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Estudo dos dispositivos retóricos em La promenade Vernet, de Denis Diderot /

Orientador: Flávia Cristina de Sousa Nascimento Falleiros / Banca: Karina Chianca Venâncio / Banca: Márcio Thamos / Resumo: Denis Diderot, autor de uma obra vasta e multifacetada, é tido como uma personalidade muito importante para as ciências humanas. La Promenade Vernet, trecho integrante do Salão de 1767, reflete bem a complexidade da obra do filósofo como um todo, pois é nele em que se observam traços de diferentes gêneros como ficção, ensaio e crítica. Esse curto texto é um "passeio" em que Diderot descreve com maestria uma série de sete "sítios", com o pretexto de discutir diversas questões de natureza filosófica e estética. O que o leitor não sabe - e só vem a saber no final - é que as descrições dos elementos das paisagens não fazem referência a sete campanhas, mas sim a sete quadros de um famoso paisagista francês, Joseph Vernet. No "Passeio", Diderot e o Abade, seu interlocutor e personagem fictício, discutem, dialogicamente, em longas jornadas, sobre suas convicções quanto à arte, ao lugar do homem no mundo e a questões morais. Esta pesquisa visa colocar em foco os dispositivos retóricos utilizados pelo autor, especialmente a ekphrasis e o hieróglifo, ambos associados, direta ou indiretamente, à relação entre o verbal e o imagético (ut pictura poesis). Para o desenvolvimento da pesquisa, são utilizados autores de variadas épocas, como Horácio (18 a.C.), que cunhou o termo ut pictura poesis; Lessing (1768), que foi determinante para o desenvolvimento da retórica; e Lichtenstein (1994), cuja obra traça um percurso aprofundado da história da retórica pictórica e na qual esta dissertação se apoia com certo destaque. No texto de Diderot, nota-se significativa importância de referências clássicas, portanto, alguns artigos que esclarecem a obra de Diderot por esse olhar também foram elencados para a constituição da pesquisa. Além desse aparato teórico, recorre-se a alguns textos da obra de Diderot que não são especificamente o Salão... / Abstract: Denis Diderot, the author of a vast and multidimensional work, is a renowned personality to the Human Sciences. Promenade Vernet, an integral part of the 1767 Salon, reflects the complexity of the work of the philosopher in its entirety as we can observe some traces of genres such as fiction, essay, and criticism. The short text is a "walk" in which Diderot masterfully describes a series of seven "sites" under the pretext of questioning various subjects of a philosophical and aesthetic nature. What the reader does not have access to - and only learns at the end - is that descriptions of landscape elements do not refer to seven campaigns, but to seven paintings by the famous French landscape artist, Joseph Vernet. During the "Walk", Diderot and the abbé, his interlocutor and fictitious character, discuss dramatically, in long journeys, the beliefs about art, the position of man in the world and morality. This research aims to highlight the rhetorical devices used by the author, especially ekphrasis and hieroglyph, both associated, directly or indirectly, with the relationship between verbal and imagery (ut pictura poesis). For the development of the research, authors from different periods are used, such as Horace (18 b.C.), who coined the term ut pictura poesis; Lessing (1768), which was fundamental to the development of rhetoric; and Lichtenstein (1994), whose work traces an in-depth journey into the history of rhetoric of figures and on which this memoir is based with a ... / Resumé: Denis Diderot, auteur d'une œuvre vaste et pluridimensionnelle, est une personnalité très reconnue et importante aux Sciences Humaines. La Promenade Vernet, partie intégrante du Salon de 1767, reflète bien la complexité de l'œuvre du philosophe dans son intégralité car on peut observer des traits caractéristiques à plusieurs genres de texte tel que la fiction, l'essai et la critique. Le court texte est une « promenade » dans laquelle Diderot décrit avec maîtrise une série de sept « sites » sous prétexte de mettre en cause diverses sujets de nature philosophique et esthétique. Ce que le lecteur n'a pas d'accès - et arrive à apprendre seulement à la fin - est au fait que les descriptions des éléments des paysages ne font pas référence à sept campagnes, mais à sept tableaux d'un célèbre paysagiste français, Joseph Vernet. Pendant la « Promenade », Diderot et l'abbé, son interlocuteur et personnage fictif, débattent, dramatiquement, en longues journées, les convictions quant à l'art, à la position de l'homme dans le monde et aux mœurs. Cette recherche vise mettre en évidence les dispositifs rhétoriques utilisés par l'auteur, spécialement l'ekphrasis et le hiéroglyphe, tous les deux associés, directe ou indirectement, au rapport entre le verbal et l'imagerie (ut pictura poesis). Pour le développement de la recherche, des auteurs des époques variés sont utilisés, tel que Horace (18 a.C.), qui a inventé le terme ut pictura poesis ; Lessing (1768), qui a été fondamental au développement de la rhétorique ; et Lichtenstein (1994), dont l'œuvre trace un parcours approfondi de l'histoire de la rhétorique visuelle et sur laquelle ce mémoire se base avec un certain accent. Dans le texte de Diderot, on remarque une importance significative de références classiques, ainsi, des articles qui éclairent-ils l'œuvre de Diderot par ... / Mestre

Identiferoai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000901131
Date January 2018
CreatorsDezen, Rômulo Titton.
ContributorsUniversidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas.
PublisherSão José do Rio Preto,
Source SetsUniversidade Estadual Paulista
LanguagePortuguese, Portuguese, Texto em português; resumos em português, em francês e em inglês
Detected LanguagePortuguese
Typetext
Format137 f.
RelationSistema requerido: Adobe Acrobat Reader

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