Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-09-12T16:09:49Z
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2016_HeloisaRodriguesdeGouvêaCampos_Parcial.pdf: 350266 bytes, checksum: 6a0bc6d308af08cf51544a31efa8588f (MD5) / Introdução: Óleos de peixe em cápsulas (OPC), de venda livre no Brasil, são fontes dos ácidos graxos eicosapentenoico (EPA) e docosaexenoico (DHA), recomendados para o tratamento de hipertrigliceridemia. O objetivo do presente estudo foi avaliar o conteúdo de EPA e DHA, mercúrio, nível de oxidação e a rotulagem de OPC comercializados em Brasília, Brasil, de acordo com a legislação vigente. Também buscou-se avaliar o custo, a ingestão calórica e a carga de cápsulas envolvidos no consumo desses suplementos para o tratamento de hipertrigliceridemia. Métodos: Os OPC foram adquiridos em drogarias de Brasília. O conteúdo de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa, utilizando padrões interno (éster metílico de C23:0) e externos (ésteres metílicos de EPA e DHA). As amostras foram metiladas com trifluoreto de boro (14% em metanol). Foi aceita uma variação de ± 20% de EPA e DHA, em relação ao declarado no rótulo. O mercúrio foi determinado por método de detecção direta de vapor. O índice de peróxidos (IP) foi determinado de acordo com o método A.O.C.S Cd 8-53 adaptado por Crowe et al., (2001), e o índice de anisidina (IA), pelo método A.O.C.S Cd 18-90. O valor total de oxidação (TOTOX) foi calculado pela fórmula: 2 . IP + IA. Níveis de IP, IA e TOTOX aceitáveis por organizações internacionais reconhecidas são <5 mEq O2/ kg de óleo, <20 e <26, respectivamente. Os rótulos e as recomendações compatíveis com a propriedade funcional de EPA e DHA foram analisados a partir de documentos legais e diretrizes das sociedades científicas internacionais. O custo mensal de cada produto foi calculado a partir do preço estabelecido pelas farmácias. Resultados: Foram identificados 31 produtos e adquiridos 28, pois 3 não discriminaram a quantidade de EPA e DHA no rótulo. Dos produtos, 88,8 % e 81,4 % apresentaram porcentagem de adequação de EPA e DHA, respectivamente, dentro dos valores permitidos pela legislação brasileira. Cerca de 15 % dos produtos apresentaram concentração de mercúrio entre 11 e 15 ppb, dentro dos valores permitidos. Nos 10 produtos analisados quanto ao nível de oxidação, 20 % excederam os níveis de IP e TOTOX recomendados, com o produto mais oxidado atingindo 14,9 mEq O2/ kg de óleo de PV e 44 de TOTOX. Em relação à rotulagem, 9,7 % dos produtos estavam de acordo com todos os quesitos avaliados. Houve uma grande variação concentração de EPA e DHA e de custo e quantidade de cápsulas a ser ingerida para se atingir a dose mínima para o tratamento de hipertrigliceridemia. Produtos mais concentrados foram associados a uma menor ingestão de calorias (ρ = - 0,904; p < 0,001) e de cápsulas (ρ = - 0,794; p < 0,001), mas a um maior custo (ρ = 0,531; p = 0,002). Conclusão: Apesar da alta porcentagem de adequação das variáveis químicas analisadas, cerca de 1/ 3 dos produtos apresentaram alguma inadequação quanto à legislação. A legislação vigente em relação à rotulagem é vasta, mas fragmentada, o que refletiu em baixa porcentagem de produtos com rótulos conformes. / Background: Fish oil are over the counter supplements in Brazil, and are sources of eicosapentaenoic fatty acids (EPA) and docosahexaenoic (DHA), recommended for the treatment of hypertriglyceridemia. The aim of this study was to evaluate the content of EPA and DHA, mercury, oxidation level and labeling of fish oil supplements marketed in Brasilia, Brazil, in accordance with current legislation. Cost, caloric intake and pill burden related to the intake of these supplements for the treatment of hypertriglyceridemia were also evaluated. Methods: Fish oil supplements were purchased in drugstores of Brasilia. The fatty acid content was determined by gas chromatography using the internal (C23:0) and external (EPA and DHA) methyl ester standards. For GC-FID analysis, samples were prepared by alkali-catalyzed methylation with boron trifluoride (14% in methanol). Variation of ± 20 % of EPA and DHA, compared to the stated label was considered adequate. Mercury was determined by direct vapor detection method. PV was determined according to A.O.C.S Cd 8-53 method adapted by Crowe et al. (2001) and AV, according to A.O.C.S Cd 18-90 method. Total oxidation (TOTOX) was calculated by the formula: 2.PV + 1.AV. Recommended levels for PV, AV and TOTOX of < 5 mEq O2/ kg oil, < 20 and < 26, respectively, were used as oxidation parameters of the products. Labels and therapeutic recommendations of EPA and DHA were analyzed based on legal documents and guidelines of international scientific societies, respectively. The monthly cost of each product was calculated from the price set by the drugstores. Results: We identified 31 products and purchased 28 because 3 did not discriminate the amount of EPA and DHA on the label. EPA and DHA percentage adequacy were met by 88.8 % and 81.4 % of the products, respectively. About 15 % of products had mercury concentrations between 11 and 15 ppb, within the allowed values. Twenty percent of the products exceeded recommended levels of PV and TOTOX, with the most oxidized product reaching 14.9 mEq O2/ kg oil of PV and 44 of TOTOX. Ten percent of the labels were in accordance to all issues analyzed. There was a great variation in the concentration of EPA, DHA, cost and quantity of capsules to be ingested per day to achieve the minimum dose for the treatment of hypertriglyceridemia. The more concentrated supplements were correlated with lesser calories (ρ = - 0.904; p < 0.001) and lesser pills (ρ = - 0.794; p < 0.001), but higher costs (ρ = 0.531; p = 0.002). Conclusion: Despite the high percentage of adequacy of the chemical parameters analyzed, about 2/3 of the products showed some inadequacies according to the law. The current legislation is broad, but fragmented, which resulted in low percentage of products with label compliance.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/21693 |
Date | 01 August 2016 |
Creators | Campos, Heloisa Rodrigues de Gouvêa |
Contributors | Ito, Marina Kiyomi |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess |
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