Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2017. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2017-04-06T21:08:47Z
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2017_CristianodaSilvaRodrigues.pdf: 1846985 bytes, checksum: 0de36496900d56f5fbcd1bbd0b15eba8 (MD5) / O tomateiro (Solanum lycopersicum) pertence à família Solanaceae e é cultivado em várias regiões do mundo. O Brasil figura entre os dez maiores produtores mundiais, com os principais estados produtores sendo Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Esta hortaliça é produzida para consumo in natura e para industrialização. Vários problemas fitossanitários acometem o tomateiro, entre eles as viroses destacam-se entre as principais e as begomoviroses são as de maior incidência nas principais regiões. Os vírus do gênero Begomovirus, pertencentes à família Geminiviridae, são os agentes causadores destas doenças e possuem genoma formado por DNA circular de fita simples (ssDNA) encapsidados em partículas geminadas. No Brasil a espécie predominante em tomateiro é o Tomato severe rugose virus (ToSRV), com relatos frequentes de incidência próximas a 100%. Esses vírus são transmitidos de modo persistente pelo vetor mosca-branca (Bemisia tabaci), sendo o biótipo B (espécie MEAM-1) prevalente. Diversos sintomas são associados à infecção por begomovírus, e esses sintomas podem variar de acordo com muitos fatores, como o estádio fenológico da planta no momento da infecção, a variedade, o ambiente, as condições nutricionais, entre outros. A epidemiologia de doenças investiga os fatores necessários para o desenvolvimento da epidemia, a sua dinâmica e distribuição espacial e temporal, sendo essenciais para o sucesso do seu controle. As begomoviroses são de difícil manejo e práticas que reduzam a incidência e disseminação da doença devem ser desenvolvidas e adotadas como parte de um programa de manejo integrado de pragas. Para isso, o conhecimento da epidemiologia destas viroses necessita ser mais aprofundado. Este trabalho objetivou contribuir neste tema com a determinação do efeito da quantidade de inóculo inicial e da idade de mudas de tomateiros na infecção pelo begomovírus Tomato severe rugose virus em inoculação por Bemisia tabaci. Os ensaios foram realizados com o isolado 1164 de ToSRV do Laboratório de Virologia do Centro Nacional de Pesquisa em Hortaliças (CNPH/EMBRAPA). No ensaio de pressão de inóculo, foram utilizadas diferentes quantidade de moscas-brancas virulíferas como pressão de inóculo: 1, 5, 10, 15, 30 e 60 indivíduos sobre cultivares de tomate suscetível (Heinz-9553) e resistente (BRS Sena). O experimento foi conduzido em delineamento com blocos casualizados (DBC) com seis repetições por tratamento e uma repetição como testemunha negativa, sendo a parcela experimental composta por uma planta. O ensaio foi repetido quatro vezes. Para a realização do ensaio, após a aquisição de ToSRV por 48 horas pelos indivíduos de B. tabaci biótipo B, estes foram confinados com mudas de plantas sadias por um período de acesso de inoculação de 48 horas. Após a inoculação, as plantas foram mantidas para avaliação da incidência e severidade dos sintomas durante 30 dias. As avaliações de severidade seguiram uma escala de notas da virose causada por ToSRV em tomateiros previamente desenvolvida. O ensaio com diferentes idades de mudas de tomateiro foi repetido três vezes no tempo, utilizando um DBC composto por três blocos com 10 repetições cada, compondo a parcela experimental. Para condução do ensaio, foram utilizadas mudas da cultivar de tomateiro suscetível Heinz-9553 com idades de 20, 30, 40, 50 e 60 dias após a semeadura. As mudas foram inoculadas por moscas-bancas virulíferas em um período de 72 horas, após o período de aquisição de 48 horas. Após a inoculação, as plantas foram avaliadas por 30 dias quanto à incidência e severidade da virose e, ao final, foram medidos a altura e o peso fresco. Todos os dados foram analisados estatisticamente pelo teste F (p=5%) e as médias submetidas ao teste de Scott-Knott. Na avaliação de diferentes pressões de inóculo, foram observadas diferenças significativas de incidência e severidade da virose entre as cultivares suscetível e resistente. Houve uma relação direta entre uma maior população de insetos-vetores com uma maior incidência e severidade da doença nas cultivares, bem como o desenvolvimento mais rápido da doença. Quanto às diferentes idades das mudas de tomateiro, não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as idades avaliadas. Entretanto, as mudas de 20 dias apresentaram os maiores valores de incidência e severidade (média de 81,0% e 1,9 respectivamente), bem como o desenvolvimento precoce da doença. Já a inoculação em mudas com 60 dias resultou em porcentagem média de incidência inferior a 67%. Em relação à altura e peso das mudas, a presença do vírus significativamente diminuiu ambos os parâmetros, principalmente nas plantas mais novas. Esses resultados sugerem que uma alta população de moscas brancas virulíferas exerce papel chave no desenvolvimento da virose, acelerando a expressão e severidade dos sintomas tanto em cultivar suscetível como em resistente enquanto que a idade da muda no momento da infecção não influencia