Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T11:43:51Z
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61200789.pdf: 537532 bytes, checksum: b3444b803ecd806f30f9aa0fc005833a (MD5) / O presente estudo buscou examinar a relação da pessoa com Síndrome de Asperger e seu
ambiente social de desenvolvimento, adentrando na compreensão de como ela avalia a sua
própria situação social. Inicialmente, questionou-se se reação do outro, talvez envolta em
preconceitos, contribuiria para o déficit de interação social estabelecido pelos manuais de
classificação como um dos indícios da síndrome. Uma vez que a interação social envolve no
mínimo duas pessoas, que se influenciam reciprocamente, pensar sobre a interação social de
pessoas com Síndrome de Asperger, focalizando apenas um lado da díade, parece não fazer
sentido. Assim, para investigar tal problemática, foram realizadas entrevistas
semi-estruturadas com três jovens diagnosticados com a síndrome e, posteriormente, com
seus respectivos pais. Por meio do relato verbal dos entrevistados, foi possível verificar que
ao falarem sobre a temática socialização, tanto os jovens quanto seus pais se remetiam a
situações escolares. A escola, que é considerada em nossa sociedade como o principal espaço
de socialização fora do ambiente familiar, e que, portanto, deveria proporcionar a vivência
acadêmica e social em uma sociedade plural, passa, porém, a ser palco de perseguições, de
descasos e de desentendimentos. O reconhecimento de infinitas possibilidades de existência
humana permite ser viável o desenvolvimento de qualquer pessoa, na convivência
colaborativa e cooperativa, em diferentes espaços sociais e culturais. No entanto, o caminho
escolhido pela escola, que é regida pela racionalidade médica e não pela racionalidade
educacional que lhe é própria, tornou mais difícil o acesso aos diferentes. Isso permite que
essa instituição perca seu caráter humanizador, tendo como consequência a negação da
convivência. Sem dúvida, existe um comportamento intencional das pessoas com Síndrome
de Asperger que demonstra resistência à interação. Contudo, isso não parece ser um
transtorno intrínseco à síndrome e unilateralmente moldado. Pode-se considerar que essa
resistência seja decorrente de uma interação marcada historicamente por uma sociedade que
lida com dificuldade com a diversidade. Desse modo, o problema interativo da pessoa com
Síndrome de Asperger não deve ser buscado exclusivamente nela, mas no exame minucioso
das relações sociais em que se envolve. O presente trabalho é uma contribuição para a
reflexão sobre as peculiaridades interativas da pessoa que apresenta Síndrome de Asperger,
visando à busca de caminhos para a promoção de seu desenvolvimento, bem-estar e
pertencimento, bem como para amparar práticas clínicas, educativas e familiares dos que
convivem com ela.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:235/6533 |
Date | 10 1900 |
Creators | Moura, Camila Hernandez de |
Contributors | Tunes, Elizabeth |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional do UniCEUB, instname:Centro de Ensino Unificado de Brasília, instacron:UNICEUB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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