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Relativas livres e interrogativas encaixadas no português brasileiro

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Previous issue date: 2016 / Este trabalho se dedica ao estudo das sentenças encaixadas do português brasileiro (PB):
relativas livres e interrogativas indiretas, sob o escopo de estudos gerativistas como os de
Ross (1967), Chomsky (1977), Bresnan e Grimshaw (1978), entre outros. A motivação para
essa pesquisa é, além de interesse pessoal, a constatação de que essas sentenças podem
apresentar uma linearidade igual, como em João comeu [RL o que Maria cozinhou] e João
perguntou [IE o que Maria cozinhou]. Ademais, conforme destacado em Caponigro (2003),
Móia (1992) e Prestes (2012), não há consenso sobre o estatuto de sentenças encaixadas
introduzidas pelos verbos ver, ignorar, esquecer-se, lembrar-se, saber, revelar, descobrir,
perceber, notar e ouvir. Segundo os autores citados, esses verbos são ambíguos, pois
selecionam tanto relativas livres quanto interrogativas indiretas, como na encaixada contida
em João sabe/viu/revelou [RL/IE o que Maria cozinhou, o que se constitui como um problema
para a teoria gerativa. Assim, por meio deste estudo objetivamos: a) estabelecer as
propriedades das relativas livres e das interrogativas indiretas; b) comparar sintaticamente e
semanticamente os dois tipos de encaixadas, além de aplicar testes disponíveis na literatura
para identificar relativas livres e/ou interrogativas indiretas; c) observar o comportamento das
sentenças encaixadas selecionada pelos verbos considerados ambíguos (citados acima) ao
aplicá-los nos mesmos testes que identificam o tipo da encaixada; d) identificar uma possível
solução para o problema na diferenciação das relativas livres e das interrogativas indiretas.
Com esse estudo, constatamos, entre outros aspectos, que os verbos considerados ambíguos
passam na grande maioria dos testes (que identificam relativas livres e que identificam
interrogativas indiretas). Assim, como solução provisória, não livre de problemas, seguiremos
os estudos de Suñer (1991, 1993), Matos e Brito (2013) e Nye (2013) e afirmaremos que essas
encaixadas são, na realidade, sentenças resolutivas (nos termos de NYE, 2013) ou sentenças
interrogativas indiretas impróprias (nos termos de MATOS; BRITO, 2013). Essas sentenças
não apresentam traço [+interrogativo] (como uma interrogativa verdadeira); têm natureza
declarativa e são selecionadas pelos verbos “ambíguos” aqui analisados. / This work is dedicated to the study of Brazilian Portuguese (PB) embedded sentences: free
relatives and indirect questions, through the scope of generative studies, like Ross (1967),
Chomsky (1977), Bresnan and Grimshaw (1978) among others. The motivation for this
research is, beside personal interest, the finding that these sentences may have the same
linearity, as in João comeu [RL o que Maria cozinhou] e João perguntou [IE o que Maria
cozinhou]. In addition, as highlighted in Caponigro (2003), Móia (1992) and Prestes (2012),
there is no consensus on the status of embedded sentences introduced by verbs: ver (to see),
ignorer (to ignore), esquecer-se (to forget), lembrar-se (to remind), saber (to know), reveler
(to reveal), descobrir (to discover), perceber (to seem), notar (to note) and ouvir (to hear).
According to these authors, these verbs are ambiguous because both select free relative and
indirect interrogative, as in the embedded sentence: João sabe/viu/revelou [RL/IE o que Maria
cozinhou, which constitutes a problem for generative theory. In this way, through this study
we aim to: a) establish the proprieties of free relatives and indirect questions; b) compare
syntactically and semantically the two types of embedded sentences, besides to apply
available tests in literature to identify free relatives and/or indirect questions; c) observe the
behavior of embedded sentences selected by verbs considered ambiguous (cited above) and
apply them in the same tests which identify the type of embedded; d) identify a possible
solution to the problem in the differentiation of free relatives and indirect questions. With this
study, we encounter, among other aspects that the verbs which are considered ambiguous pass
in the biggest part of the tests (which identify free relatives and indirect questions). So, like a
temporary solution, not free of problems, we will follow the studies of Suñer (1991 and
1993), Matos and Brito (2013) and Nye (2013) and we affirm that the embedded sentences
are, in fact, resolutive sentences, in the term of NYE, 2013) or improper indirect question
sentences (in terms of MATOS;BRITO, 2013). These sentences do not present feature
[+interrogative] (like a real interrogative); have declarative nature and are selected by
ambiguous verbs here analyzed.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:prefix/761
Date January 2016
CreatorsBaú, Elisabete
ContributorsMarchesan, Ani Carla
PublisherUniversidade Federal da Fronteira Sul, UFFS, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFFS, instname:UFFS, instacron:UFFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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