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A desconstrução do machismo pela linguagem: ordens de indexicalidade e outscalings motivados pelo movimento feminista no Facebook / The deconstruction of machism by language: indexical orders and outscalings motivated by the feminist movement on the Facebook

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Previous issue date: 2018-02-22 / Sem bolsa / No atual panorama social da modernidade tardia, percebemos o crescimento no índice de reflexões e discussões sobre desigualdade de gênero, com o auxílio da popularização do uso da Internet e aumento de usuários ativos na Web 2.0 e suas redes sociais. Com isso, os grupos do(s) movimento(s) feminista(s) possuem mais espaços para realizar questionamentos sobre as opressões vividas pelas mulheres na sociedade e, a partir disso, desconstruir Discursos que regulamentam e ferem corpos e comportamentos femininos. Desta forma, a luta feminista ganha maior visibilidade e possibilidade de atingir as diversas camadas sociais. Assim, se apresenta de maneira urgente compreender os embates discursivos que emergem nestes espaços, concebendo que a linguagem é constituidora do ser e, portanto, criadora, reafirmadora e modificadora de realidades da vida prática/virtual (MOITA LOPES, 2006). Objetivamos, com este estudo, analisar Discursos que buscam controlar o comportamento feminino, criando verdades, efeitos de sentido e consequências nas práticas sociais, a partir dos comentários de postagens em páginas feministas da rede social Facebook. Para tanto, nos embasamos nos preceitos da Linguística Aplicada Transgressiva (PENNYCOOK, 2006), que possui uma agenda de pesquisa com compromisso ético ao tratar da vida social, apontando seu olhar para os sujeitos que se encontram às margens e transgredindo fronteiras disciplinares convencionais, a fim de dar voz aos sujeitos de pesquisa e significar os processos socioculturais que atravessam suas vidas. Para análise de dados, nos apoiamos nos pressupostos metodológicos da etnografia digital (HINE, 2000) e utilizamos as teorias das escalas sociolinguísticas, ordens de indexicalidade e outscalings propostos por Blommaert (2010a), a fim de entender o percurso dos d/Discursos (GEE, 1999) analisados no EspaçoTempo. A pesquisa aponta que, nos debates selecionados, foram mobilizados Discursos como a maternidade compulsória, pressão social pela performance de feminilidade da mulher, Discursos esses que relacionam respeito e caráter feminino de acordo com as roupas utilizadas ou número de parceiros em suas vidas. Além disso, mobilizaram ordens de indexicalidade de padronização de comportamento feminino para que as mulheres sejam socialmente aceitas, e de culpabilização da mulher em casos de crimes de cunho sexual, violências e assédio. Por fim, a investigação nos mostrou que as mulheres feministas problematizam os Discursos em circulação no macro espaço e questionam essas verdades no micro espaço, utilizando a estratégia de contar narrativas autobiográficas a fim de criar outscalings e modificar os Discursos que normatizam os comportamentos femininos na sociedade. / In the current social panorama of later modernity, we perceive the growth in the index of reflections and discussions on gender inequality, with the help of popularization of the Internet use and increase of active users in Web 2.0 and its social networks. With this, the groups of the feminist movement (s) have more spaces to question the oppressions experienced by women in society and, from this, to deconstruct discourses that regulate and injure women's bodies and behaviors. With this, the feminist struggle gains greater visibility and possibility of reaching the different social strata. Thus, it is urgently presented to understand the discursive conflicts that emerge in these spaces, conceiving that language is constitutive of being and therefore creative, reaffirming and modifying realities of practical / virtual life (MOITA LOPES, 2006). We intend, with this study, to analyze Discourses that seek to control female behavior, creating truths, meaning effects and consequences in social practices, from the comments of posts in feminist pages of the social network Facebook. For this, we based us on the precepts of Transgressive Applied Linguistics (PENNYCOOK, 2006), which has a research agenda with ethical commitment in dealing with social life, aiming its eyes to the individuals that are on the margins and transgressing conventional disciplinary boundaries, in order to give voice to research subjects and to mean the socio- cultural processes that cross their lives. For data analysis, we based on the methodological assumptions of digital ethnography (HINE, 2000) and use the theories of sociolinguistic scales, indexicality orders and outscalings proposed by Blommaert (2010a) in order to understand the course of d/Discourses (GEE,1999) analyzed in TimeSpace. The research presented that, in the selected debates, discourses such as compulsory maternity, social pressure for the performance of woman's femininity and that relate respect and feminine character according to the clothes used or number of partners they have had in their lives. In addition, they mobilized indexical orders to standardize women's behavior so that women are socially accepted and blame the woman for cases of sexual crimes, violence and harassment. Finally, this research has shown us that feminist women problematize the circulating Discourses in the macro space and question these truths in the micro space, using the strategy of the use the autobiographical narratives in order to create outscalings and to modify the Discourses that normalize the feminine behaviors in the society.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpel.edu.br:prefix/4067
Date22 February 2018
CreatorsCabral, Clarice Regina de Souza
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/9914415339003085, Freitas, Letícia Fonseca Richthofen de
PublisherUniversidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Letras, UFPel, Brasil, Centro de Letras e Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPEL, instname:Universidade Federal de Pelotas, instacron:UFPEL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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