O presente trabalho tem por objetivo, primeiramente, compreender e fazer o registro de duas questões fundamentais. A primeira é a territorialização do campesinato no Brasil, como se deu ao longo da história, e as políticas públicas que definiram e definem o desenho do espaço rural. O segundo registro insere-se num breve levantamento da demanda e produção habitacionais no país. A pesquisa parte também de uma experiência concreta de construção de moradias populares, em regime de mutirão e autogestão, no assentamento Fazenda Pirituba, Itapeva, São Paulo. A observação do modo de vida camponês, durante a implantação do Programa de Subsídio Habitacional Rural (PSH-Rural), aparece como um dos caminhos para entender os diversos ajustes e desajustes do mutirão. Por se tratar de um assentamento de mais de 20 anos, a Fazenda Pirituba se consolida como um território digno da manifestação camponesa, que se identifica desde a maneira como se espacializa o cotidiano dessas famílias, (re)definindo e (re)inventando o desenho do assentamento concebido via Estado, até a mediação com técnicos para organização do canteiro. A partir da observação do modo de vida do camponês, da relação dele com o trabalho, o tempo, a terra, a família e vizinhos e ainda a maneira como se espacializam essas relações, como a casa-quintal e o seu entorno, o sítio, é possível vislumbrar a formulação de políticas publicas condizentes com o seu modus vivendi. / The aim of this paper is at first, to understand and to register two fundamental issues. The first is the territorialization of the peasantry in Brazil as it happened through history, and the public policies which defined and define the design of the rural space. The second report is a brief survey of the housing demands and production in the country. The research is also based on a concrete experience of the construction of popular houses, in a kind of self management and getting together to build each others house in the settlement Fazenda Pirituba, Itapeva, São Paulo. The observation of the peasants way of life during the implantation of the Rural Housing Subsidy Program (PSH-Rural), appears as one of the ways to understand the several adjustments and disagreements of this method. Since it is a more than 20 years old settlement, the Fazenda Pirituba consolidates as a territory worthy of peasant manifestation that is identified from the way these families organize their daily activities redefining and reinventing the design of the settlement given by the state to the mediation with technicians for the organization of the place. Through the observation of the peasants way of life, their relation with the work, the time, the land, the family and neighbors and also how these relations happen, such as the house- backyard and its surroundings, the small farm; it is possible to visualize the formulation of public policies that are appropriate to their modus vivendi.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-19052010-094729 |
Date | 01 June 2007 |
Creators | Arruda, Andréa Figueiredo |
Contributors | Queiroga, Eugênio Fernandes |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0021 seconds