Neozygites sp., é considerado como um dos mais importantes inimigos naturais do ácaro verde da mandioca, Mononychellus tanajoa (Bondar), no Nordeste do Brasil. A viabilização do uso deste patógeno em campo requer o conhecimento da sua distribuição geográfica, de métodos de produção"in vivo"e"in vitro"e o entendimento das relações patógeno-hospedeiro, abordados neste estudo. Neozygites sp. foi constatado nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe. Ácaros infectados pelo fungo foram observados em 31 ,5% dos campos avaliados, predominantemente nas coletas realizadas durante os períodos úmidos, embora também tenham sido constatados ocasionalmente durante épocas secas. Estabeleceu-se um método para produção de Neozygites sp. utilizando-se como unidades de multiplicação discos de folha de mandioca onde foi realizado o contágio entre ácaros mumificados pelo patógeno e ácaros sadios. Crescimento de protoplastos de Neozygites sp., foi obtido em Meio de Grace + 0,35g/I de NaHCO3 e no Meio 199 (com sais de Hank) + 26,68g/I de sacarose + 2,2g/l de NaHCO3 , quando foram enriquecidos com soro fetal bovino, às proporções de 5 ou 8% do volume total. A ocorrência do patógeno foi estudada no período de março a outubro de 1 994 em 9 campos de mandioca em Piritiba - Bahia para o conhecimento de detalhes da epizootia. O período entre o início do surgimento de ácaros infectados em um dos campos, até à constatação de ácaros infectados em todos os campos durante a epizootia foi de 23 dias. A determinação da existência de uma variabilidade espaço-temporal na ocorrência inicial de Neozygites sp., em campos de mandioca, indica a conveniência da transferência do patógeno de um campo a outro para antecipar o início de epizootias em campos diferentes. Reduções nas populações de M. tanajoa estiveram correlacionadas com incrementos nos níveis de infecção por Neozygites sp., durante os meses de junho e julho. As epizootias foram caracterizadas por um curto espaço de tempo entre o surgimento do patógeno e a rápida redução nas altas densidades populacionais de M. tanajoa. Na fase pós-epizoótíca a densidade de M. tanajoa permaneceu por algum tempo em níveis muito reduzidos, diminuindo consequentemente a incidência do patógeno em campo. O surgimento de novos casos da doença foi proporcionalmente maior nas plantas com maior densidade populacional de M. tanajoa dentro de um mesmo campo. Ácaros infectados foram observados em maior proporção nas folhas apicais. Durante os meses de junho e julho ocorreu substancial formação de esporos de resistência. É possível que esta fase do ciclo biológico seja a principal forma em que o patógeno transponha os períodos de seca no Nordeste do Brasil / not available
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-20181127-160212 |
Date | 12 March 1996 |
Creators | Delalibera Júnior, Italo |
Contributors | Moraes, Gilberto Jose de |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0027 seconds