Tese (doutorado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2010. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2011-06-03T18:30:15Z
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2010_PriscillaMarcondelliDiasThomaz.pdf: 1726499 bytes, checksum: 9a0e2e5a61021c8b45d1ed8730577f75 (MD5) / INTRODUÇÃO: Os objetivos desse estudo foram: avaliar fatores associados ao padrão de atividade física e ao conceito de alimentação saudável em indivíduos adultos de Brasília, avaliar a validade do peso, altura e índice de massa corporal (IMC) resultante de dados auto-referido e identificar os fatores que influenciam a diferença entre os valores medidos e referidos. MÉTODOS: Utilizou-se amostragem por conglomerados das quatro regiões administrativas de Brasília de indivíduos adultos (≥ 20 anos de idade) residentes nos domicílios sorteados. O questionário internacional de atividade física (IPAQ), versão curta, foi utilizado. Foram incluídas duas questões sobre as razões para manter o padrão de atividade física e sobre o conceito de alimentação saudável. Dados sócio-demográficos, peso e altura foram informados em entrevista no domicílio e posteriormente medidos. RESULTADOS: Em 250 domicílios foram entrevistados e mensurados 469 adultos. O nível socioeconômico foi alto, com 81% nas duas categorias superiores e a mediana de anos de estudo foi de 15 anos. O percentual de indivíduos com Escore de Atividade Física (EAF: minutos semanais de atividade física) acima de 150 foi de 52% (IC95% 47-56%). Houve uma forte interação entre sexo e IMC para a associação com o EAF. Somente nos homens foi observada uma associação inversa entre o EAF e o IMC, ou seja, quanto maior o IMC, menor o EAF. A caminhada foi a atividade mais relatada por homens e mulheres, no entanto, homens estão mais propensos a pedalar, correr, nadar e fazer exercícios com pesos enquanto as mulheres, a realizar serviços domésticos. Em relação ao conceito de alimentação saudável, as respostas agrupadas foram: equilíbrio e/ou variedade (34,3%), consumo de frutas e/ou hortaliças (27,7%), saúde (12,8%) e pouca gordura (7,7%). Não foi encontrada associação significativa entre conceito de alimentação saudável e as variáveis estudadas. O viés (diferença entre valor medido e referido) do peso foi de -0,17 kg (p=0,1), da altura foi de -1 cm (p<0,001) e do IMC de -0,06 kg/m2 (p=,08). Homens com IMC abaixo de 25 kg/m² tendem a superestimar o próprio peso, enquanto aqueles com excesso de peso e obesos tendem a subestimá-lo (p<0,01). A idade no sexo masculino (mais de 50 anos, p=0,037) e os anos de estudo no feminino (< 12 anos de estudo, p<0,01) estão associados à superestimação da altura. A sensibilidade e a especificidade para detectar o sobrepeso (IMC > 25kg/m2) foram expressivas, sendo de 94% e 90% para os homens e de 88% e 98% para as mulheres, respectivamente. CONCLUSÕES: Existem diferenças entre os sexos para o EAF e para os tipos de atividades praticadas. Aproximadamente metade dos indivíduos adultos de Brasília é suficientemente ativa. As definições de alimentação saudável estão coerentes com outros estudos e não estão associadas as variáveis controladas. O peso e a altura auto-referidos são válidos para subgrupos de mulheres com mais de 12 anos de estudo e para homens abaixo de 50 anos e na faixa de IMC eutrófico. As medidas auto-referidas são úteis para acompanhamento do sobrepeso nos adultos de Brasília, mas não se aplicam para acompanhamento individual. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Introduction: The goals of this study were: to assess the factors associated with the pattern of physical activity and the concept of healthy eating in adults living in Brasilia; to assess the validity of weight, height and body mass index (BMI) resulting from self-reported data and to identify the factors which influence differences between measured and self-reported values. Methods: A cluster sample of adults (≥20 years old) from Brasilia four administrative regions was used. The short version of the international physical activity questionnaire (IPAQ) was applied. Two questions about the reasons to maintain physical activity levels and about the concept of healthy eating were added to it. Demographic data, weight and height were selfreported during the interviews at the selected households and later measured with a standardized method. Results: In 250 households, a total of 469 adults were interviewed and measured. Socioeconomic level was high, with 81% of them classified in the top two categories and the median of study years was 15. The percentage of participants that accumulate 150 minutes of physical activity per week was 52% (IC95% 47-56%). There was a strong interaction between gender and BMI in association with the Physical Activity Score (PAS: minutes per week of physical activity). An inverse association was only observed between PAS and BMI among men. Walking was the most reported activity for men and women, while men reported more often biking, running, swimming and weight lifting, and women reported more often activities such as household duties. In terms of concept of healthy eating, the grouped answers were: balance and/or variety (34.3%), intake of fruits and/or vegetables (27.7%), health (12.8%) and low fat (7.7%). There was no significant association between knowledge of healthy eating and the controlled variables. The bias (difference of measured and self-reported value) for weight was - 0.17 kg (p-0,1), for height was -1 cm (p<0.001), and for BMI was -0.06 kg/m2 (p=0.08). Men with BMI lower than 25 kg/m2 tend to overestimate their own weight, while those overweight and obese tend to underestimate it (P<0.01). Age among men (older than 50 years of age, p=0.037) and level of education among women (<12 years of school, p<0.01) were associated with an overestimation of height. The sensitivity and specificity to detect overweight (BMI > 25 kg/m2) were high, from 94% to 90% for men and from 88% to 98% for women, respectively. Conclusions: There are differences among genders related to PAS and to types of physical activities ix practiced. Approximately half of participants practice enough physically active. The definition of healthy eating is coherent with other studies and is not associated with the controlled variables. Self-reported height and weight are valid for the subgroup of women with more than 12 years of study and for men under 50 years of age and in the normal BMI range. The self-reported measures are useful for the follow-up of overweight in adults in Brasilia, but do not apply for the individual follow-up.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/8192 |
Date | 02 March 2010 |
Creators | Thomaz, Priscilla Marcondelli Dias |
Contributors | Costa, Teresa Helena Macedo da, Hallal, Pedro Curi |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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