o que] introduce any kind of relatives?; c)What are the properties
of the relative pronouns and complementizers?; d) What are the contributions that the studies
of Brazilian Portuguese can give to the distinction of these lexical items?; and e) Considering
the available derivations in the literature, which seems to be the most suitable to the relatives?
The results of this research showed that [que] and [o que] are relative pronouns. [que]
introduces head relatives, that, according Kato (1993) has being lost lexical function, because
it can be substituted by [o qual], also, other relative pronouns are losing their lexical function
but still are relative pronouns and through diachronic data and other relative pronouns are
allowed in resumptives, not only [que]. [O que] is a relative pronoun similar to [what] from
English, which introduces free relatives and head relatives with preposition, because it doesn‟t
allowed to be substituted by demonstratives in infinitive sentences and, in other languages
(like Catalan) [o] can‟t be head of a relative. Besides, in this research, it was considered the
LD model (KATO (1993); KATO; NUNES (2009)) the most suitable to the head relatives
because it can explain the relativization strategies on Brazilian Portuguese and it considers
[que] a relative pronoun and Comp Hypothesis (GROOS; VAN RIEMSDIJK (1981)) to the
free relatives because it comprises the biggest number of relative types (appositive and
restrictive) and it respect the island conditions.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:prefix/731 |
Date | January 2017 |
Creators | Nickel, Rejane |
Contributors | Marchesan, Ani Carla |
Publisher | Universidade Federal da Fronteira Sul, UFFS, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFFS, instname:UFFS, instacron:UFFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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