A partir do Séc.XX, os modelos de organização do Sistema de Saúde no Brasil obedeceram à lógica do paradigma unicausal da medicina moderna, direcionando suas atividades em consonância com as expectativas das classes dominantes, em diferentes conjunturas políticas. Os modelos tecnoassistenciais unicausais organizaram as práticas de saúde antepondo barreiras entre o agente e o hospedeiro como no Modelo Campanhista e Modelo Médico Sanitarista ou tratando o indivíduo doente onde sua maior expressão se deu na oferta de consultas médicas sob a gerência do Instituto Nacional de Previdência Social (Modelo Médico Privatista) . O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, inscreveu na Constituição do Brasil de 1988 o direito à saúde, o Sistema Único de Saúde e os princípios que devem nortear a formulação de um novo modelo de saúde, entre eles: democracia, descentralização, hierarquização, resolutividade, admitindo a causalidade complexa do adoecer que necessita de ações intersetoriais para construção da saúde com mudança das práticas de saúde. Em 1993 o Governo Brasileiro estabeleceu o Programa de Saúde da Família (PSF) como estratégia para a construção do novo modelo e a cidade de Vitória seguindo as orientações do governo federal tem investido recursos técnicos e financeiros para ampliação de cobertura do Programa. Adotando-se a referência teórica de modelo tecnoassistencial adotado MEHRY, CECÍLIO e NOGUEIRA em 1991, este estudo tem por objetivo identificar nas atividades dos médicos, elementos que sinalizem a operacionalização de conceitos fundamentais para a mudança do modelo. Esta pesquisa é um estudo de caso de uma Região de Saúde da cidade de Vitória que utilizando a abordagem qualitativa na coleta e análise dos relatos de 7 médicos entrevistados evidenciou que a prática dos médicos do PSF reproduzem o Modelo Médico Sanitarista e Médico Privatista, na dependência do sujeito que opera as práticas, sua formação, sua subjetividade e também na dependência do contexto em que o PSF se desenvolve. / Since the XX century, the models of organization of the Health System in Brazil obey to the logic of the unique cause paradigm of the modern medicine, directing his activities in consonance with the expectations of the dominant classes, on different politic contexts. The technique and assistencial model and the unique cause organized the health parctices putting barriers between the agent and the host as in the Campaing Model and the Medic Sanitarist Model or treating the sick one. It,s biggest expression was with the offering of medical appointments with the management of the National Social Welfare Institute. The Brazilian Sanitary Reformation Movement booked in Brazilian Constitution of 1988 the right of health, The Unique Health System and the principles that should lead the formulation of a new health system, between then: democracy, decentralization, hierarchy, resolution, admitting the complex causality of sicken that requires actions betwueen different sectors to build the health with changes on health practices. On 1994, the Brazilian government established the Program of Family Health (PFH) as an strategy to form the new model and the city of Vitória, following the orientations of the federal government, has invested financial riches to enlarge the program. Using the theoretical reference of the construction of the technique and assistencial model used by MEHRY, CECILIO and NOGUEIRA on 1991, this study has as an objective identify the elements on the medical practices that sign and characterize the practice of fundamental concepts in the model change. This is a Case Study Research of an area of Vitória that using a quality approach in the collect of the reports, showed that the medical practices of the PFH reproduce the Medical Sanitary Model and the Medical Privativist, depending on as much the subject that does the practice, his formation, his subjective and also depending on the context that PFH develops itself.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-23072006-172401 |
Date | 25 February 2005 |
Creators | Luiza Maria de Castro Augusto Alvarenga |
Contributors | Cleide Lavieri Martins, Paulo Antonio de Carvalho Fortes, Regina Maria Giffoni Marsiglia |
Publisher | Universidade de São Paulo, Saúde Pública, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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