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Violência contra a pessoa idosa: o que revelam os laudos periciais do Instituto de Medicina Legal do Recife

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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A população brasileira tem se tornado cada vez mais envelhecida e também vem-se observando
um aumento da violência contra os grupos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos. Desse
modo, a presente pesquisa se propôs a determinar o perfil da violência e os fatores associados à
violência doméstica do tipo física entre idosos submetidos a exame de corpo de delito no Instituto
de Medicina Legal (IML) do Recife, segundo variáveis relacionadas ao evento, à vítima e ao
agressor. Para tanto, realizou-se um estudo transversal com base em 1.036 laudos periciais de
pessoas com 60 anos ou mais que se submeteram ao referido exame, entre janeiro de 2004 e
dezembro de 2007. Os dados foram coletados no setor de arquivo do IML do Recife, por meio de
um formulário contendo 16 questões. Para a análise de associação entre as variáveis, aplicou-se o
teste do qui-quadrado aceitando-se a probabilidade máxima de erro de 5% para rejeição da
hipótese nula. Do total estudado (1.036 casos), houve 37 reocorrências de violência e a
modalidade física foi a mais frequente (99,1%). Dentre os 1.027 casos de violência física, o
tempo médio transcorrido entre a ocorrência e o encaminhamento ao IML foi de 3,4 dias. A
violência foi predominantemente produzida por energia de ordem mecânica (99,1%), instrumento
contundente (89,5%) e arma natural (51,8%); ocorreu no domingo (19,1%), no turno da noite
(35,9%) e na residência da vítima (57,7%). A lesão atingiu mais de uma parte do corpo em 40,4%
dos casos e foi de grau leve em 93,4%. A maioria das vítimas foi homem (59,2%), na faixa etária
entre 60 e 69 anos (71,6%), de raça/cor parda (83,5%), casado(a)/união consensual (44,2%),
aposentado(a)/pensionista (46,7%), residente na Região Metropolitana do Recife (95,7%), no
município do Recife (54,5%) e no bairro de Boa Viagem (8,7%). Quanto ao agressor, a maioria
foi do sexo masculino (69,5%), agrediu a vítima desacompanhado(a) (88,4%) e era um(a)
conhecido(a) não parente da vítima (39,8%). A violência doméstica mostrou-se associada à
variável parte do corpo acometida; sexo, estado civil e ocupação da vítima; quantidade e sexo do
agressor e relação estabelecida com a vítima. Desse modo, considerando a transcendência social
da violência contra os idosos e, particularmente, o ambiente onde frequentemente ocorre, é
fundamental investir em programas para sensibilizar a sociedade, com ênfase na família, quanto
ao protagonismo da pessoa idosa e promover solidariedade, cultura de paz e respeito a esse
segmento, possibilitando uma velhice com qualidade de vida

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9398
Date31 January 2009
CreatorsABATH, Marcella de Brito
ContributorsLEAL, MárciaCarréra Campos
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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