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Reconhecimento, identidade e trabalho sujo na PMDF

Dissertação (mestrado))—Universidade de Brasília, Departamento de Sociologia, Instituto de Ciências Sociais, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2012. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2012-09-05T15:06:38Z
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2012_MarcioJuliodaSilvaMattos.pdf: 1369246 bytes, checksum: 854b986ff122e056eb62d9b67f9c7e22 (MD5) / O presente trabalho discorre sobre a construção identitária dos policiais militares do Distrito Federal diante da estigmatização da atividade policial como trabalho sujo. Em detalhe, a maneira como esses profissionais estabelecem suas relações sociais guarda estreito vínculo com o cenário cultural em torno de seu trabalho. Nesse sentido, o desprestígio associado à estigmatização da profissão constitui fator inequívoco de estruturação da identidade policial militar. Para tanto, utiliza-se o debate do reconhecimento social como categoria referencial à teoria social, em que a ação social é marcada por uma base motivacional afetiva. A construção identitária, dessa forma, refere-se à autocompreensão positiva de si mesmo, cujo contraste são as situações vivenciadas como experiências de desrespeito, as quais negam reconhecimento ao sujeito. Nesse sentido, o trabalho policial é percebido dentre as ocupações que se inserem marginalmente na divisão moral do trabalho, trazendo consigo o sentido simbólico do sujo. Dois grupos de sujeitos compõem a pesquisa: os noviços e os demissionários. Os primeiros são representados pelos policiais militares que ingressaram na instituição em 2010. Já os demissionários são constituídos pelos profissionais que voluntariamente deixaram a carreira desde 2000 até 2011. Dessa forma, analisaram-se as suas percepções, reações e sentimentos acerca do reconhecimento social da atividade policial. Ainda mais, buscaram-se problematizar as distinções sobre a estigmatização do trabalho policial, as reações emocionais que caracterizam as experiências de desrespeito vividas, bem como as autorrelações positivas acerca de seus modos distintos de vida, ou seja, seu habitus. Diante das análises, assinalaram-se as expectativas em torno do ingresso, bem como as motivações para a demissão no contexto da PMDF. Foram discutidas as distinções e racionalizações que marcam as interações internas, em que as construções dignificantes, como as categorias dos vibradores e dos operacionais, disputam com as funções estigmatizadas, como os encagaçados e os administrativos. Além disso, a discussão da socialização na polícia militar permitiu compreender os efeitos da estigmatização sobre a forma como o trabalho policial é percebido e, por conseguinte, desempenhado na PMDF. Nesse sentido, insere-se a noção de violência expressiva na interpretação de distinções diante dos relatos apresentados. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work discusses the identity construction of the military police of the Federal District toward the stigmatization of police activity as dirty work. In detail, the way these professionals establish their social relations keeps close ties with the cultural landscape around your work. In this sense, the discredit associated with the stigma of the profession is an unequivocal factor on the structuring of military police identity. For this purpose, we use the discussion of social recognition as a category reference to social theory, in which social action is characterized by an affective motivational basis. The construction of identity, thus, refers to positive selfunderstanding, whose contrast are the situations experienced as disrespect, which deny recognition to the individual. In this sense, police work is perceived among the occupations that fall marginally in the moral division of labor, bringing the symbolic meaning of dirty. Two groups of individuals compose the research: novices and resigned. The former are represented by military police that entered the institution in 2010. In turn, the resigned are constituted by professionals who voluntarily left the career from 2000 to 2011. Thus, we analyzed their perceptions, reactions and feelings about the social recognition of police activity. Furthermore, we sought to discuss the distinctions on the stigmatization of police work, the emotional reactions that characterize the lived experiences of disrespect, as well the positive self-relations regarding to their distinct modes of life, namely, their habitus. Before the analysis, we have identified the expectations around the entrance, and the motivations for dismissal in the context of PMDF. The distinctions and rationalizations that mark internal interactions were discussed, in which the dignified constructions, such as the categories of vibrators and street cops, compete with the stigmatized, as frightened and administrative officers. Moreover, the discussion of socialization in the military police allowed understanding the effects of stigmatization on how police work is perceived and, therefore, performed in the PMDF. In this sense, the notion of expressive violence is inserted in the interpretation of the distinctions on the reports submitted.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/11166
Date19 April 2012
CreatorsMattos, Márcio Júlio da Silva
ContributorsSoria Batista, Analía Laura
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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