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Autoficções: do conceito teórico à prática na literatura brasileira contemporânea

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Previous issue date: 2014 / This study is guided by two questions: What is autofiction? What is the relationship between autofiction and contemporary Brazilian literature? Since the neologism was created by the French professor and writer Serge Doubrovsky, the concept of autofiction has been widely discussed in theoretical and literary studies, especially in France and in the French Canada. In order to discuss the original definition of autofiction (originally created in 1977) and the will of its creator to continue dictating what may or may not be considered autofiction this study presents a survey of the controversial debate around the subject and reflects on its updates as well as the multiplicity of the current autoficcional Brazilian literature. With this research, we intended to expand the existing debate and contribute to the theoretical and literary studies related to autofiction in Brazil, providing not only theoretical reflections in Portuguese, but also thinking about Brazilian literature. Our hypothesis is that autofiction is a new literary genre, still in process of being established. Therefore, it has been the focus of confusing and contradictory discussions, rejection and fascination. Thinking on autofictions in a plural form allow us to rethink the notion of a tight literary genre, making room for the different currents of this literary practice. We also propose the neologism alterfiction to designate a practice very close to autofiction, a "little sister" of the incipient genre, based on the concept of alterbiography proposed by Ana Maria Bulhões-Carvalho. / Este estudo é norteado por duas questões: O que é autoficção? Qual a relação entre a autoficção e a literatura brasileira contemporânea? Desde que o neologismo foi criado pelo professor e escritor francês Serge Doubrovsky, o conceito de autoficção tem sido amplamente discutido nos estudos teórico-literários, sobretudo na França e no Canadá francês. A fim de problematizar a definição original de autoficção (realizada nos anos 1977) e a vontade de seu criador (Doubrovsky) em continuar ditando o que pode ser ou não considerado autoficção, realizamos o levantamento do debate polêmico existente em torno do tema e refletimos sobre as atualizações desse conceito, assim como a multiplicidade do exercício autoficcional na atual literatura brasileira. Quisemos, com essa pesquisa, ampliar o debate já existente, problematizá-lo e contribuir para os estudos teóricos e literários sobre a autoficção já existentes no Brasil, disponibilizando as reflexões teóricas em língua portuguesa e pensando sobre a literatura brasileira. A nossa hipótese é a de que a autoficção é um novo gênero literário, ainda em processo de estabelecimento, e, por isso, tem sido foco de discussões confusas e contraditórias, de rejeição e de fascinação. Falar em autoficções, no plural, nos permite repensar a noção de um gênero literário tido como estanque, abrindo espaço para os diferentes perfis dessa prática literária. Também propomos o neologismo alterficção para designar uma prática muito próxima à autoficção, uma “irmã mais nova” do gênero incipiente, tendo por base o conceito de alterbiografia proposto por Ana Maria Bulhões-Carvalho.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/5746
Date January 2014
CreatorsMartins, Anna Faedrich
ContributorsMello, Ana Maria Lisboa de
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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