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Previous issue date: 2007 / A violência criminal urbana é percebida e registrada de maneira desigual e seletiva. Certos acontecimentos tornam-se sérios dramas sociais tendo por trás de tudo um discurso pronto e parcial, para não dizer preconceituoso, com a finalidade de tirar destes dramas a sua existência ordinária. Vivemos hoje numa sociedade superacelerada, completamente complexa e mimada de riscos não se podendo mais falar em segurança jurídica tão pouco em estado de direito. Assim, o controle social que acreditávamos existir num passado, não se faz possível no presente, tão pouco num futuro. É a partir desta noção de mal-estar social que a mídia nos vende este produto deixando ele visível. Ocorre que esta visibilidade exagerada se torna, não rara vezes, objeto de medo e de insegurança social. Somos fascinados pela imagem desde a década de 80 quando a televisão se tornou o meio de comunicação mais rápido do que os outros e o Jornal, especificamente a Zero Hora, por ser possuidor de imagem e da informação, consegue agir sobre um certo acontecimento e fabricar algumas emoções nos leitores. Fala-se em fabricar exatamente porque a informação é, antes de tudo, considerada uma mercadoria não possuindo mais valor ligado a verdade, estando sujeita as leis de mercado, da oferta e da demanda e não mais às regras éticas. É claro que com esta idéia (deturpada) que está criada, fruto de uma sociedade capitalista, princípios constitucionais são deixados de lado em nome de uma publicidade abusiva já que se questiona, hoje em dia, se a informação é rentável e não mais se ela é verdadeira e ética.O medo encontra amplo terreno fértil diante deste quadro nascido do imaginário social o que reflete diretamente na qualidade de vida dos cidadãos. Este falso medo, que é baseado em estimativas irrealistas, é fonte de sofrimento e determina políticas equivocadas, pois percebido como uma eficiente forma de controle social. Analisar-se-á a forma pela qual o fenômeno da violência criminal é apresentado neste meio de comunicação mostrando como a mídia seleciona as notícias, o tratamento diferenciado que da às pessoas envolvidas, bem como o discurso que é empregado. A área de concentração da pesquisa será sobre a violência e a linha de pesquisa será acerca da política criminal bem como a limitação do poder punitivo. Para tanto a presente dissertação se vinculará diretamente na área de concentração e na linha de pesquisa na medida em que se abordará a forma pela qual a violência criminal é tratada na mídia escrita, especificamente no Jornal Zero Hora, e como que este fenômeno é tratado equivocadamente por uma política criminal praticamente própria ignorando todo e qualquer princípio constitucional.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/1811 |
Date | January 2007 |
Creators | Litvin, Juliana Krause |
Contributors | Lopes Junior, Aury Celso Lima |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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