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Dissertação_Enf_Ariane Cedraz Morais.pdf: 2417319 bytes, checksum: 49123366f86c97ef35973a58f3576e8f (MD5) / CNPQ / A violência contra a mulher atinge, no Brasil, todas as classes e segmentos sociais, operando
numa base de discriminação e abuso sobre as diferenças, quais sejam de gênero, de classe de
raça, socioeconômica e geracional, sujeitando as mulheres à situações como fome, tortura,
humilhação e mutilação. Os impactos da violência vão além de custos sociais e/ou
hospitalares, mas incide essencialmente sobre a saúde da mulher, em especial a saúde mental.
Estudo epidemiológico de corte transversal que teve como objeto a associação entre violência
doméstica e prevalência de depressão e como objetivo geral analisar a associação entre
violência doméstica contra mulheres e a prevalência de depressão. Foram traçados como
objetivos específicos: caracterizar a população segundo características sociodemográficas e
segundo dados de saúde; descrever a violência doméstica, bem como aspectos relacionados à
mesma (tipo de violência cometida, agressor, freqüência, fatores agravantes); estimar a
prevalência de depressão entre as mulheres e descrever associação entre depressão, variáveis
sociodemográficas e violência. Participaram 375 mulheres com idade de 14 a 49 anos,
selecionadas através de amostragem aleatória por conglomerado realizado na comunidade do
Calafate, bairro periférico localizado em uma transversal da Avenida San Martin, na cidade de
Salvador, Bahia. A depressão foi avaliada através do Beck Depression Inventory (BDI), escala
de auto-relato, constituída de 21 itens que abordam sintomas depressivos, tendo como ponte
de corte 16 ou mais pontos. Entre as mulheres estudadas, 51,5 % apresentaram depressão,
encontrando-se uma forte associação entre violência doméstica e depressão (RP ajustada 2,60
e IC 95%: 1,99-3,40). A análise de regressão logística múltipla revelou que as mulheres que
possuíam companheiro apresentaram maior prevalência de depressão (RP: 4,40; IC 95%:
2,77-6,95) do que as mulheres sem companheiros, mesmo ajustada pelas co-variáveis renda e
idade. Os achados denotaram intenso sofrimento mental entre mulheres vítimas de violência,
sustentando a idéia de que viver com o agressor é algo que potencializa esse adoecimento e
fomentam a discussão sobre questões culturais, bem como a necessidade de se implementar
urgentemente as políticas públicas de proteção à mulher vítima de violência já existentes e
fortalecer a rede de apoio social à estas mulheres. / Salvador
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/11425 |
Date | 28 May 2013 |
Creators | Morais, Ariane Cedraz |
Contributors | Lopes, Regina Lúcia Mendonça |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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