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A mediação pedagógica na incusão da criança com autismo na educação infatil

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Previous issue date: 2011-10-17 / Este estudo teve como objetivo analisar o papel da mediação pedagógica na inclusão da criança com autismo, compreendendo a mediação como processo de significação e constituição dessa criança na educação infantil, favorecendo a apropriação de práticas culturais historicamente delimitadas nesse espaço, no desenvolvimento da consciência de si e do outro. Foi realizado um estudo de caso em um Centro Municipal de Educação Infantil do município de Cariacica-ES, tendo como sujeitos a criança com autismo, suas professoras e as demais crianças de sua turma. A perspectiva histórico-cultural constituiu a base teórica e metodológica, representada pelos estudos de Vigotski (1983, 1997) e de outros autores que compartilham desse referencial e consideram que os sujeitos se constituem e desenvolvem nas condições concretas de vida, a partir das relações e interações que lhes são possibilitadas, dando relevância ao papel do outro e da linguagem nos processos mediados. Os dados foram coletados a partir da observação participante, entrevistas e análise documental, com registro em diário de campo, videogravações e fotos. A organização e análise de dados se apoiaram na abordagem microgenética na busca de desvendar os processos de desenvolvimento. A atuação das professoras no início do estudo estava vinculada às concepções que tinham sobre o autismo, baseadas na incapacidade e limitação da criança. As análises indicam que a mudança de olhar para a criança com autismo, percebendo-a como sujeito, bem como suas formas de se perceberam como professoras de uma criança com autismo na educação infantil foram se constituindo na medida em que era realizado o movimento de inserir essa criança em seu grupo para que ela se percebesse e se organizasse a partir da vivência coletiva nos diferentes tempos e espaços do CMEI. As mediações pedagógicas se construíram num processo de orientar as ações da criança com autismo para o que era esperado dela (e das demais crianças) numa determinada situação, num fazer para/com ela, favorecendo, a partir da orientação, a regulação do outro. O investimento do adulto na participação dessa criança, como sujeito das/nas práticas escolares/culturais, rompeu com o isolamento dela e possibilitou a construção de uma nova imagem, a de quem pode aprender com o outro. Essa nova imagem aproximou as crianças do grupo da criança com autismo, o que favoreceu a ampliação das experiências tipicamente infantis, como o brincar, na relação com seus pares e não apenas com o adulto. Nossas reflexões apontam que, no espaço da educação infantil, a mediação pedagógica pode favorecer o desenvolvimento da criança com autismo, permitindo a ela apropriações e compartilhamento de sentidos mais amplos e complexos em relação ao meio físico e social e a si própria nesse contexto.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace2.ufes.br:10/2289
Date17 October 2011
CreatorsCHIOTE, F. A. B.
ContributorsANACHE, A. A., BARRETO, M. A. S. C., VICTOR, S. L., Ivone Martins de Oliveira
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formattext
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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