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Efeito da ordem dos exercícios do treinamento concorrente nas adaptações neuromusculares, cardiovasculares e funcionais de homens idosos

O objetivo desse estudo foi determinar se a ordem de execução dos exercícios de força e aeróbio no treinamento concorrente (TC) afeta as adaptações neuromusculares, funcionais e cardiovasculares de idosos. Para isso, 24 homens idosos sedentários e saudáveis foram divididos em dois grupos de TC. O grupo aeróbio-força (n=11; 63,1±3,3 anos; 1,76±0,07 m; 84,0±12,2 kg) realizou o exercício aeróbio no início das sessões de TC; o grupo força-aeróbio (n=13, 67,0±6,0 anos; 1,77±0,05 m; 80,9±10,5 kg) executou os exercícios de força no começo das sessões de TC. Ambos os grupos treinaram duas vezes por semana durante 12 semanas. A força máxima dos sujeitos foi testada pelo testes de uma repetição máxima (1RM) e pela contração isométrica voluntária máxima (CIVM) de extensão de joelho. A taxa de produção de força (TPF) em 50, 100, 150 e 200 ms, a potência de extensão de joelho produzido com 60% de 1RM pré-treinamento e a altura do salto com contra movimento (SCM) foram utilizados como medida de produção de potência muscular. A ativação muscular máxima do vasto lateral (VL) e do reto femoral (RF) foi obtida por eletromiografia de superfície durante a CIVM e durante a extensão de joelho com a carga de 1RM, enquanto que a ativação muscular submáxima foi obtida no movimento de extensão de joelho com 60% de 1RM pré-treinamento e durante o movimento de levantar da cadeira. A ultrassonografia muscular foi realizada para a determinação da espessura muscular do quadríceps femoral e a echo intensity do RF. O teste de sentar e levantar da cadeira em 30 segundos o teste get up and go foram realizados para avaliar as adaptações funcionais. A capacidade aeróbia máxima foi determinada pelo o consumo de oxigênio de pico (VO2pico) e a função endotelial foi avaliada pela dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial. A comparação entre valores pré e pós-treinamento foi realizada pela ANOVA para medidas repetidas de dois fatores (tempo vs grupo), com grupo como um fator intersujeitos e assumindo α≤0,05 como significante. Após o treinamento os dois grupos aumentaram os valores de 1RM, CIVM, potência de extensão de joelho e de TPF em 150 e 200 ms (p≤0,05), sem diferença entre os grupos (p>0,05). Entretanto, nenhum grupo aumentou a TPF em 50 e 100 ms e nem a altura do SCM (p>0,05). A ativação muscular do VL e do RF aumentou similarmente em ambos os grupos na CIVM e no 1RM (p≤0,05), e ativação submáxima reduziu nos dois grupos apenas na extensão de joelho com 60% de 1RM pré-treinamento, sem diferença entre eles (p>0,05). A espessura muscular quadríceps femoral aumentou de maneira similar nos dois grupos (p≤0,05) e a echo intensity do RF reduziu significativamente (p≤0,05), sem diferença entre os grupos (p>0,05). O número de repetições no teste de sentar e levantar de 30 segundos aumentou após o TC (p≤0,05), sem diferença entre os grupos (p>0,05). Nenhuma diferença foi encontrada no tempo do teste get up and go (p>0,05). O VO2pico não foi alterado após o treinamento (p>0,05), mas a DMF aumentou após as 12 semanas nos dois grupos (p≤0,05). Esses resultados demonstram que o TC é benéfico para idosos e a que a ordem dos exercícios de força e aeróbio do TC não tem influência as adaptações neuromusculares, cardiovasculares e funcionais dessa população. / The aim of this study was to determine whether the concurrent training (CT) endurance and strength exercise sequence affects the neuromuscular, functional and cardiovascular adaptations of elderly people. Twenty-four healthy sedentary elderly men were divided into two CT groups. The endurance-strength group (n=11; 63.1±3.3 years; 1.76±0.07 m; 84.0±12.2 kg) performed the endurance exercise in the beginning of the CT sessions; the strength-endurance group (n=13; 67.0±6.0 years; 1.77±0.05 m; 80.9±10.5 kg) performed the strength exercises in the beginning of the CT sessions. Both groups trained two times per week for 12 weeks. The maximal strength of the subjects was tested by the knee extension one repetition maximum test (1RM) and by the knee extension maximal isometric voluntary contraction (MIVC). The rate of force development (RFD) in 50, 100, 150 and 200 ms, the knee extension power with 60% of pre-training 1RM, and the countermovement jump (CMJ) height were used as a measure of muscular power. Maximal muscle activation of the vastus lateralis (VL) and rectus femoris (RF) was obtained by surface electromyography during the MIVC and during the knee extension with the 1RM load, while the submaximal activation was obtained during the knee extension with 60% of pre-training 1RM and during the sit to stand movement. Muscular ultrassonography was performed to determine the muscle thickness of the quadriceps femoris, and the echo intensity of the RF. The 30-s chair stand test and the get up and go test were performed to evaluate the functional adaptations. The maximal aerobic capacity was determined by the peak oxygen uptake (VO2peak) and the endothelial function was evaluated by the brachial artery flow mediated dilation (FMD). Pre and post-training values were compared by the two way repeated measures ANOVA (time vs group), with group as inter-subject factor and accepting α≤0.05 as significant. After the training period both groups improved the values of 1RM, MIVC, knee extension power and RFD at 150 and 200 ms (p≤0.05), without difference between them. However, no improvement was observed in the RFD at 50 and 100 ms, and in the CMJ height (p>0.05). The VL and RF muscular activation increased similarly in both groups in the MIVC and in the 1RM (p≤0.05), and the submaximal activation was reduced in the two groups only in the knee extension performed with 60% of pretraining 1RM (p≤0.05), without differences between them (p>0.05). The muscle thickness quadriceps femoris increased similarly in the two groups (p≤0.05) and the RF echo intensity reduced significantly (p≤0.05), without difference between groups (p>0,05). The number of repetitions in the 30-s chair stand test increased after the CT (p≤0.05), without difference between groups (p>0.05). No difference was observed in the time to perform the get up and go test (p>0,05). The VO2peak did not change after the training (p>0,05), but the FMD enhanced after the 12 weeks in both groups (p≤0.05). These results demonstrated that CT is beneficial for elderly people and the endurance and strength exercise sequence in the CT do not affect the neuromuscular, cardiovascular and functional adaptations in this population.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/77199
Date January 2013
CreatorsWilhelm Neto, Eurico Nestor
ContributorsPinto, Ronei Silveira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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