significativamente a resposta à virose causada por ToSRV. / The tomato plant (Solanum lycopersicum) belongs to the family Solanaceae and is cultivated in several regions of the world. Brazil is among the ten largest producers in the world, and the main producing states are Goiás, Minas Gerais and São Paulo. This vegetable is produced for fresh consumption and for processing. Several phytosanitary problems affect the tomato, viruses are among the major ones, and the begomoviruses are the ones with the highest incidence in most growing regions. Viruses of the genus Begomovirus, belonging to the family Geminiviridae, are the causal agents of these diseases. They have a genome formed by circular single-stranded DNA (ssDNA) encapsidated in geminated particles. In Brazil the predominant species in tomato is Tomato severe rugose virus (ToSRV), and incidence rates close to 100% are frequently observed. These viruses are transmitted in a persistent manner by the whitefly vector (Bemisia tabaci), with MEAM-1 (or B-biotype ) being the prevalent species. Several symptoms are associated with the begomovirus infection, and these symptoms may vary depending on many factors, such as the phenological stage of the plant at the time of infection, variety, environment, nutritional conditions, among others. The epidemiology of diseases investigates the factors necessary for the development of the epidemic, its dynamics and distribution, which are essential for the success of its control. Begomoviruses are difficult to manage and practices that reduce the incidence and spread of the disease should be developed and adopted as part of an integrated pest management program. For this, the epidemiology of this virus needs to be further investigated. This work aimed to contribute to this topic with the determination of the effect of initial inoculum pressure and the age of tomato plants on the begomovirus infection by Tomato severe rugose virus inoculated by Bemisia tabaci. The trials were performed with ToSRV isolate 1164 from the Laboratory of Virology of the National Vegetable Research Center (CNPH / EMBRAPA). In the inoculum pressure study, different amounts of viruliferous whiteflies were used as inoculum pressure: 1, 5, 10, 15, 30 and 60 individuals on susceptible (Heinz-9553) and resistant (BRS Sena) tomato cultivars. The experiment was conducted in a randomized block design (DBC) with six replicates per treatment and one replicate as a negative control, being the experimental portion composed by a plant. The assay was repeated four times. For this purpose, after the acquisition of ToSRV for 48 hours by the individuals of B. tabaci biotype B, they were confined with transplants of healthy plants for a 48 hour inoculation access period. After inoculation, the plants were maintained for 30 days for evaluation of the incidence and severity of symptoms. Severity assessments followed a symptom rating on a numerical scale, which was previously developed. The experiments with different ages of tomato transplants were repeated three times in time, using a DBC composed of three blocks with 10 replicates each. For the conduction of the trials, transplants of the susceptible tomato cultivar Heinz-9553 were used, with ages of 20, 30, 40, 50 and 60 days after sowing. The transplants were inoculated by viruliferous whiteflies in a period of 72 hours, after the acquisition period of 48 hours. After inoculation, the plants were evaluated for 30 days for the incidence and symptom severity, and at the end, plant height and fresh weight were measured. All data were statistically analyzed by the F test (p = 5%) and the means submitted to the Scott-Knott test. In the evaluation of different inoculum pressures, significant differences of incidence and severity of the virus were observed between susceptible and resistant cultivars. There was a direct relationship between the larger population of insect vectors with the higher incidence and severity of the disease in the cultivars, as well as the faster development of the disease. Regarding the different ages of the tomato seedlings, no statistically significant difference was observed between the evaluated ages. However, the 20-day seedlings treatment presented the highest values of incidence and severity (mean of 81.0% and 1.9, respectively), as well as an early development of the disease. The inoculation in transplants with 60 days resulted in a mean incidence rate of less than 67%. Regarding the height and weight of the plants, the presence of the virus significantly reduced both parameters, especially in the younger plants. These results suggest that a high viruliferous whitefly population plays an keynote role in the development of the virus disease, accelerating the expression and severity of symptoms in both susceptible and resistant cultivars, and that the age of the transplants at the time of infection does not significantly influence response to caused by ToSRV.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/23250 |
Date | 20 February 2017 |
Creators | Rodrigues, Cristiano da Silva |
Contributors | Nagata, Alice Kazuko Inoue |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess |
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