[pt] A Revolução Industrial, a que se seguiu o paradigma desenvolvimentista do Século XX, legou cidades e indústrias interdependentes e determinantes entre si. Paradoxalmente, percebe-se a coexistência conflituosa entre áreas urbanas fabris e habitadas, que parece inconciliável. Muitos dos conflitos advêm de impactos de vizinhança, cuja regulação ainda não se encontra formulada e pacífica. A presente pesquisa investiga os elementos que favorecem ou prejudicam essa convivência, e propõe método de suporte à decisão voltado à gestão de impactos de vizinhança, não regulados por leis e padrões. O método baseia-se em pesquisa qualitativa de percepção de materialidade/importância dos impactos, com grupo focal, ponderada pela avaliação escalar da sua magnitude, conforme a distância entre indústria e zonas urbanas com usos distintos – em especial o residencial – em uma matriz/diagrama de apoio à decisão. Pode ser aplicado como instrumento de gestão de conflitos, no planejamento locacional de empreendimentos de alto potencial de impactos de vizinhança e no Planejamento Participativo. O caso estudado, objeto empírico da presente pesquisa, é a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), em Santa Cruz – bairro de 398 mil habitantes da Cidade do Rio de Janeiro. Siderúrgica integrada, a TKCSA iniciou suas operações em 2010. O Distrito Industrial que a recebeu, criado décadas antes, já havia atraí-do às vizinhanças vilas operárias e assentamentos informais. Em diferentes momentos, desajustes operacionais e falhas de comunicação levaram a conflitos e crises. O teste de aplicação do método desenvolvido indicou sua utilidade para a finalidade a que se propõe. / [en] Cities and Industries are interdependent and determinant among themselves. However, since the first cycle of industrialization in England at the end of the 19th Century, the conflicting coexistence between manufacturing and inhabited areas seems irreconcilable. Modernist planning proposed Industrial Districts designed under a Keynesian perspective. In contemporary times, industrial zones has followed a globalizing logic. Transnational corporations determine on a planetary scale where to locate their production platforms, in favor of profits maximization. This movement is ruled – but also facilitated – by the State in a balance between national interest and a business-friendly ambient (Harvey, 1989). Industries and other sectors of the cities need to be close. The question is: how close? Is there a desired distance that guarantees to the City and its inhabitants the highest positive externalities of industrialization, reducing, however, negative impacts and discomforts? Does environmental technology have a real capacity to positively interfere? Which elements should base environmental and neighborhood impact assessments so that: (i) emergent conflicts can be solved; or (ii) due and fair measures can be establish to overcome or compensate for the negative impacts; and (iii) early precise assessments precede new ventures? This research aims at proposing a decision-aiding method for the management of neighborhood impacts (not regulated by laws or standards), identifying aspects to facilitate coexistence between industries and neighbors.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:32960 |
Date | 07 February 2018 |
Creators | LUIZ CLAUDIO FERREIRA CASTRO |
Contributors | MARIA FERNANDA RODRIGUES CAMPOS LEMOS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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