A importância da presença do acompanhante no trabalho de parto e parto é amplamente reconhecida, porém sua aceitação como prática de rotina ainda vem sendo discutida. Este estudo teve como objetivo analisar as relações estabelecidas pelos acompanhantes e parturientes entre o espaço institucional do parto e nascimento e a experiência de ser e ter um acompanhante. Trata-se de pesquisa qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas para coleta de dados. A população deste estudo compreendeu parturientes em início do trabalho de parto e seus respectivos acompanhantes/pai, totalizando 11 casais. A análise de conteúdo de Bardin, possibilitou a identificação de duas unidades temáticas: revelando os atributos da pessoa escolhida como acompanhante; e revelando o significado de ser acompanhante no processo de nascimento de seu filho. Com a hospitalização do nascimento emergem algumas necessidades como a inserção do acompanhante no processo de parturição, na tentativa de suprir a estranheza e solidão do ambiente hospitalar. A escolha da parturiente pelo acompanhante/pai está relacionada ao fortalecimento dos laços familiares e à afirmação da paternidade. O novo pai" que está surgindo agora é um homem que procura se preparar emocionalmente para assumir, tanto quanto a mulher, um papel ativo neste momento. As expectativas da mulher em relação ao papel do acompanhante/pai neste estudo limitam-se ao apoio emocional e, na visão do casal, a participação do mesmo no trabalho de parto e parto está diretamente ligada ao sentimento de segurança e tranqüilidade. A experiência de ser e ter um acompanhante no contexto institucional poderá se dar de forma positiva, dependendo da aceitação e respeito aos direitos da mulher e seu parceiro no processo de nascimento. / The importance of having a companion present during labor and delivery has been widely recognized. Nevertheless, its acceptance as routine practice is still discussed and negotiated with women at many public and private hospitals. This study had as goal to analyse the relationships established between the companions and parturients between the institutional space of delivery and birth and the experience of being and having a companion. This qualitative research used semi-structured interviews for data collection. The study population included parturients in the initial stage of labor and their respective companions/fathers, totaling 11 couples. Bardins content analysis allowed us to identify two thematic units: Revealing the attributes of the person chosen as companion; revealing the meaning of being a companion in the delivery process of her child. Some needs come up as a result of the hospitalization for birth, such as inserting the companion in the delivery process, in an attempt to compensate for the strangeness and loneliness of the hospital environment. The parturients choice of her companion/father is related to strengthening family bonds and affirming paternity. The new father" who is appearing now is a man who tries to become emotionally prepared to assume, to the same extent as the woman, an active role at this moment. The womans expectations about the role of the companion/father at this study are limited to emotional support and, from the couples perspective, his participation during labor and delivery is directly related to the feeling of safety and tranquility. The experience of being and having a companion in the institutional context can happen in a positive way, depending on the acceptance and respect to the womans and her partners rights in the delivery process.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-13102004-152521 |
Date | 12 August 2004 |
Creators | Storti, Juliana de Paula Louro |
Contributors | Clapis, Maria Jose |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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