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Multidão: uma reflexão sobre participação social, política e afeto

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Previous issue date: 2016-09-26 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The crowd phenomenon has configured himself as the first object of study in social psychology, seen by pioneers as irrational, massifying and disturbing the social order, a concept that influenced a generation of researchers who began to play it and thus to justify repressive actions against them. As society was changing, due to the changes in the means of production, forms of collective action have also been altering and consequently emerging new theories explaining this reality, covering different areas of the humanities. Since 2011, a new form of mobilization of protests has been going around the world, largely by action of social networks. In Brazil, this phenomenon became visible in 2013, when a sequence of acts against the tariff increase in São Paulo won the majority of population (mostly young) support, forcing the media to change the way portrayed the protests going vandals of the peaceful protesters, featuring violent action as restricted to small groups deserving of police repression. The media has not just supported, but collaborate with the convocation of the protesters. The movement spread throughout the country gaining diffuse agendas and revealing a class struggle. Between the balance shown not only the withdrawal of the fare increase in several cities, but also changes in government agenda and the right of conscience to protest, unfolding in different movements representing different interests, culminating in the formation of two large groups, defense and against the impeachment of the country's president. Several analysts have retaking the idea of crowd as a politicians subject to explain these movements, in Brazil, the debate in psychology focuses on equivalence between social movements and crowd, with reference to the pioneers of this reflection: Freud and Le Bon, and Furthermore, the contemporary thinkers Negri and Hardt, who are inspired by Spinoza. To collaborate with this debate, this research seeks to understand the motives and emotions that led to participation people with different ideological affiliations in the demonstrations of June 2013 and / or its consequences. The theoretical and methodological assumptions underlying this research are in Vygotsky's Psychology in the design of Marx's society and in Spinoza's political ontology, putting his philosophical ideas of common and multitudo at the center of reflection. The results of this study point to the positivity of the crowd and relevance of this concept, in Spinoza's perspective. The experience of the movements generated in the subjects of this research pleasure, increased critical awareness, even in diffuse directions, feeling the importance of the collective, the increasing political power of each, and according to its uniqueness. Everyone feels that the collective is an important instrument of transformation. Anyway bounce off the design of the crowd as irrational, massificadora and disturbing social order and I common sense is key, thus indicating a field of research and action to Social Psychology / O fenômeno multidão configurou-se como um dos primeiros objetos de estudo da psicologia social, vista pelos pioneiros como irracional, massificadora e perturbadora da ordem social, concepção que influenciou uma geração de pesquisadores que passou a reproduzi-la e, assim, a justificar ações repressoras contra elas. À medida que a sociedade foi se transformando, em decorrência das modificações nos meios de produção, as formas de ação coletiva também foram se alterando e, consequentemente, emergindo novas teorias explicativas dessa realidade, abrangendo diferentes áreas das ciências humanas. Desde 2011, uma nova forma de mobilização de protestos vem acontecendo pelo mundo, em grande parte por ação das redes sociais. No Brasil, esse fenômeno ganhou visibilidade em 2013, quando uma sequência de atos contra o aumento da tarifa em São Paulo ganhou o apoio de grande parte da população (a maioria jovem), forçando a mídia a mudar a maneira como retratava os protestos, passando de vândalos a manifestantes pacíficos, caracterizando a ação violenta como restrita a pequenos grupos merecedores da repressão policial. A mídia passou a não só apoiar, mas a colaborar com a convocação dos manifestantes. O movimento se espalhou pelo país ganhando pautas difusas e revelando uma luta de classes. Entre o saldo consta não só a revogação do aumento da tarifa em diversas cidades, mas também mudanças na agenda governamental e a consciência do direito a protestar, desdobrando-se em diferentes movimentos representando interesses distintos, culminando com a formação de dois grandes grupos, em defesa e contra o impeachment da presidenta do país. Diversos analistas vêm retomando a ideia de multidão como um sujeito políticos para explicar esses movimentos, no Brasil, o debate na Psicologia centra-se na equivalência entre movimentos sociais e multidão, usando como referência os pioneiros dessa reflexão: Freud e Le Bon, e de outro lado, os pensadores contemporâneos Negri e Hardt, que se inspiram em Espinosa. Para colaborar com esse debate, a presente pesquisa busca entender os motivos e afetos que levaram à participação pessoas com diferentes afiliações ideológicas nas Manifestações de Junho de 2013 e/ou nos seus desdobramentos. Os pressupostos teóricos e metodológicos que sustentam essa pesquisa encontram-se na Psicologia de Vigotski, na concepção de sociedade de Marx e na ontologia política de Espinosa, colocando as suas ideias filosóficas de comum e multitudo no centro dessa reflexão. Os resultados desse trabalho apontam para a positividade da multidão e pertinência desse conceito, na perspectiva espinosana. A vivência dos movimentos gerou nos sujeitos dessa pesquisa prazer, aumentou a consciência crítica, mesmo que em direções difusas, o sentimento da importância do coletivo, o aumento da potência política de cada, e segundo sua singularidade. Todos sentem que o coletivo é importante instrumento de transformação. Enfim, rebatem a concepção de multidão como irracional, massificadora e perturbadora da ordem social e eu o sentimento do comum é fundamental, indicando assim, um campo de pesquisas e de ação à Psicologia Social

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/19392
Date26 September 2016
CreatorsOliveira, Cinara Brito de
ContributorsSawaia, Bader Burihan
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Social, PUC-SP, Brasil, Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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