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A madeira de ipê (handroanthus spp.) para arcos de violino : propriedades e avaliação de desempenho técnico

Orientador : Prof. Dr. Jorge Luis Monteiro de Matos / Coorientador: Prof. Dr. Thiago Corrêa de Freitas / Coorientadora : Profª. Drª. Silvana Nisgoski / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal. Defesa: Curitiba, 24/02/2017 / Inclui referências / Resumo: Historicamente a madeira de pau-brasil (Paubrasilia echinata) tem sido a mais utilizada para confecção de arcos profissionais para violino. Ao longo dos séculos, ela ficou conhecida como a melhor madeira para este fim. Entretanto, por ter sido indiscriminadamente explorada para outras finalidades, é atualmente uma espécie ameaçada de extinção. Alguns pesquisadores, tentando encontrar madeiras alternativas para arcos de instrumentos de corda, apontaram que o ipê (Handroanthus spp.) tem as características desejáveis para a confecção de arcos de violino. Apesar disso, essa madeira não é tão valorizada para arcos na prática. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi o de ampliar a potencialidade da madeira de ipê para arcos de violino através de um teste sensorial feito por violinistas profissionais. Para a realização dessa pesquisa amostras de madeira de ipê foram selecionadas e analisadas anatômica, física e mecanicamente. Posteriormente, foram construídos 5 arcos de violino baseados na técnica construtiva de F. X. Tourte. Em seguida, estes arcos foram avaliados por 16 violinistas profissionais através de um teste sensorial às cegas, no qual manifestaram sua satisfação ou insatisfação a respeito de determinados critérios. Os violinistas avaliadores também foram entrevistados e declararam quais arcos seriam preferidos ou desprezados por eles a partir da impressão de seu desempenho técnico. Concluiu-se que a madeira de ipê apresenta os requisitos necessários para a produção de arcos profissionais para violino e que os arcos de ipê foram bem aceitos entre violinistas profissionais quando eliminado o fator sensorial visual. Também foi possível concluir que os arcos melhor avaliados na pesquisa foram feitos das amostras de madeiras com valores relativamente menores de densidade, com maior velocidade de propagação sonora e maiores valores de módulo de elasticidade. Além disso, foi possível estimar a qualidade potencial para arcos nas amostras de madeiras através de método não destrutivo. Sobre os arcos preferidos pelos músicos, foi possível inferir que um dos arcos se destacou na preferência dos instrumentistas mesmo este não tendo as melhores avaliações atribuídas pelos próprios violinistas em critérios gerais. Este arco também apresentou a menor variância entre as médias das notas obtidas em cada critério avaliado. Não foi possível identificar tendências de preferência por arcos com alguma característica anatômica especificamente relacionada à dimensão e à disposição de células de vasos e de parênquima. Palavras-chave: Arco para violino, arco de ipê, ipê, Handroanthus spp. / Abstract: Historically, pernambuco wood (Paubrasilia echinata) has been the most used material for making professional violin bows. Over the centuries, it is known as the best wood for this purpose. However, because it has been indiscriminately exploited for other purposes, it is now an endangered wood specie. Some researchers in an attempt to find alternative woods for bow making have pointed out that ipê (Handroanthus spp.) may have the desirable features for making violin bows. Despite this, ipê wood isn't much appreciated for bows in practice. Therefor, the objective of this research was to increase the potentiality of ipê wood for violin bows through a sensory evaluation done by professional violinists. In order to carry out this research, ipê wood samples were selected and were anatomically, physically and mechanically analyzed. Afterwards, 5 violin bows were made based on the constructive technique of F. X. Tourte. These bows were then evaluated by 16 professional violinists through a blind test, in which they expressed their satisfaction or dissatisfaction with certain criteria. The evaluating violinists were also interviewed and stated which bows would be preferred or dismissed by them from the impression of their technical performance. It was concluded that ipê wood has the features required for the production of professional violin bows and that ipê bows were well accepted among professional violinists when keeping out the visual sensory factor. It was also possible to conclude that best evaluated bows in the research were made from wood samples which had relatively lower values of density, with higher speed of sound propagation and higher modulus of elasticity values. In addition, it was possible to estimate the potential quality for bows in the wood samples through non-destructive method. Concerning musicians preferences, it was possible to infer that one of the five bows stood out even though this one did not have the best means in the evaluation made by the violinists themselves in general criteria. This bow also presented the least variance between the mean data obtained in every criteria evaluated. It was not possible to identify preference tendencies for bows with some anatomical feature specifically related to size and arrangement of vessel and parenchyma cells. Keywords: Violin bow, ipê bow, ipê wood, Handroanthus spp.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.c3sl.ufpr.br:1884/47139
Date January 2017
CreatorsFomin, Igor Mottinha, 1983
ContributorsFreitas, Thiago Correa de, Nisgoski, Silvana, Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Matos, Jorge Luis Monteiro de, 1960-
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format87 f. : il., color., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPR, instname:Universidade Federal do Paraná, instacron:UFPR
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
RelationDisponível em formato digital

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