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Diante da morte ainda não somos todos modernos: O ideário do Bem Morrer e o Ethos Católico no Brasil

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Previous issue date: 2018-10-02 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Fundação São Paulo - FUNDASP / Introduction: The thought about O Bem Morrer is a relevant aspect in the construction of the sense of death and dying in Brazil. Systematized through manuals written mostly by Jesuit priests between XVII, XVIII and XIX centuries, where we find it as model of and for the death through the centuries and surpassing the binomial modernity/secularization that, by the end of the XIX century, became a characteristic of the Brazilian social and political life. Therefore, we try to understand the religious phenomena that provide this thought of Bem Morrer its longevity in the core of a society that, although claims itself as secular, results from a inneclesiamento process that characterizes the Brazilian Catholic ethos. Objective – explain and understand the longevity of the thought of bem morrer from invariables queries about death, represented through praxis and thinking involving the inneclesiamento characteristic of the Brazilian Catholicism. Methods – we elaborated a documentary group gathering three Bem Morrer manuals written between XVII and XVIII centuries by Jesuit priests Estevão de Castro, José Maria Bonucci and José Aires and a series of interviews within the Catholic community of Espírito Santo do Pinhal, SP. These were open and semi-structured interviews, following a pre-stablished guide about Catholic mortuary rites through remembrances and memories about religious coping with death. Invariables questions proposed by anthropologist Maurice Godelier were applied to the manuals and interviews, confirming the hypothesis that only religions can produce effective answers that support and provide meaning to the human existence. Results – It can be demonstrated that the invariable questions such as: Where do we go when we die? What to do on the last moment of life? - brought answers that changed little through centuries, having the ideals of bem morrer as a reference. Such longevity was possible due to the social life that was built around the Eclesia, main characteristic of the Brazilian society. This assumption was confirmed when many Catholic death rituals from different Brazilian regions were brought as a comparative element. From this, we could confirm that there is a Brazilian way of dying, expressed by the Catholic ethos and persisted above the social processes brought by the binomial modernity/secularization. Therefore, when facing death, we are all not moderns, yet / Introdução: O ideário do Bem Morrer é um traço significativo no processo de elaboração do sentido da morte e do morrer no Brasil. Sistematizado por Manuais escritos entre os séculos XVII, XVIII e XIX fundamentalmente por padres Jesuítas encontramos sua presença como modelo de e para a morte atravessando séculos e persistindo ao binômio modernidade/secularização que, a partir do final do século XIX passam a caracterizar a vida política e social brasileira. Assim, procuramos compreender os fenômenos religiosos que proporcionam a longevidade do ideário do Bem Morrer no interior de uma sociedade que se apesar de se representar secular, é resultado de um processo de inneclesiamento que caracteriza o ethos católico brasileiro. Objetivo – Explicar e compreender longevidade do ideário de bem morrer a partir de perguntas invariantes sobre a morte representadas por meio das práticas e do pensamento que se constitui em torno do inneclesiamento característico do catolicismo brasileiro. Métodos – Elaboramos um corpo documental que reúne três manuais de bem morrer escritos entre os séculos XVII e XVIII pelos padres jesuítas Estevão de Castro, José Maria Bonucci e José Aires e uma série de entrevistas coletadas entre a comunidade católica de Espírito Santo do Pinhal (SP). Essas entrevistas são abertas e semi-estruturadas seguindo um roteiro pré-estabelecido sobre ritos mortuários católicos por meio das lembranças e memórias em torno do enfrentamento religioso da morte. Aplicamos aos manuais e as entrevistas as perguntas invariantes sobre a morte propostas pelo antropólogo Maurice Godelier confirmando a hipótese que, diante da morte somente as religiões produzem respostas efetivas que sustentam e dá sentido a existência humana. Resultados – Pode-se demonstrar que as perguntas invariantes sobre a morte tais como: Para onde vamos quando morremos? O que fazer no último instante da vida? Produziram respostas que pouco variaram durante séculos tendo em vista as referências do ideário de bem morrer. Cuja permanência foi possível em torno da vida social que se construiu ao redor da Eclésia, característica fundamental da sociedade brasileira. Confirmamos essa afirmação quando trouxemos vários rituais mortuários brasileiros como elemento comparativo. A partir do que pudemos afirmar que existe uma forma brasileira de morrer que, fundamentalmente se expressa por meio do ethos católico e que persistiu os processos sociais desencadeados pelo binômio modernidade/secularização. Portanto, diante da morte, ainda não somos todos modernos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/21641
Date02 October 2018
CreatorsTorres, Valéria Aparecida Rocha
ContributorsLondoño, Fernando Torres
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciência da Religião, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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