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Florística e fitossociologia de um fragmento de floresta montana na Serra do Valentim, Iúna, Espírito Santo

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Previous issue date: 2012-08-30 / ZORZANELLI, João Paulo Fernandes. Florística e estrutura de um
fragmento de Floresta Montana na Serra do Valentim, Iúna, Espírito Santo.
2012. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Programa de Pós-
Graduação em Ciências Florestais, Universidade Federal do Espírito Santo,
Jerônimo Monteiro, ES. Orientador: Aderbal Gomes da Silva. Co-orientador:
Henrique Machado Dias.

Os objetivos deste estudo foram listar as espécies de um trecho de Floresta
Ombrófila Montana Serra do Valentim, verificar a distribuição geográfica das
mesmas e analisar a estrutura e similaridade florística. Foram coletados
materiais botânicos férteis de árvores, arbustos, ervas, epífitas, trepadeiras e
lianas ao longo de trilhas e picadas em 25 idas a campo entre os anos de 2011
e 2012. Foi registrado um total de 391 espécies, 220 gêneros e 99 famílias.
Dentre estas, 27 foram consideradas ameaçadas de extinção, três endêmicas
para o estado do Espírito Santo e três possíveis novas para a ciência. O
padrão geográfico mais encontrado foi o neotropical, embora muitas espécies
(cerca de 10%) estivessem restritas à vegetação de Mata Atlântica do sudeste
do Brasil. A estrutura da vegetação foi analisada num total de 10 transectos de
dimensões 50 x 2 metros, sendo registrados todos os indivíduos (vivos e
=2,5 cm. Foi mensurado o
mortos), entre árvores, arbustos e lianas, com DAP
diâmetro para todos os indivíduos e a altura total foi estimada apenas para os
indivíduos vivos. A similaridade florística foi estimada através do índice de
Bray-Curtis e o algoritmo WPGMA foi utilizado para agrupar as vegetações
referentes a 12 listagens florísticas. Foram encontradas 146 espécies, 95
gêneros e 53 famílias, sendo a espécie com maior valor de importância Euterpe
edulis Mart. O índice de Shanon (H=3,60 nats/ind.) foi próximo ao encontrado
para florestas bem preservadas da Mata Atlântica e o índice de Pielou (J=0,72)
foi considerado elevado. Os valores de similaridade foram baixos revelando
pouca consistência na análise de agrupamento. Os resultados demonstraram a
grande lacuna existente em termos de conhecimento florístico para as
vegetações do estado do Espírito Santo, bem como para a região do entorno
do Caparaó, sugerindo um processo de intensificação de coletas e estudos
estruturais e florísticos, em face da grande riqueza encontrada. A distinção da
vegetação da Serra do Valentim em relação às demais analisadas representa a
heterogeneidade existente ao longo da Mata Atlântica em resposta a diversos
fatores, entre fisiográficos, edáficos, climáticos e altimétricos. Estes fatores
contribuem para a formação de centros de diversidade pontuais restritos a
pequenas regiões. Diante da riqueza encontrada, da flora ameaçada, do nível
de endemismo e das possíveis novas espécies, a Serra do Valentim é
merecedora de políticas de conservação.

Palavras-chave: Fitossociologia, similaridade florística, Mata Atlântica,
diversidade de espécies

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/4989
Date30 August 2012
CreatorsZORZANELLI, J. P. F.
ContributorsDIAS, H. M., MENDONCA, A. R. de, PEREIRA, M. C. A., KUNZ, S. H., GONCALVES, E. O., SILVA, A. G.
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Ciências Florestais, Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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