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Adubação orgânica e inorgânica de batatinha em solos arenosos: produtividade, dinâmica de matéria orgânica e nutrientes

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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objetivo geral desse trabalho foi estudar a relação da adubação orgânica e inorgânica
de batatinha em solos arenosos, com a produtividade, nutrição da planta e dinâmica da
matéria orgânica e nutriente no solo, em áreas cultivadas com batatinha. O estudo foi
dividido em três etapas, cada uma com seus objetivos e metodologias específicas.
Etapa 1: As relações entre os teores de nutrientes em solos com adubação orgânica e
inorgânica e os teores de nutrientes e produtividade de batatinha foram determinadas,
assim como, as relações entre aportes e a lixiviação de N e bases trocáveis. Foram
coletadas amostras de solo das camadas de 0 20, 20 40 e 40 60 cm em 18 áreas de
produção com adições anuais de esterco variando entre 2 e 40 anos e, como controle,
quatro áreas sob pastagem não adubadas. Amostras de solo e planta foram analisadas
quanto aos teores de N, P, K, Ca e Mg. A produtividade de batatas grandes teve relação
positiva com a entrada de N e produtividade total com N total no solo. Somente o Ca no
solo correlacionou-se com os teores na planta, mais não com a produtividade. As bases
trocáveis tiveram aumento nas três camadas de acordo com o aumento do esterco
aplicado, enquanto o N total só teve aumento nas de 0-20 e 20-40 cm. Etapa 2: O
objetivo foi determinar a eficiência do sulfato de amônio (15N) mais esterco na
adubação da batatinha e do efeito residual no milheto (Pennisetum glaucum) cultivado
em seqüência. Em experimento de campo em Neossolo regolítico foi comparada a
combinação de 16 t ha-1 esterco + 80 kg ha-1 de N, utilizada mais freqüentemente na
região, com doses de 11 t ha-1 de esterco combinadas com 0, 40 e 80 kg ha-1 de N em
doses únicas ou parceladas. A fonte de sulfato de amônio utilizado estava enriquecida
em 15N (2,5 % de abundância). Em todos os tratamentos avaliou-se a produção de
matéria seca nos tubérculos e na parte aérea do milheto alem da composição isotópica
do N nesses materiais. A adubação com dose tradicional é excessiva neste solo, uma vez
que a redução para 11 t ha-1 esterco e 40 kg ha-1 de N mineral não resultou em queda de
produtividade das culturas; no entanto, houve queda no caso de adubação única com
esterco. Etapa 3: A mineralização do esterco foi estimada por três métodos: emissão
em de C-CO2 em campo, incubação de solo em laboratório e perda de matéria seca em
bolsas de rede plástica. O C-CO2 emitido na superfície do solo foi capturado com
solução de NaOH, utilizando câmaras acondicionadas na superfície do solo, em parcelas
sem e com (11 t ha-1) aplicação de esterco. Em laboratório foi feita a incubação de solo
com adição de esterco (11 t ha-1), combinado ou não com sulfato de amônio (60 kg N
ha-1), em recipientes de 2000 ml hermeticamente fechados contendo NaOH para captura
do CO2, durante 180 dias. As bolsas de decomposição com adição de esterco (11 t ha-1)
com e sem sulfato de amônio (60 kg N ha-1), enterradas a 15 cm de profundidade, foram
acompanhadas durante 110 dias. A decomposição do esterco, aplicado isoladamente,
estimado via emissão de C-CO2 em campo foi inferior a 5%. No ensaio de laboratório a
decomposição, estimada pelo acumulado de C-CO2 emitido, foi muito baixa, 5 e 3,5 %
para o esterco aplicado isoladamente e com sulfato de amônio, respectivamente, em 180
dias de incubação. A aplicação de esterco combinado com N mineral apresentou menor emissão de C-CO2 comparado com aplicação isolada. As perdas de matéria orgânica do
esterco das bolsas plásticas foram de 41 e 51 % nas parcelas sem e com aplicação de N
mineral, respectivamente. Acredita-se que a lenta decomposição do esterco foi
determinada pela sua alta relação C/N (38) e alto teor de lignina (14 %).
A quantidade de esterco habitualmente utilizada pelos produtores é excessiva, o
que favorece a translocação de nutrientes para camadas mais profundas, representando
prejuízo econômico e possível risco ambiental. Os resultados obtidos nos ensaios de
decomposição e de produção de batata indicam que o esterco não é uma fonte imediata
de N e sua aplicação deve ser acompanhada de fontes mais ricas nesse nutriente e de
liberação mais rápida. O efeito residual do adubo aplicado foi expressivo para a cultura
do milheto cultivado em sucessão, pois o mesmo recuperou grande parte do N mineral
adicionado à batatinha e mostrou ser uma alternativa como forrageira em condições de
semi-árido

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9475
Date31 January 2009
CreatorsFreire de Oliveira, Fabio
ContributorsHernan Salcedo, Ignacio
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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