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Avaliação da resposta imunologica a vacina contra a hepatite B aplicada pelas vias intradermica ou intramuscular em profissionais da saude de hospital universitario : seguimento de cinco anos

Orientador: Fernando Lopes Gonçalves Junior / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-22T00:38:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1996 / Resumo: Os profissionais da área da saúde (P AS) apresentam risco de infecção pelo VHB três a cinco vezes mais alto que a população geral. Entretanto, o alto custo da vacina é um empecilho para que se possa garantir uma ampla cobertura vacinal. Vários estudos têm sido realizados no sentido de tentar-se viabilizar esquemas vacinais mais econômicos, mantendo a eficácia. A aplicação intradérmica reduz de sete a dez vezes o custo da vacinação e, em determinados grupos populacionais, apresenta eficácia semelhante à da intramuscular. Tentando buscar esquemas alternativos mais econômicos, para vacinação contra o VHB em P AS, selecionamos um grupo de funcionários da área da saúde da Unicamp para receberem a vacina contra o VHB. Estes profissionais foram divididos em dois grupos, conforme a via de aplicação: intradérmica (ID) ou intramuscular (1M). Todos os que foram alocados para aplicação ID e uma parcela dos que a receberam via 1M foram acompanhados para avaliação da resposta imunológica à vacinação, através da pesquisa qualitativa e quantitativa do anti-HBs. O esquema proposto para a vacinação foi de três doses, aplicadas nos intervalos de um e seis meses, em relação à primeira dose. A vacina utilizada foi a vacina recombinante belga ("Engerix B", SmithKline), na dose de 20 µ g (1 ml) para aplicação 1M e 0,2 µ g (0,1 ml) para aplicação ID (face ventral do antebraço esquerdo). De todos os funcionários que receberam a primeira dose da vacina fez-se a coleta de sangue, para determinação da prevalência do anti-HBc, como niarcador da infecção pregressa pelo VHB. Novas amostras foram colhidas no momento da aplicação das segundas e terceiras doses e seis meses após esta última para a pesquisa do anti HBs. Os profissionais que completaram todo este acompanhamento e permaneceram na instituição foram convocados, depois de cinco anos, para nova titulação do anti-HBs e pesquisa do anti-HBc. Nesta ocasião, aos que exibiram títulos de anti-HBs < 10 mUI/ml, após terem apresentado soro conversão com o esquema primário, foi administrada uma dose de reforço da vacina (20 µ g), via 1M. Após duas a quatro semanas, nova titulação do anti-HBs foi realizada. Compareceram para a primeira dose da vacina 1117 funcionários, sendo que 463 (41,5%) receberam a vacina via ID e, entre os 654 (58,5%) da via 1M, 228 foram alocados para constituírem o subgrupo de acompanhamento da soroconversão. A prevalência do anti-HBc entre os 1117 P AS foi de 10,3%. Determinadas categorias profissionais, ou especialidades, apresentaram prevalências mais altas, como laboratoristas anestesistas, anatomopatologistas e radiologistas. Observamos também maiores prevalências do anti-HBc nos indivíduos com idade superior a 35 anos e naqueles que atuam na área da saúde há mais de dez anos. Entre os 115 PAS reagentes para o anti-HBc, dois deles apresentaram HBsAg reagente e os demais eram positivos para o anti-HBs, revelando uma prevalência de portadores do VHB de 0,2%. A adesão entre a primeira e segunda doses foi de 81,8% e entre a segunda e terceira doses de 79,4%. No grupo intradérmico, entretanto, o absenteísmo foi de 29,3%. Em 77,4% dos vacinados contra o VHB, a aplicação foi segura e bem tolerada, não causando reações adversas. As reações foram mais freqüentes no grupo ID que no grupo 1M (31,4 e 15,7%; p=0,000). No grupo ID, predominaram as reações locais (hiperemia, prurido e edema no local de aplicação) e no grupo 1M, as reações sistêmicas (sonolência, mialgia, náusea)~ Houve um caso de reação anafilática após a aplicação via intradérmica da segunda dose da vacina. Após três doses da vacina, a soroconversão para o anti-HBs foi de 92,2% no grupo 1M e de 59,9% no grupo ID. No grupo 1M, obtivemos títulos de anti-HBs < 10 mUI/ml em 24,5%, títulos entre 10 e 100 mUI/ml em 13,7% e títulos acima de 100 mUI/ml em 61,8%. No grupo ID, estes títulos foram observados em 46,4%, 34,3% e 19,3%, respectivamente. Idade inferior a trinta anos e pertencer ao sexo feminino foram fatores associados a uma adequada resposta vacinaI. Após cinco anos do esquema vacinal, observamos títulos de anti-HBs >= 10 mUI/ml em 73,7 e 43,2% dos servidores dos grupos 1M e ID, respectivamente. Ao administrarmos uma dose de reforço em 36 funcionários com anti-HBs < 10 mUI/ml, 88,9% apresentaram