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A escrita de uma tradição: Macedinho ou Macedo? / The writing of a tradition: Macedinho or Macedo?

Ainda muito jovem, recém formado na faculdade de Medicina, o escritor brasileiro Joaquim Manuel de Macedo é reconhecido por ter inaugurado entre nós o gênero romance, com A Moreninha (1844), primeiro best-seller nacional. O autor torna-se, então, uma grande promessa literária, deixando de lado o tom galhofeiro do primeiro romance para estruturar sua narrativa a partir de um narrador moralizantes, cujas intervenções deixam limitado espaço para a atuação do leitor. E, a partir do segundo romance, O Moço Loiro (1845), Macedo desenvolve narrativas com o mesmo tom moralizante de um narrador que é metáfora da Divina Providência e, por isso, tudo presencia, tudo sabe. Conforme produzia romances semelhantes a O Moço Loiro, a crítica literária passou a afirmar que Macedo é autor medíocre, que não complexificou as formas de seus romances, afirmação que pretendemos refutar. Para isso, propomos que o escritor brasileiro complexificou a estrutura narrativa por meio de seus narradores-protagonistas de A carteira de meu tio (1855), Memórias do sobrinho de meu tio (1868) e A luneta mágica (1869), romances que a crítica, de maneira geral, parece ter deixado de lado. / Still very young, recently graduated from a Medicine College, the Brazilian writer Joaquim Manuel de Macedo became famous for having started the Romantic style in Brazilian novel with its first novel and first national best-seller A Moreninha (1844). The author was then considered a literary promise. Soon, however, he abandoned the playful tone of his first novel. Later, he started writing narratives from a moralizing perspective of his narrator, whose interferences left a limited space for the reader's autonomy. From his second novel onwards O Moço Loiro (1845) , Macedo developed narratives with the same moralizing tone of a narrator, whose metaphorical representation is that of Providence and, consequently, is omniscient. As Macedo wrote several novels similar to O Moço Loiro, literary criticism began to consider him a mediocre author who did not try to add complexity to the form of his novels. This is precisely the point that this Dissertation aims at calling into question. Therefore, we propose that, on the contrary, the Brazilian writer did add complexity to his writings through the development of a first person narrator, who at the same time is the protagonist of the following novels: in A Carteira de Meu Tio (1855), Memórias do Sobrinho de Meu Tio (1868) and A Luneta Mágica (1869), novels which literary criticism has usually overlooked.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:97
Date16 March 2006
CreatorsBianca Karam Silva
ContributorsJoão Cezar de Castro Rocha, Marcus Vinicius Nogueira Soares, Regina Lucia de Faria
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-Graduação em Letras, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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