Return to search

Caracterização litoestratigráfica e paleontológica do Membro Boacica da Formação Batinga, Neocarbonífero da bacia de Sergipe-Alagoas

The Boacica Member of the Batinga Formation, in the Sergipe-Alagoas basin, occurs on
the high structural Japoatã (SE), Penedo and Palmeira Alta (AL), characterized by
rhythmic intercalation of laminated siltstones, shales and very fine sandstones, assigned to
a system depositional deltaics fronts and prodeltas. Despite very poor fossiliferous content,
some analyzes recovered palynomorphs characteristic from the Eo Mesopennsylvanian
(Neocarboniferous), and some levels are locally abundant ichnofossils. Ichnological
associations are poorly diversified, represented by traces of rest or locomotion. The
discovery of trace fossils associated with the emergence of new outcrops, allowed the new
studies lithostratigraphic and paleontological detailed in this unit. This study had to
perform the characterization lithostratigraphic and paleontological in two outcrops of this
unit, Batinga 5 and Pescocinho 3. The sections are characterized by rhythmic intercalations
of shales, siltstones laminated and massives of whitish gray color, with very fine
sandstones cream colored, sometimes showing cyclical patterns of coarsening upward
prays fining upward reflecting changes in the depositional process. The sandstones
generally show structures climbing-ripples. According to the stratigraphic succession
raised in these outcrops, eight sedimentary facies were observed, confirming that the
deposits of facies suggest prodelta, delta front, turbidite lobes, lake bottom, fluvial,
crevasses and the debris englaciais. The ichnofossils were observed along some facies and
analyzed in different lithologies (shales, siltstones and sandstones) but are not as abundant
in Batinga 5. The ichnofossils presented themselves as bioturbation structures, featuring
brands resting, locomotion and pasture. Traces are reduced sizes and present as bilobates
thrails, straight or curved, oval, in a "coffee beans" form and other tracks irregular with
random crossing. The traces were classified as belonging to the ichnospecie Isopodichnus
problematica Schindewolf, 1921 and ichnogenus Rusophycus Hall, 1852,
Helminthoidichnites Fitch, 1850, Aulichnites Fenton & Fenton, 1937, are more common in
siltstones and shales. The ichnospecie Paganzichnus carboniferus Pazos, 2000 together
with ichnogenus Gordia Emmons, 1844 and Scoyenia White, 1929, are more common in
sandy prodeltaic facies, although also found in siltstones-shale facies. Probably these traces
were generated by activities of the arthropods, branchiopods crustaceans and organisms
nematomorph. It was also verified that one morphotype was named as Morphotype A .
This morphotype displays small short lines with elongated shapes, with a straight path to
curve slightly, with differents directions and is preserved in convex hyporelief or concave
epirelief both being frequent in muddy facies prodeltaics as in sandy facies of deltaic front.
The association of the traces studied here features a subaqueous environment, muddy,
shallow and relatively calm may represent the ichnofacies Mermia (lake) and Scoyenia
(transitional). / O Membro Boacica da Formação Batinga, da bacia de Sergipe-Alagoas, ocorre entre os
altos estruturais de Japoatã (SE), Penedo e Palmeira Alta (AL), sendo caracterizado pela
intercalação rítmica de siltitos laminados, folhelhos e arenitos muito finos, atribuídos a um
sistema deposicional de frentes deltaicas e prodeltas. Apesar do conteúdo fossilífero ser
muito pobre, algumas análises recuperaram palinomorfos característicos do Eo a
Mesopensilvaniano (Neocarbonífero), e alguns níveis são localmente abundantes em
icnofósseis. As associações icnológicas são pouco diversificadas, representadas por icnitos
de repouso ou locomoção. A descoberta de icnofósseis, associada ao surgimento de novos
afloramentos, favoreceu a realização de novos estudos litoestratigráficos e paleontológicos
mais detalhados nesta unidade. Esse estudo teve como principal objetivo realizar a
caracterização litoestratigráfica e paleontológica em dois afloramentos desta unidade,
Batinga 5 e Pescocinho 3. As seções caracterizam-se por intercalações rítmicas de
folhelhos, siltitos laminados e maciços de coloração cinza esbranquiçada, com arenitos
muito finos de coloração creme, exibindo padrões cíclicos ora de coarsening upward ora
de fining upward refletindo mudanças no processo deposicional. Os arenitos de maneira
geral apresentam estruturas de climbing-ripples. De acordo com sucessões estratigráficas
levantadas nestes afloramentos, oito fácies sedimentares foram observadas, constatando-se
que os depósitos sugerem fácies de prodelta, frente deltaica, lobos turbidíticos, fundo de
lago, crevasses, fluviais e detritos englaciais. Os icnofósseis foram observados ao longo de
algumas fácies analisadas e em diferentes litotipos (folhelhos, siltitos e arenitos), porém
não são tão abundantes em Batinga 5. Os icnofósseis apresentaram-se como estruturas de
bioturbação, caracterizando icnitos de repouso, locomoção e pastagem. As pistas são de
tamanhos reduzidos apresentando-se como pistas bilobadas, retas ou curvas, ovaladas,
impressões em forma de grãos de café e outras pistas irregulares com cruzamentos
aleatórios. Os traços que foram classificados como pertencentes à icnoespécie
Isopodichnus problematicus Schindewolf, 1921 e aos icnogêneros Rusophycus Hall, 1852,
Helminthoidichnites Fitch, 1850 e Aulichnites Fenton & Fenton, 1937 são mais frequentes
nos siltitos e folhelhos. A icnoespécie Paganzichnus carboniferus Pazos, 2000 juntamente
com os icnogêneros Gordia Emmons, 1844 e Scoyenia White, 1929 são mais frequentes
nas fácies arenosas do prodelta, embora também sejam encontrados em fácies sílticosargilosas.
Provavelmente, esses traços foram gerados por atividades de artrópodes,
crustáceos branquiópodos e organismos nematomorfos. Também foi verificado um
morfotipo não identificado nomeado Morfotipo A que exibe pequenos traços curtos com
formas alongadas, com uma trajetória reta a pouco curva, com direções variadas e estão
preservados em hiporrelevo convexo ou epirrelevo côncavo estando frequentes tanto em
fácies lamosas prodeltaicas quanto em fácies arenosas da frente deltaica. A associação dos
traços aqui estudados caracteriza um ambiente subaquoso, lamoso, relativamente calmo e
raso podendo representar as icnofácies Mermia (lacustre) e Scoyenia (transicional).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5413
Date22 February 2013
CreatorsFarias, Ricardo Monteiro
ContributorsAndrade, Edilma de Jesus
PublisherPós-Graduação em Geociências e Análise de Bacias
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0023 seconds