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Previous issue date: 2009 / Os motoristas de táxi são freqüentemente submetidos a inúmeras exposições ambientais adversas, como calor, vibrações, ruído intenso, gases tóxicos provenientes da exaustão de combustíveis fósseis, além de longas jornadas de trabalho e trabalho noturno. Contudo, não foram identificados estudos nacionais que tivessem abordado a questão da saúde dos taxistas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a associação entre fatores ocupacionais e a ocorrência de hipertensão arterial em um grupo de motoristas de táxi do município do Rio de Janeiro. Além disso, procurou descrever as características sócio-demográficas e ocupacionais e analisar a freqüência de fatores de risco para hipertensão arterial nesta população. Tratou-se de um estudo epidemiológico do tipo seccional e de caráter exploratório realizado entre os meses de novembro de 2008 e abril de 2009. Foram entrevistados 496 taxistas que utilizavam os pontos de parada regulamentados pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Todas as informações analisadas neste estudo foram auto-referidas. Foi utilizado questionário com perguntas sobre presença e controle da hipertensão arterial, fatores de risco para seu desenvolvimento, perfil sócio-demográfico e características ocupacionais. Entre os entrevistados, 110 (22,2%) referiram diagnóstico anterior de hipertensão arterial. Observou-se que o grupo estudado apresentou elevadas freqüências de excesso de peso e sedentarismo. A carga de trabalho se revelou alta. Quarenta e quatro por cento dos entrevistados afirmaram trabalhar 7 dias por semana e 92% referiram jornadas de trabalho maiores do que 8 horas por dia. Quanto à propriedade da permissão, 286 motoristas se declararam proprietários da licença (57,7%). O tempo acumulado de trabalho como taxista apresentou relação estatisticamente significativa com a hipertensão arterial (p<0,05). A chance de referir hipertensão arterial entre os que trabalhavam como motorista de táxi por 11 a 20 anos foi o dobro daquela observada entre os que trabalhavam há menos de 10 anos, independentemente da idade. Neste grupo de trabalhadores foi encontrada uma elevada freqüência de fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial. Faz-se necessária a criação de estratégias para promover a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e melhorar as condições detrabalho dos motoristas de táxi. Além disso, é imprescindível a realização de novas pesquisas científicas com estes profissionais, a fim de aprofundar as questões relativas ao envolvimento das atividades ocupacionais no processo saúde-doença. / Taxi drivers are often subject to many adverse conditions, such as heat, vibration, intense noise, exhaust gases from fossil fuels, and long work hours and night work. However, it was not possible to identify Brazilian studies that have addressed taxi driver’s health issues. This study aimed to evaluate the association between
occupational factors and the occurrence of hypertension in a group of taxi drivers in the
city of Rio de Janeiro. In addition, it sought to describe socio-demographic and occupational characteristics and analyze the frequency of risk factors for arterial hypertension in this population. This was a exploratory cross-sectional study conducted between November 2008 and April 2009. Four hundred and ninety-six drivers, who used taxi stations regulated by the Municipality of Rio de Janeiro, were interviewed. All the information analyzed in this paper was self-reported. A questionnaire focusing on the presence and control of hypertension, the risk factors for its development, as well as socio-demographic profile and occupational characteristics was used. Among the respondents, 110 (22.2%) reported previous diagnosis of hypertension. It was observed that the group studied showed high frequencies of overweight, diabetes mellitus, smoking and lack of physical activity during leisure time and were generally concerned with the quality of their diet. The workload proved to be high. Forty-four percent of
respondents said they worked 7 days a week and 92% reported working hours exceeding 8 hours per day. As for permit ownership, 286 drivers claimed they had a work license (57,7%). Cumulative work time as taxi driver was statistically significantly related to arterial hypertension (p<0,05). The chance of reporting hypertension among those who worked as a taxi driver for 11 to 20 years was twice that observed among those who worked less than 10 years, regardless of age.In this group of workers was found a high frequency of risk factors for the development of arterial hypertension. It is necessary to create strategies to foster the adoption of healthy life habits and to improve working conditions for these professionals. Furthermore, it is essential to carry out new scientific research on these professionals to further issues relating to the involvement of occupational activities in health-disease process.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/2534 |
Date | January 2009 |
Creators | Vieira, Marcelo Carvalho |
Contributors | Veggi, Alessandra Bento, Rotenberg, Lúcia, Moura, Marisa, Moura, Marisa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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