Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, 2006. / Submitted by Mariana Fonseca Xavier Nunes (nanarteira@hotmail.com) on 2010-09-17T02:32:57Z
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Previous issue date: 2006 / A cor não é uma propriedade física dos objetos e luzes, é uma propriedade psicológica da experiência visual. A visão de cores começa com a absorção de luz pelos diferentes fotopigmentos nos cones na retina, que transduzem energia eletromagnética em correntes elétricas que são transformadas em potenciais de ação nas células ganglionares. Após ser transmitida por uma rede de células retinianas, a informação é enviada ao córtex visual via núcleo geniculado lateral em três canais separados de oponência cromática. No córtex, as informações dos três canais são combinadas e permitem a percepção de cores. Os humanos são tipicamente tricromatas e compõe as cores a partir da comparação da informação de três tipos de cones. Existem tricromatas típicos, anômalos e os dicromatas, que comparam a informação de apenas dois tipos de cones. Como a maioria dos platirrinos, os Saimiri possuem visão de cores polimórfica, de forma que todos os machos e as fêmeas homozigotas para o gene da opsina M/L são dicromatas e as fêmeas heterozigotas podem ser tricromatas. Sabe-se que seres humanos e Saimiri possuem picos espectrais com valores próximos. O objetivo do presente estudo foi comparar, através de uma abordagem comportamental, o desempenho de S. ustus e de humanos daltônicos no teste pseudoisocromático de HRR, desenvolvido para avaliar discromatopsias humanas. O HRR consiste de pranchas com a mesma matriz de círculos cinza que variam em tamanho e brilho. Alguns desses círculos são coloridos e formam um símbolo geométrico (X, O ou Δ), que é segregado do padrão cinza do fundo. A identificação (ou não) destes símbolos fornece o diagnóstico da discromatopsia. Foi utilizado um casal adulto da espécie S. ustus. Os animais foram testados em seus próprios viveiros no Centro de Primatologia da UnB sob luz solar natural, empregando-se um paradigma comportamental de aprendizagem discriminativa. Os Saimiri tiveram que escolher entre duas pranchas do HRR: uma só com o padrão cinza e outra com uma figura colorida. O teste foi apresentado 16 vezes, numa seqüência aleatória. O limite superior de confiança de 95% sobre a aleatoriedade foi determinado pelo teste binomial. Os dados dos sujeitos foram plotados na planilha utilizada em humanos e a visão de cores dos Saimiri foi diagnosticada. O macho foi diagnosticado como dicromata protan e a fêmea como dicromata deutan. Para uma abordagem comparada, foi utilizada a mesma metodologia em dois homens jovens diagnosticados como daltônicos pelo teste de HRR. Os resultados mostram que a metodologia é válida para diagnóstico da visão de cores no S. ustus e sugerem que a percepção de cores desta espécie seja parecida com a dos humanos. _____________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Color is a psychological property of our visual experiences, not a physical property of objects and lights. Color vision begins by the absorption of light by the different photopigments in the retinal cones that transduce the electromagnetic energy into electric impulses, which will become action potentials in ganglion cells. The signal is transmitted by a network of retinal cells and sent to visual cortex through three LGN chromatic opponency channels. These signals are gathered in cortex allowing color perception. Humans are usually trichromats and can see color by matching signals from three kinds of cones. There are trichromats, anomalous trichromats and dichromats, who match signals from three or two kinds of cones respectively. Like most of Platyrrhine, Saimiri have polymorphic color vision. All males and homozygous females for the M/L opsin-coding gene are dichromats, while heterozygous females can be trichromats. Human beings and Saimiri have similar spectral absorption peaks. The present study aims to compare, by a behavioral approach, S. ustus and color blind humans performance in a test designed for humans, the HRR pseudoisochromatic test. HRR consists of plates with the same gray circles matrix, varying in size and brightness. Some of these circles are colored and form a geometric shape (X, O or Δ), which is segregated from the gray pattern. The identification of these shapes (or not) determines the dischromatopsy kind. The animals, an adult couple of S. ustus, were tested in their own cages in the Primate Center of the University of Brasilia under natural sunlight, by a discriminative learning behavioral paradigm. Saimiri had to choose between two HRR plates in each trial: one with the gray pattern and other with a colored shape. The test was presented 16 times randomly. Based on the binomial test the 95% confidence limits around chance were calculated. Data were plotted in the HRR score sheet and Saimiri color vision was diagnosed. The male was diagnosed as protan dichromat and the female as deutan dichromat. For a comparative approach the same methodology was used in two color blind humans previously diagnosed by HRR test. Results show that the methodology used here can be used to diagnose S. ustus color vision and suggest that the color perception of this species is quite similar to humans.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/5541 |
Date | January 2006 |
Creators | Sousa, Flávio Luis Leite |
Contributors | Pessoa, Valdir Filgueiras |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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