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Estudo prospectivo de gestantes inadvertidamente vacinadas contra febre amarela na região de Campinas em fevereiro e março de 2000

Orientador: Eliana Amaral / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:24:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: No período de cinco de fevereiro a três de março de 2000 foi realizada Campanha de Vacinação em massa contra Febre Amarela na DIR XII-Campinas, decorrente da identificação de focos urbanos dos hospedeiros naturais do vírus da febre amarela e da ocorrência de poucos casos clínicos na região. Foram vacinadas 2.070.000 pessoas, atingindo-se uma cobertura vacinal de 67%. Este é um estudo descritivo com a finalidade de avaliar possíveis efeitos da vacina sobre a gestação e o produto conceptual nas gestantes que tomaram inadvertidamente a vacina contra a febre amarela. As gestantes vacinadas, identificadas pelos municípios, foram orientadas a realizar acompanhamento no Pré-Natal Especializado do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, devendo-se colher sorologia materna, no mínimo, seis semanas após a vacinação. Todas as crianças deveriam realizar acompanhamento sorológico no momento do parto e aos três, seis e 12 meses de vida. Um subgrupo de 86 pares mãe-criança de Campinas foi selecionado para uma avaliação mais aprofundada de possível infecção congênita através de estudo histopatológico das placentas, ecografia de fontanela, exame acústico e PCR dos tecidos placentários para a detecção do vírus da febre amarela, acompanhamento neuropediátrico até um ano de vida, para diagnóstico clínico de possíveis condições que pudessem ser associadas com a infecção congênita do vírus vacinal e exame morfológico para a detecção de defeitos congênitos. No total, 480 mulheres procuraram o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher durante a gestação. A soropositidade para a febre amarela (IgG) foi de 95,2% dos casos, sendo a idade gestacional média na data da vacinação de 5,7 semanas (IC 95% - 5,2 a 6,2 semanas). As maiores taxas de vacinação inadvertida concentraram-se na porção Leste da DIR XII. Alguma reação adversa à vacinação foi observada em 19,6% das gestantes, com idade gestacional média na vacina semelhante ao grupo sem reação adversa. Nenhum recém-nascido teve IgM para febre amarela detectada ao nascimento e a freqüência das alterações congênitas, perinatais e histopatológicas encontradas não foram diferentes das referidas na literatura científica. Não houve detecção de infecção congênita pelo PCR de tecidos placentários. Houve 7% de soropositividade (IgG) dos lactentes aos 12 meses de vida e um caso positivo após 24 meses. Os resultados deste estudo mostram que a soropositividade é muito elevada em mulheres vacinadas precocemente na gravidez e parece não haver comprometimento da gestação e do produto conceptual / Abstract: Between February 5 and March 3, 2000 a Yellow Fever Mass Vaccination campaign was conducted at DIR XII-Campinas, following the identification of urban foci of natural hosts of the yellow fever virus and the occurrence of a few clinical cases in the region. Two million and seventy thousand people were vaccinated, achieving a vaccination coverage of 67%. This descriptive study is aimed at evaluating possible effects on pregnancy and infants born to women who had inadvertently received the yellow fever vaccine during pregnancy. Vaccinated pregnant women, identified according to municipality were referred to the Specialized Prenatal Outpatient facility at CAISM/UNICAMP for follow-up. Maternal serum sample was collected at least six weeks following vaccination. All infants were serologically monitored at delivery and at three, six and 12 months of age. A subgroup of 86 mother-infant pairs from Campinas was selected to investigate the possibility of a congenital infection. Placental histopathologic study, fontanelle ultrasound, auditory examination and PCR of placental tissue were carried out to detect the yellow fever virus. Neuropediatric follow-up was done until one year of age to diagnose clinical conditions possibly associated with congenital infection by the vaccine virus; and morphologic examination was performed to detect congenital defects. In toto, 489 women sought the CAISM service during pregnancy. Serum sample was positive for yellow fever (IgG) in 95.2% of cases and the mean gestational age at the date of vaccination was 5.7 weeks (95% CI-5.2 to 6.2 weeks). The highest inadvertent vaccination rates were concentrated in the eastern part of DIR-XII. Some adverse reaction to vaccination was observed in 19.6% of pregnant women, whose mean gestational age at the time of vaccination was similar to the group with no adverse reaction. No newborn showed IgM detection of yellow fever at birth and the rate of congenital, perinatal and histopathologic changes found were no different from those reported in the scientific literature. Congenital infection was not detected in placental tissue by PCR. There was a 7% seropositivity (IgG) in infants at 12 months of age and one positive case after 24 months. The results of this study show that there is a very high percentage of seropositivity in women vaccinated during early pregnancy. Furthermore, harmful effects on the pregnancy and infant do not seem to occur / Mestrado / Tocoginecologia / Mestre em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313219
Date03 August 2018
CreatorsSuzano, Carlos Eduardo Saraiva
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Amaral, Eliana Martorano, 1960-, Amaral, Eliana, 1960-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format86f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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