títulos de anti-HBs protetores e 83,3% exibiram títulos superiores a 150 fi UI/mI / Abstract: Health care workers (HCW) present HBV risk of infection three to five times higher than the population in general. However, high vaccine cost is an obstacle to assure fulI vaccinal coverage. Several studies have been made in order to try to make the vaccinal scheme more economical but effective. Intradermic HBV vaccine reduces seven to ten times the cost of vaccination and in certain population groups its effectiveness is similar to intramuscular application. In order to find altemate and more economic schemes for vaccination against HBV in HCW, we have selected a group of health care workers at Unicamp to receive the HBV vaccine. These workers have been divided into two groups, according to the application route: intradermic (ID) or intramuscular (1M). All the workers who received ID application and part of those who received the vaccine via 1M were followed up for evaluation of the immunologic response to the vaccine through both quantitative and qualitative anti-HBs investigation. The proposed vaccination scheme was of three doses, at O, 1 and 6 months intervals. The vaccine used was the Belgium recombinant vaccine (Engerix B, SmithKline), with 20 µ g (1 ml) dose for 1M application and 0.2 µ g (0.1 ml) dose for ID application (ventral side of the left forearm). AlI the workers receiving the first vaccine dose were submitted to a blood test to determine the prevalence of anti-HBc as a marker of the previous HBV infection. New blood samples were collected at the time the 2nd and 3rd doses were applied and 6 months after the last one for anti-HBs survey. The workers who completed the program and who were stilI with the university, were called after 5 years for a new title of anti-HBs and survey on anti-HBc. At that time, the subjects who had anti-HBs titles < 10 mUI/ml after having shown seroconversion with the first scheme were administered a booster dose of the vaccine (20 µ g), via 1M. After two to four weeks a new anti-HBs title was made. Of the 1,117 subjects receiving the first dose, 463 (41.5%) received the vaccine via ID and from the remaining 654 (58.5%) receiving the vaccine via 1M, 228 were further divided into a seroconversion follow-up subgroup. The prevalence ofthe Anti-HBs among the 1,117 HCW was of 10.3%. Certain professional categories or specialties have shown higher prevalences, such as laboratorians (14.4%), surgeons (16.2%) and orthopedists (16.7%). There were no anti-HBc reagent cases among anesthetists, anatomopathologists and radiologists. We have also noted higher prevalence of anti-HBc on subjects over 35 years old and on those who have been working in the health care area for more than 10 years. Among the 115 anti-HBc reagent HCW, 2 have shown to be HBsAg reagent and the remaining were positive for anti-HBs, indicating a prevalence ofHBV ofO.2%. Attendance between the first and the second doses was of 81.8% and between the second and third 79.4%. ln the intradermic group, however, absenteism was of 29.3%. VBH vaccination was safe and well tolerated, with no adverse reactions in 77.4% of the subjects. Reactions were more frequent in the ID group than in the 1M group (31.4%, 15.7%; p=0,000). ln the ID group, local reactions prevailed (hyperemia, pruritus and edema) and in the 1M group, systemic reactions (drowsiness, myalgia, nausea). There was one case of anaphylactic reaction after intradermic application of the second dose of the vaccine. After three doses of the vaccine, the seroconversion for anti-HBs was of 92.2% in the 1M group and 59.9% in the ID group. lu the 1M group, we have achieved anti-HBs < 10 mUI/ml titles in 24.5%, titles between 10 and 100 mUI/ml in 13.7% and titles above 100 mUI/ml in 61.8%. ln the ID group, these titles were found in 46.4%; 34.3% and 19.3%, respectively. Age below 30 years and being female were the factors associated with an adequate vaccinal response. Five years after the vaccinal scheme, we found titles of anti-HBs >= 10 mUI/ml in 73.7% and 43.2% ofsubjects from groups 1M and ID, respectively. After administering a booster dose in 36 subjects with anti-HBs < 10 mUI/ml, 88.9% have shown titles of anti-HBs protectors; 83.3% have shown titles above 150 mUI/m1 / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/312375
Date31 October 1996
CreatorsBoccato, Raquel Silveira Bello Stucchi
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Gonçales Junior, Fernando Lopes, 1951-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format149f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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