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Previous issue date: 2011-06-16 / This study aimed to apprehend the senses and meanings that adolescent siblings of
popular classes attribute to the relationship that is established between them. In this
study, we adopt the concept of adolescence as a socially and historically constructed
phenomenon, which is not interpreted as a natural phase of human development.
The present research is qualitative and based on the theoretical and methodological
principles of Vigotski s social-historical psychology, focusing on the historical and
dialectical materialism perspective. The participants were five pairs of adolescent
siblings from 12 to 18 years old, enrolled in Escola de Circo, one of the extension
programs of the Instituto Dom Fernando (IDF) at the Pontifícia Universidade Católica
de Goiás (PUC-Goiás), in Goiânia (GO). The ten participants were interviewed
individually and, at the end of the interviews, each of them produced a drawing
expressing their relationship with the sibling. After that, they participated in two focal
groups (FG), for which they were separated and each member of the sibling dyads
took part in a different group: FG1 and FG2. According to the core meanings of the
participants, it was possible to apprehend the senses and meanings that each
adolescent attributed to himself, the sibling, and the family. In this study, the following
main thesis was pursued: the senses and meanings attributed by the participant
adolescents to their relationship with the sibling are marked by affective relationships,
which are conflicts and friendship. From this principal thesis, others were also
pursued, such as: lack of parental authority (and the affective fragility of families)
gives way to situations involving violence and authoritarianism between siblings;
violence and rivalry within the family are dialectically constituent and constituted
based on violence within society; family is the legitimate place for children
education/upbringing. Overall, this study evidenced that the adolescents have a
naturalized concept of adolescence. We conclude that the physical or verbal violence
between adolescent siblings was triggered by the uneven and asymmetrical
relationship between them. Friendship between adolescent siblings is an important
aspect of their relationship, and although conflicts are also present, this relationship
may be very gratifying and enriching for both. Family, the complex combination of
the relationships of its members, constituted the space for the antagonism
experienced by adolescent siblings, as well as by all its members. / Neste estudo, buscou-se apreender os sentidos e significados que irmãos
adolescentes das classes populares atribuem à relação que se estabelece entre
eles. A concepção de adolescência adotada neste trabalho é a de fenômeno
construído social e historicamente, não sendo interpretada como uma fase natural
do desenvolvimento humano. A presente pesquisa enquadra-se no tipo qualitativo e
é pautada pelos pressupostos teórico-metodológicos da psicologia sócio-histórica de
Vigotski, fundamentados na perspectiva do materialismo histórico e dialético.
Participaram como sujeitos cinco duplas de irmãos adolescentes entre 12 e 18 anos
de idade, que frequentavam a Escola de Circo, um dos programas de extensão do
Instituto Dom Fernando (IDF) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUCGoiás)
em Goiânia (GO). Os dez irmãos foram entrevistados individualmente e, ao
final das entrevistas, cada um produziu um desenho expressando a sua relação com
o irmão. Posteriormente, participaram de dois grupos focais (GF), separando-se os
componentes das duplas de irmãos, cada um tendo tomado parte em um grupo
diferente: GF1 e GF2. A partir dos núcleos de significação dos sujeitos,
apreenderam-se os sentidos e os significados que cada adolescente atribuiu a si, ao
irmão e à família. Neste trabalho, buscou-se defender a seguinte tese central: os
sentidos e os significados atribuídos pelos adolescentes participantes à sua relação
com seu irmão são marcados por relações afetivas, que são os conflitos e a
amizade. A partir dessa tese central, procurou-se defender outras, como: a ausência
de autoridade dos pais (e a fragilidade afetiva da família) cede lugar às situações de
autoritarismo entre irmãos; a violência e a rivalidade na família são constituintes e
constituídas dialeticamente a partir da violência na sociedade; a família é o lugar
legítimo para a educação/criação dos filhos. De forma geral, constatou-se que os
próprios adolescentes trazem consigo um conceito naturalizante sobre adolescência.
Conclui-se que a violência física ou verbal entre irmãos adolescentes foi
desencadeada pelas relações de desigualdade e de assimetria entre eles. A
amizade entre irmãos adolescentes configura-se em um aspecto importante das
relações entre eles, e embora também haja conflitos, estas relações podem ser
muito gratificantes e enriquecedoras para ambos. A família, conjunto complexo das
relações entre seus membros, constituiu o espaço dos antagonismos vivenciados
pelos irmãos adolescentes, assim como entre todos os seus membros.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/1758 |
Date | 16 June 2011 |
Creators | Carvalho, Raquel Maracaípe de |
Contributors | Sousa, Sônia Margarida Gomes, Moreira, Maria Ignês Costa, Araújo, Denise Silva, Borges, Lenise Santana, Roure, Susie Amâncio Gonçalves de |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Stricto Sensu - Doutorado em Psicologia, PUC Goiás, BR, Ciências Humanas |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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