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Prevalência de lesões cervicais precursoras de câncer de colo uterino e fatores associados em mulheres atendidas em Hospital Universitário, Vitória, ES.

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Previous issue date: 2012-04-04 / Introdução: O câncer cervical de células escamosas se desenvolve a partir de lesões pré-cancerosas bem definidas, que podem progredir para doença invasiva, se não forem precocemente diagnosticadas e tratadas. Objetivos: Determinar a prevalência e os fatores de risco associados para lesões de alto grau e câncer cervical em mulheres atendidas no Ambulatório de Patologia Cervical e Colposcopia do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes, Vitória, ES.
Métodos: Estudo de corte-transversal conduzido em mulheres de 18 a 59 anos que foram referenciadas para o Ambulatório de Patologia Cervical em 2011. As mulheres foram convidadas a participar do estudo e responderam a uma entrevista contendo dados clínicos, epidemiológicos e clínicos. Após a entrevista, foram submetidas ao exame ginecológico para coleta de espécime para citologia cervical, para detecção de HPV e de Chlamydia trachomatis por teste de captura de híbridos, e ao exame colposcópico. Os casos que apresentaram lesões cervicais foram confirmados pelo exame histopatológico. Resultados: um total de 291 (90,7%) das mulheres selecionadas participaram do estudo. A mediana de idade foi de 38 anos (DIQ: 30- 48 anos); 74 (25,4%) tinham até quatro anos de estudo, 178 (61,2%) eram casadas e em 83 (28,5%) a renda familiar era de até três salários mínimos. Quando se considerou o resultado histopatológico, a frequência de lesões de alto grau/câncer cervical foi de 18,2% (IC95%:13,8%-22,6%), sendo 48 (16,5%) casos de lesão de alto grau (NIC II,NIC III\ca in situ) e 5 (1,7%) casos de carcinoma invasor. Cento e oito mulheres (37,1%) eram fumantes, onze (3,8%) confessaram usar drogas ilícitas, trinta e oito (13,1%) tiveram o primeiro coito antes dos 15 anos, duzentos e vinte e uma (75,9%) tiveram mais de um parceiro na vida, vinte (6,9%) tiveram mais de um parceiro nos últimos 12 meses, duzentos e vinte (75,6%) disseram não usar preservativos, noventa (30,2%) referiram ter pratica sexual anal, quarenta e seis (15,8%) relataram DST prévia. No modelo final de regressão logística, ter idade entre 30-49 anos [OR=4,4 (IC95%:1,01-19,04); história de tabagismo [OR=2,43 (IC95% 1,14-5,18)]; a prática de coito anal [OR=2,35 (IC95% 1,10-5,03)] e ter teste de captura híbrida para HPV de alto risco positivo [OR=11,23 (IC95% 4,79-26,36)] permaneceram independentemente associados à lesão de alto grau/câncer cervical.
Conclusão: Os resultados mostram alta frequência de lesões precursoras de carcinoma cervical em mulheres atendidas no ambulatório de patologia cervical e enfatiza a importância das estratégias de prevenção e assistência para o controle do câncer cervical.

- PALAVRA CHAVE: Lesão cervical; câncer cervical; infecção pelo HPV; genotipagem

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/4542
Date04 April 2012
CreatorsBOLDRINI, N. A. T.
ContributorsCarlos Musso, ALMEIDA FILHO, G. L., PALACI, M., MIRANDA, A. E.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Doenças Infecciosas, Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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