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Previous issue date: 2007-05-03 / Nowadays, the brazilian speech therapy clinic, with autistics, is still dominated by the use of corrective and normative procedures, aiming at communication basically. Moving away from the positivism s point of view and adopting the subjectivism ideas (that values the particular), beyond the language conception as a mean of action and the dialogic game as a joint construction of meanings, this research investigated the role of the verbal-linguistic resources, prosodics and paralinguistics in the construction of the autistic child language, in the speech therapy clinic. Specifically, this study had the objective of searching the conversation marks basically the interactionals and the catenation ones, the vowels prolongations, intonations, rhythm and vocal pitches alterations, the cinesic, the tacesic, the prosemic, the correction, the paraphrasing, the repetition, the pause, the hesitation, the interruption and the silence. It was also verified the incidence of these resources en the relation between the autistic child and the speech therapist. The participants of the study were two speech therapists and their patients, among eight and twelve years old, with autism diagnostic, characterized, in this research, as 1 and 2 diade. The data collection was done weekly, through video recorders, gotten during the speech therapy sections. The data were analyzed by means of the video recorders transcriptions, with basis in the discursive fragments, in agreement to the purposes of the Conversation Analysis. The results demonstrated the role played by the resources in the dialogic interactions in the therapists speech turns and in their patients turns. It was observed an equilibrium in the use of the resources by the speech therapists and an inaquality with prevalence of paralinguistic resources by the patients. This study noticed the use of babbling or echolalia by the patients, considering the relation with the repetitions (essencial resource to the speech). With the intention of establish a contrast between the resources, it was required a detailed overlook from the video recorders, and, later, an analisys about the echolalia behavior all along the interactions analysed. As a conclusion, the verbal-linguistic resources, prosodics and paralinguistics were current during the díades interactions. The balanced use of the resources envolved, as the observed in the therapists speech turn, allowed a better speech constructuion. It was also evidenced the imediatism existent in the face-to-face interaction, and that it is very hard to certify the difference between the echolalia or babbling and the repetition. Therefore, this difficulty suggests that both must be meaned in the therapy process, allowing big discursive possibilities to the speakers. / Nos dias atuais, a clínica fonoaudiológica brasileira, com pacientes autistas, ainda permanece impregnada do uso de procedimentos corretivos/normativos, visando fundamentalmente à comunicação. Assumindo um afastamento dessa percepção objetivista, segmentada e comportamentalista, e adotando uma concepção mais subjetiva (onde se valoriza o particular) de linguagem como forma de ação e do jogo interacional como uma construção conjunta da significação, investigou-se, nesse estudo o papel dos recursos lingüísticos verbais, prosódicos e paralingüísticos na construção da linguagem da criança autista, na clínica fonoaudiológica. Especificamente, esta pesquisa teve como objetivo investigar o papel dos aspectos lingüísticos verbais (marcadores conversacionais basicamente interacionais e seqüenciadores), lingüísticos prosódicos (alongamentos vocálicos, entonações, alterações no ritmo, alterações na altura vocal) e paralingüísticos (a cinésica, a tacêsica, a proxêmica, a correção, o parafraseamento, a repetição, a pausa, a hesitação, a interrupção e o silêncio) na construção da linguagem da criança autista. Verificou-se, também, como objetivos específicos, a incidência do uso de elementos lingüísticos verbais, lingüísticos prosódicos e paralingüísticos na relação fonoaudiólogo/criança autista na prática fonoaudiológica. Os participantes do estudo foram duas fonoaudiólogas e seus pacientes, de 08 e 12 anos, com diagnóstico de autismo, caracterizados nesse estudo como díade 1 e 2. A coleta de dados foi feita semanalmente, através de gravações de vídeo dos atendimentos fonoaudiológicos. Os dados foram interpretados com base na transcrição das gravações de vídeo, e nos recortes discursivos, como propostos pela Análise da Conversação. Os resultados mostraram o papel desempenhado pelos recursos lingüísticos verbais, prosódicos e paralingüísticos nas interações dialogadas, tanto nos turnos das terapeutas como nos turnos dos sujeitos. Observou-se um equilíbrio na utilização dos recursos pesquisados nos turnos das terapeutas e um desequilíbrio, como maior prevalência de utilização dos recursos paralingüísticos nos turnos dos sujeitos. De forma complementar, verificou-se a ocorrência de ecolalias nos turnos das crianças. Tendo em vista sua semelhança com as repetições, recurso fundamental na elaboração do texto falado, recorreu-se à observação minuciosa das gravações de vídeo, no intuito de se estabelecer uma diferenciação entre tais recursos. Percebeu-se que, nas crianças autistas pesquisadas, a diferenciação entre a repetição e a ecolalia centrava-se em três características nas emissões ecolálicas: ausência de contato visual, atividade motora constante e reprodução fiel de recursos como alongamento vocálico, entonação e alteração de tom. Como conclusão, percebeu-se que os recursos lingüísticos verbais e prosódicos desempenharam o papel de articular os segmentos do discurso, destacar aspectos importantes do texto falado, facilitar a compreensão, orientar o interlocutor durante a interação, traduzir o estado emocional dos interactantes e facilitar o acesso ao significado do discurso. Os recursos paralingüísticos operaram no processamento do texto falado, na organização do pensamento dos interactantes, na delimitação dos tópicos, na ênfase, e chamaram a atenção de forma decisiva na manutenção da interação. Destaca-se, ainda, que a utilização equilibrada dos recursos estudados, como observada nos turnos das terapeutas, permitiu uma melhor formulação do texto falado. Constatou-se, também, que, diante do imediatismo da interação face a face, é extremamente difícil estabelecer a diferença entre a ecolalia e a repetição, sugerindo, portanto, que ambas devam ser significadas no processo terapêutico, permitindo ao seu usuário maiores possibilidades discursivas
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2.unicap.br:tede/661 |
Date | 03 May 2007 |
Creators | Lima, Andréa Novaes Ferraz de |
Contributors | Aguiar, Marígia Ana de Moura, Bernardino Júnior, Francisco Madeiro, Cunha, Dóris de Arruda Carneiro da, Costa, Maria Lúcia Gurgel da |
Publisher | Universidade Católica de Pernambuco, Mestrado em Ciências da Linguagem, UNICAP, BR, Ciências da Linguagem |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP, instname:Universidade Católica de Pernambuco, instacron:UNICAP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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