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A Praça Sete Jovens e a expansão do poder punitivo

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Previous issue date: 2017-03-08 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / This research seeks to problematize the productions of truth concerning the crimes committed against the lives of young people. It focuses at the discursive web on the means to make public a slaughter that took place on April 16, 2014, in the Sete Jovens Square, in Brasilândia, São Paulo. The name of the Square is a tribute to seven young people who were the victims of another massacre in 2007, in the same region. The research was based on Foucault's discussion of regimes of truth and the perspective of oral history, which privileges the issue of memory as a process of meaning creation. We conducted interviews and ethnographic experiments in the region, especially around the Square. The Square was built as the result of an ancient struggle by the region's residents in order to guarantee a leisure place. However, the disputes over its occupation show the historically constructed intersection between dangerousness, race and poverty, as well as the expansion of controls on the poor population and their circulation in public spaces, through projects that articulate "security and citizenship" and control in open air. The preferred targets of this control are children and young people, especially the black youth. Making the massacre public is a memory production job confronting what Foucault called state racism that separates those who must live from those who must die / Esta pesquisa busca problematizar as produções de verdade nos crimes cometidos contra a vida de jovens, tendo como foco a trama discursiva em torno de como foi tornar pública uma chacina ocorrida em 16 de abril de 2014, na Praça Sete Jovens, na Brasilândia, em São Paulo. O nome da Praça é uma homenagem a sete jovens atingidos por outra chacina ocorrida em 2007, na mesma região. A pesquisa apoiou-se na discussão de Foucault a respeito dos regimes de verdade e na perspectiva da história oral, que privilegia a questão da memória como processo de criação de sentidos. Realizamos entrevistas e experimentações etnográficas na região, especialmente em torno da Praça. A construção da Praça é consequência de uma luta antiga dos moradores na direção de garantir um espaço para o lazer. Todavia, as disputas pela sua ocupação evidenciam a intersecção historicamente construída entre periculosidade, raça e pobreza, bem como a expansão dos controles sobre a população pobre e sua circulação nos espaços públicos, por meio de projetos que articulam “segurança e cidadania” e realizam o controle a céu aberto. Os alvos preferenciais deste controle são crianças e jovens, especialmente negros. Tornar pública a chacina é um trabalho de produção de memória e de enfrentamento ao que Foucault chamou de racismo de estado que separa os que devem viver e os que devem morrer

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19794
Date08 March 2017
CreatorsAguiar , Claudia Cristina Trigo de
ContributorsVicentin, Maria Cristina G.
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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