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Restrição de crédito, setor informal e produtividade / Credit constraint, informal sector and productivity

A partir de um modelo padrão de empreendedorismo e crédito, como o proposto por Evans e Jovanovic (1989), este trabalho pretende analisar os efeitos de impostos e restrições de crédito sobre as escolhas ocupacionais dos agentes. Para tanto, adiciona-se ao modelo básico a possibilidade de coexistência de empreendedores atuando no setor formal e informal. A principal diferença entre estes reside no fato de que o setor formal está sujeito à cobrança de impostos e pode obter empréstimos mediante um colateral, dado por uma proporção da riqueza do agente. No setor informal não há incidência de impostos e todo o financiamento da empresa deve ocorrer via recursos próprios. Os dois setores também possuem funções de produção distintas. Além disso, são acrescentadas: alíquotas de impostos sobre o salário e rendimentos das empresas formais, bem como uma condição de equilíbrio geral no mercado de trabalho, já que os próprios empreendedores do modelo demandam este insumo. Cada indivíduo possui uma dotação de riqueza e talento empresarial. O modelo foi calibrado de acordo com algumas características da economia brasileira e em seguida foram realizadas simulações nos parâmetros de crédito e tributos. A partir das escolhas ocupacionais é possível mensurar os efeitos sobre eficiência, nível de formalização e desigualdade de renda na economia. O modelo calibrado gera uma perda de renda na ordem de 30%, com a restrição de crédito possuindo o maior efeito individual. Os resultados são mais sensíveis a variações no tributo sobre o setor formal. Tributar trabalhadores possui o efeito não trivial de melhorar a eficiência da economia por desincentivar o empreendedorismo informal, menos produtivo e mais intensivo em mão de obra. Por fim, a restrição de crédito possui uma relação não monotônica com o salário de equilíbrio e desigualdade de renda. / Based on a standard model of entrepreneurship and credit constraints, as proposed by Evans and Jovanovic (1989), this study aims to examine the effects of taxes and credit constraints on agents\' occupational choices. To this, we add the possibility of coexistence of entrepreneurs working in both formal and informal sectors. The main difference between these sectors lies in the fact that the formal one pays taxes and borrows through a collateral, defined by a proportion of the individual\'s wealth. On the other hand, in the informal sector there is no incidence of taxes, but all credit funding should be provided by the firms\' own resources. Both sectors also have different production functions. Additionally, our model adds payroll and earnings taxes of formal enterprises, as well as a labor market clearing condition. Each individual has an endowment of wealth and entrepreneurial skills. The model was calibrated to some characteristics of the Brazilian economy and then simulations were performed on the parameters of credit and taxes. The occupational choices output allows us to measure the effects on efficiency, level of formalization and income inequality of the economy. The calibrated model generates a loss of income of 30%, with the credit constraint having the largest individual effect. The results are more sensitive to tax changes on the formal sector. Payroll taxes have the nontrivial effect of improving the efficiency of overall economy, by discouraging the choice for the informal sector, which is less productive and more labor-intensive. Finally, the credit constraint has a non-monotonic relationship with the equilibrium wage and income inequality.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-01092014-162534
Date27 June 2014
CreatorsAraujo, Julia Passabom
ContributorsRodrigues Junior, Mauro
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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