Return to search

Comparação de dois sistemas de fotoativação de resinas compostas, LED e lâmpada halógena: avaliação através de dureza em amostras de resina composta

O presente estudo objetivou avaliar a eficiência de dois sistemas de fotoativação de resinas compostas, diodos emissores de luz (LED) e à base de lâmpada halógena, e verificar se existe correlação entre a eficácia desses sistemas e a intensidade de luz (mW/cm2) produzida pelos mesmos. O método utilizado foi o teste de dureza em amostras de um compósito híbrido fotoativável (Z100, 3M/ESPE, cor A3). Foram selecionados 26 aparelhos fotoativadores, sendo 18 à base de LED e 8 à base de lâmpada halógena. Para aferir a intensidade de luz emitida pelos aparelhos, foi utilizado um radiômetro (Demetron, modelo 100). Cada espécime (n=5/aparelho) foi confeccionado com o auxílio de uma matriz metálica, constituída por duas partes chamadas de hemimatrizes inferior e superior, cada uma com 2mm de espessura e orifício central com diâmetro de 5mm. Sobre a hemimatriz inferior preenchida com resina, era colocado um pedaço de tira de poliéster, sobre o qual, com uma lâmina de vidro, era exercida uma pressão para promover uma superfície lisa e plana. Posicionava-se então a hemimatriz superior e, após seu preenchimento, colocava-se um outro pedaço de tira de poliéster, e nova pressão era exercida com a lâmina de vidro. A fotoativação era efetuada durante 40s com a ponta ativa de uma das unidades fotoativadoras mantida em contato com a tira de poliéster, colocada sobre a hemimatriz superior. Assim, cada espécime era composto de duas partes, uma superior e outra inferior, cada uma com 2mm de espessura. Dez minutos após a fotoativação, as hemimatrizes inferior e superior eram separadas e realizavam-se 5 impressões de dureza Knoop (dureza inicial), com carga de 100g durante 10s, em cada uma das 4 superfícies, que eram: 1ª) metade superior do espécime, voltada para a fonte de luz (topo); 2ª) metade superior do espécime, oposta à fonte de luz (2mm-s, antes da tira de poliéster); 3ª) metade inferior do espécime, voltada para a fonte de luz (2mm-i, depois da tira de poliéster), e 4ª) metade inferior do espécime, oposta à fonte de luz (4mm de profundidade ou base). Após 7 dias de estocagem numa estufa a 37ºC, novas leituras de dureza eram realizadas (dureza final). Verificou-se que: 1) houve aumento da dureza da medição imediata para a com 7 dias; 2) os valores de dureza decresceram com o aumento da profundidade; 3) o uso de um radiômetro é importante para aferir os aparelhos fotoativadores, visto que todos emitiram intensidades de luz menores que a informada pelos fabricantes; 4) a melhor profundidade para avaliação da eficiência de aparelhos fotoativadores é a de 2mm, que é a espessura indicada para que ocorra uma polimerização adequada; 5) dentre os 26 aparelhos pesquisados pode-se identificar 5 grupos distintos, assim divididos a partir do de melhores resultados: I) LED com intensidade de luz de 350 a 800mW/cm2; II) LED de 250 a 330mW/cm2 e Hal. de 340 a 500mW/cm2; III) LED de 170 a 210mW/cm2 e Hal. de 220mW/cm2; IV) LED de 120 a 140mW/cm2; e V) Hal. de 60mW/cm2. Esses resultados permitem concluir que: 1) a eficiência das unidades fotoativadoras, tanto para os sistemas à base de lâmpada halógena como à base de LED, está principalmente relacionada com a intensidade de luz, visto que os aparelhos que apresentaram melhor desempenho foram os de maior potência, independentemente da fonte utilizada; 2) é de fundamental importância que os fabricantes de aparelhos fotoativadores informem o comprimento de onda emitido, e que os dentistas clínicos e pesquisadores certifiquem e monitorem a intensidade de luz emitida por esses aparelhos. Da mesma forma, os fabricantes de resina composta e de outros materiais poliméricos fotossensíveis deveriam informar tanto a energia necessária para que ocorra uma eficiente polimerização, como o tipo de substância fotossensível utilizada na composição de seus materiais. / The purpose of this study was to evaluate the efficiency of two light curing systems (Light Emitting Diodes – LED and Halogen) on composite resins, and also to check whether there is a relationship between the effectiveness of these systems and the light intensity produced by them. Hardness tests were performed in specimens made of a light cured composite resin (Z100, 3M/ESPE A3). Twenty six curing units were selected, being 18 LEDs and 8 halogen units. A curing radiometer (Demetron, model 100) was used to measure the light intensity produced by the units. Each specimen (n=5/unit) was produced into a metallic split mold made of two parts, each of them 2mm deep with a 5-mm diameter central hole. A polyester strip and then a glass slab were placed on top of the bottom part of the split mold filled with resin and some pressure was made in order to keep the surface smooth and plain. The top of the mold was then put back, and after filling with the resin, the same process was done with a new application of pressure on the glass. The sample was cured for 40s with the tip of one of the curing units in contact with the polyester strip, on the top part of the split mold. As already mentioned, each specimen was made of two parts, one top and one bottom, 2mm deep each. Ten minutes after curing, the parts of the split mold were separated and 5 Knoop hardness tests (initial hardness) were performed, with 100g pressure for 10s on each of the 4 surfaces, as follows: 1) top half of the specimen directed to the light source (top); 2) top half of the specimen opposite to the light source (2mm-s, before polyester strip); 3) bottom half of the specimen directed to the light source (2mm-i, after the polyester strip); and 4) bottom half of the specimen opposite to the light source (4mm deep or bottom). After a 7-day storage at 37ºC, new hardness tests were performed (final hardness). The following was observed: 1) There was an increase in final hardness compared to the initial; 2) The hardness values decreased with the increase of depth; 3) Utilization of the curing radiometer is important to check the light curing units, since all produced lower light intensity than informed by the manufacturers; 4) the best depth for evaluation of the efficiency of light curing units is 2mm, which is the thickness indicated to allow proper curing; 5) Among the 26 units used, five groups could be distinctively identified according to the best results as follows: I) LED units with light intensity from 350 to 800 mW/cm2; II) LED units with light intensity from 250 to 330 mW/cm2 and halogen units from 340 to 500 mW/cm2; III) LED units with light intensity at 210 mW/cm2 and halogen at 220 mW/cm2; IV) LED units with light intensity from 120 to 140 mW/cm2; and V) halogen unit with light intensity at 60 mW/cm2. These results reveal that: 1) the efficiency of curing units, either LED or halogen units, is primarily related to the light intensity, since the units with the best performances were those with the highest outputs, regardless of the light source; 2) it is fundamental that manufacturers of light curing units inform the wavelength emitted, and dental practitioner and investigators should check and control the light intensity emitted by these units. Similarly, the manufacturers of composite resins and other light cured polymer materials should inform both the energy required for efficient curing and the type of light curing substance added in the composition of materials.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-05092005-103811
Date22 March 2005
CreatorsHumberto Carlos Pires
ContributorsPaulo Amarante de Araujo, Oscar Barreiros de Carvalho Júnior, Paulo Afonso Silveira Francisconi
PublisherUniversidade de São Paulo, Odontologia (Dentística), USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0029 seconds