Este trabalho apresenta um estudo sobre as representações e o imaginário da arquitetura e do espaço construído pelo viés da mobilidade das imagens, a partir da análise e interpretação de três obras cinematográficas que se constituem como os objetos de estudo: Alice nas Cidades (1974), Dogville (2003) e Solaris (1972). Os filmes são abordados quanto à característica de apresentação do espaço de cada obra: tem-se então a cidade real (Alice nas Cidades), a cidade sugerida (Dogville) e a cidade imaginada (Solaris). Ao longo do texto são percorridos caminhos teóricos que partem das conexões entre cinema e arquitetura, cinema e imaginário e chegam na técnica da montagem, mostrando como esta pode servir não somente à narrativa fílmica, mas também como processo formativo de construção de imagens e significados através da justaposição de imagens e do processo de colisão entre elas. Ao transformar frames das obras cinematográficas em reproduções fotográficas, é convocado o Atlas Mnemosyne, painéis de imagens da autoria do historiador alemão Aby Warburg, como guia na construção de constelações de imagens. Entendendo o processo de feitura da Mnemosyne como uma técnica da montagem, as reproduções fotográficas vão sendo transformadas em narrativas outras por meio das constelações e galáxias de imagens, trabalhando com os conceitos de escala, dimensionamento, intervalo, aproximações e saltos das imagens; movimentos esses que encontram paralelo não somente no cinema - closes, travelling, saltos no tempo e no espaço -, como também no percurso dentro do espaço construído e nas representações da arquitetura. / This research presents a study about architecture\'s representations and imaginary, and its constructed space through the point of view of the mobility of images, from analysing and interpreting three cinematographic works that constitute the objects of study: Alice in the Cities (1974), Dogville (2003) and Solaris (1972). Each film is approached as to its characteristic presentation of space: the real (Alice in the Cities), the suggested (Dogville) and the imagined city (Solaris). Throughout the text, theoretical paths are drawn from connections between cinema and architecture, cinema and imaginary, and lead us to the technique of montage, showing how it can serve not only to the film narrative but also as a formative process of constructing images and meanings through the juxtaposition of pictures and the process of collision between them. By transforming frames of the cinematographic works into photographic reproductions, the Atlas Mnemosyne, panels of images by the German historian Aby Warburg, is called as a guide in the construction of constellations of images. Understanding the Mnemosyne process as a montage technique, photographic reproductions are transformed into other narratives through the constellations and galaxies of images, working with the concepts of scale, sizing, interval, approximations and jumps of images; movements that find parallel not only in cinema - closes, travelling, jumps in time and space - but also in the course within constructed space and in representations of architecture.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-12122017-154113 |
Date | 02 June 2017 |
Creators | Santos, Daniele Queiroz dos |
Contributors | Rozestraten, Artur Simões |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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