Orientador: José Carlos Pinto de Oliveira / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-20T22:43:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Pierre Duhem e Thomas Kuhn aparecem como personagens privilegiados nas discussões historiográficas acerca de como a ciência se desenvolve e são classificados, respectivamente, como continuísta e descontinuísta. Este trabalho resulta de uma análise comparativa entre as visões desses dois filósofos e historiadores da ciência. Nosso propósito inicial foi compreender como eles poderiam ter visões tão díspares acerca do desenvolvimento científico, já que ambos são vistos também como participantes do mesmo grupo de filósofos para quem a estreiteza entre a história e a filosofia da ciência é admitida de maneira consensual. A pesquisa inicialmente orientada pela questão ?Como a ciência se desenvolve?' em suas obras nos levou a questionar a própria classificação da qual partimos. Na ausência de elementos corroboradores da difundida oposição entre as duas visões históricas, exploramos em suas obras dois eventos tidos comumente como revolucionários na história da ciência - os que levam o nome de Copérnico e Newton. Esse exame possibilitou a descoberta de uma insuspeitada semelhança entre a visão de Duhem e Kuhn acerca do desenvolvimento científico que neutraliza o antagonismo entre continuísmo e descontinuísmo em suas obras. Sustentamos que esse antagonismo resulta de uma abordagem bastante parcial de seus trabalhos em filosofia e história da ciência, uma abordagem que não leva em consideração os contextos diferentes de suas obras. O que observamos é que, em momentos distintos da história da ciência, Duhem e Kuhn acreditaram no rompimento com uma tradição histórica responsável por uma imagem enganadora do modo da ciência se desenvolver e que, portanto, precisava ser ultrapassada. Na tradição criticada por Duhem, os historiadores relatavam o surgimento repentino de grandes teorias, sem nenhum vínculo com a tradição; só viam revoluções. Na tradição criticada por Kuhn, os historiadores, ao reescreverem a história da ciência a partir da visão e do aparato conceitual de seu momento presente, acabaram tornando ocultas as revoluções. O resultado do trabalho reflete, sim, a tentativa inicial de compreender como se dá o desenvolvimento da ciência em Duhem e Kuhn, mas essa tentativa nos conduziu à necessidade de abandonar as usuais classificações conferidas às suas visões / Abstract: Pierre Duhem and Thomas Kuhn appear as privileged characters in the historiographical discussions about how science develops and are classified, respectively, as continuist and discontinuist. This thesis is the result of a comparative analysis between the views of these philosophers and historians of science. Our initial purpose was to understand how they could have such different views about the scientific development, since both are seen also as participants of the same group of philosophers that admit the necessary intimate connection between the history and the philosophy of science. The research, initially conducted by the question ?how does science develop?' in their works, led us to question the proper classification from which we started. In the absence of elements which corroborate the widespread opposition between the two historical views, we explore in their works two events usually regarded as revolutionary in the history of science - those that bear the names of Copernicus and Newton. This examination made possible the discovery of an unsuspected similarity between Duhem's and Kuhn's views about the scientific development that neutralizes the antagonism between continuism and discontinuism in their works. We maintain that this antagonism results from a very much partial approach of their works in philosophy and history of science, an approach that does not consider the different contexts of their works. What we observe is that Duhem and Kuhn in different times of history of science had believed in the rupture with a historical tradition which was responsible for a misleading image of scientific development, and therefore had to be overcome. In the tradition that is criticized by Duhem, historians related the sudden emergence of great theories, without any connections with the tradition; they just saw revolutions. In the tradition that is criticized by Kuhn, historians, by rewriting the history of science from a perspective of their contemporary moment, ended up turning the revolutions hidden. The result of this work does reflect the initial attempt of understanding how the scientific development occurs in Duhem and Kuhn, but this attempt has led us to the need of abandoning the usual classifications that are attributed to their views / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/280454 |
Date | 08 February 2012 |
Creators | Oliveira, Amélia de Jesus, 1967- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Oliveira, José Carlos Pinto de, 1953-, Oliveira, José Carlos Pinto de, Chibeni, Silvio Seno, Gutierre, Jézio Hernani Bomfim, Menna, Sergio Hugo, Penna-Forte, Marcelo do Amaral |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 258 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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