O presente estudo busca revelar os significados do curso de formação em serviço Programa Ler e Escrever para um grupo de professoras de primeira à quarta série do ensino Fundamental, para as Coordenadoras Pedagógicas que atuam como formadoras e para o vicediretor de uma escola municipal considerada modelo na zona norte de São Paulo. Tomamos como base as iniciativas governamentais que têm lançado programas de formação em serviço para as unidades de ensino, com o objetivo de melhorar a qualidade da educação básica e procuramos entender de que forma um curso de formação pensado por especialistas do DOT Departamento de Orientação Técnica vem sendo recebido por um grupo de professoras e por gestores de uma escola com tradição formativa em seu histórico. Partimos do pressuposto de que os cursos de formação oficiais são incorporados, rejeitados, adaptados, ressignificados pelos sujeitos que deles participam como formadores e alunos. Utilizamos a etnografia como metodologia, para observação e para a análise dos dados. Participamos do curso de formação desenvolvido nessa unidade escolar por um ano, registramos, praticamente, tudo o que ocorria no diário de campo e fizemos entrevistas individuais com os participantes do Programa Ler e Escrever realizado na própria unidade de ensino. Verificamos que o significado dos programas oficiais mostra-se divergente numa mesma unidade de ensino. Os conteúdos do curso são elogiados por algumas professoras, criticado por outras e ressignificado por algumas. Para as Coordenadoras pedagógicas, que atuam como formadoras, o curso oficial representa uma possibilidade de interferir na prática docente, inserindo conteúdos diversificados em relação à leitura e á escrita. Para o gestor (vice-diretor) o Programa Ler e Escrever é uma forma de interferir na prática e na rotina das professoras, promovendo mudanças. Constatamos que os conteúdos do programa são inseridos na prática docente, porém de forma específica, de acordo com o significado que possuem para cada educadora. Verificamos que os programas de formação de professores devem considerar o saber docente e do ciclo de vida profissional dos mesmos. Concluímos que os projetos de formação em serviço devem ser construídos coletivamente pela equipe escolar, e que os problemas vivenciados na escola precisam ser entendidos como responsabilidade de todos. / This study tries to show the meanings of an in-service education course \"Programa Ler e Escrever\" for a group of teachers of the first to the fourth grade in elementary school, for pedagogical coordinators, who work as teachers of the teachers and for the vice-principal of a city school considered a model in the North Zone of Sao Paulo. We adopted the governmental initiatives as a base, which have released in-service education program for teaching units with the purpose to improve the elementary educational quality and tried to understand in which way a formation course, thought be specialists from DOT - Departamento de Orientação Técnica -, has been accepted by a group of teachers and managers in a school with formative background in its history. We assume the official formation programs are incorporated, rejected, adapted, reinterpreted by the people involved, being teachers or students. We use the Ethnography as methodology, as observation and data analysis. We have taken part in the formation course developed in this teaching unit for a year, and have registered, practically, everything that occurred in a field diary and also had individual interviews with the participants of the \"Ler e Escrever\" program that took place in the same educational unit. We saw that the meaning of the official programs can diverge in the same educational unit. The course content was extolled by some of the teachers, criticized by others and reinterpreted by some. According with the pedagogical coordinators, who work as teachers, the official course represents a possibility to interfere on teaching, including diversified content regarding to reading and writing. According with the vice-principal the \"Ler e Escrever\" program should consider the teacher\'s knowledge and their professional life cycles. We conclude that the in-service education should be built, collectively, by the school staff, and the problems lived in school must be understood as a responsibility of all.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-30012009-113520 |
Date | 28 July 2008 |
Creators | Conceição Aparecida Celegatto |
Contributors | Marieta Lucia Machado Nicolau, Maria Angela Barbato Carneiro, Elisabeth Ramos da Silva |
Publisher | Universidade de São Paulo, Educação, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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