A HAS é uma doença crônica de grande magnitude no Brasil. O benefício da redução dos níveis de pressão arterial e a eficácia dos anti-hipertensivos estão bem estabelecidos, mas a taxa de controle da HAS está muito aquém do desejável. Autores contemporâneos demonstram que o cuidado das doenças crônicas não pode ser respondido de forma eficaz por sistemas de saúde voltados para doenças agudas e organizados de modo fragmentado. O objetivo deste estudo é avaliar o grau de acesso e a utilização dos serviços para tratamento de HAS em um município de médio porte e sua associação com o controle da HAS. Realizou-se estudo transversal com amostra aleatória de 300 pacientes cadastrados no HiperDia do III Distrito Sanitário de Angra dos Reis. Observou-se que mais de 80% da população entrevistada utiliza os serviços oferecidos pelo município para o tratamento da hipertensão arterial. Considerando-se os escores computados para componentes da APS segundo o PCA-Tool, que deu origem às perguntas de acessibilidade, aceitabilidade e cuidados, o escore total variou de 29 a 83 em uma escala de no máximo 96 pontos, com média de 56,7 ±13,6. Não houve diferença no escore total entre pacientes com PA controlada e não controlada (57,4 versus 56,1; P= 0,41). A taxa de pacientes com HAS controlada foi de 52,7% (IC95% 49,8-55,6). Porém, os 265 pacientes que relataram haver um serviço mais responsável pelo seu atendimento de saúde tiveram melhor taxa de controle da HAS (55,8% versus 31,4%; P=0,007). Dentre as variáveis preditoras – sexo, idade, comorbidades, renda, escolaridade, cor e modelo de unidade de saúde em que faz acompanhamento – apenas sexo feminino e a renda per capita maior associaram-se positivamente com o controle da pressão arterial. Na análise multivariada persistiu associação de controle da HAS com sexo, renda per capita e aceitabilidade, independentemente de idade. / Hypertension is a chronic disease of great magnitude in Brazil. The benefit of reducing blood pressure levels and the efficacy of antihypertensive drugs are well established, but the control rate of hypertension is far from desirable. Low compliance seems to be the main reason. However, care of chronic diseases cannot be answered effectively by health systems toward acute illness and organized so fragmented. In this study access to and use of services for the treatment of hypertension are focused as essential elements in order to determine the effectiveness in controlling hypertension. A cross-sectional study was conducted with 300 participants. The rate of patients with controlled hypertension was 52.7% ( 95% CI 49.8 to 55.6). However, the 265 patients who reported a service more responsible for their health care had better control rate of hypertension (55.8% versus 31.4%, P = 0.007). Considering the computed scores for components of APS according to the PCA-Tool, which gave rise to questions of accessibility, acceptability and care, the total score ranged from 29 to 83 in a range of up to 96 points, with an average of 56, 7 ± 13.6. There was no difference in total score between patients with controlled and uncontrolled BP (57.4 versus 56.1, P = 0.41). Among the predictor variables - age, sex, co-morbidities, income, education, color and model health unit that makes up - only female and per capita income were positively associated with blood pressure control. In multivariate analysis, controlled hypertension remained associated with female sex, higher per capita income and acceptability, regardless of age.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/76188 |
Date | January 2013 |
Creators | Cabral, Cristiane Coelho |
Contributors | Moreira, Leila Beltrami |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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