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A conferência de Durban e o antirracismo no Brasil (1978-2001)

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Previous issue date: 2014 / This research aims to analyze the relationship between Brazilian Black Movement and the United Nations’ Third Conference against Racism, held in 2001 in the city of Durban, South Africa. We seek to understand how it became possible that the Black Movement and the Brazilian delegation could have supported a consensual political position in Durban on racism/antiracism. Favoring a theoric and methodological approach focused on transnational analysis, the work focuses on the contemporary history of the Black Movement in Brazil, since the foundation of the Unified Black Movement, in 1978, until the Brazilian participation in Durban. The racialization of political struggle and the institutional dialogue between the Movement and the Brazilian State, during the government of Fernando Henrique Cardoso, processes that take place in the 1990s, were central in the production of consensus for Durban. The transnational context of action of the Conference, however, is understood here as a point of inflection, both historical and political. The nature of the relation between the Black Movement and the Conference highlights the importance the latter assumes in the discoursive reception of multiculturalism and affirmative action in Brazil, relation mediated by transnationality. Finally, it is considered that Durban Conference forms a new political map for global anti-racism, with the emergence of new actors in the international scene. Moreover, the implications of the Conference in the history of anti-racism in Brazil enable more watchful eyes to the historical specificities of local spheres, articulated, in turn, with transnational contexts of action. / A presente pesquisa tem como objetivo analisar a relação entre o Movimento Negro brasileiro e a III Conferência das Nações Unidas contra o Racismo, realizada em 2001 na cidade de Durban, na África do Sul. Procura-se entender como se tornou possível que o Movimento Negro e a delegação brasileira pudessem sustentar uma posição política consensual em Durban sobre racismo/antirracismo. Privilegiando um enfoque teóricometodológico centrado na análise transnacional, o trabalho se debruça sobre a história contemporânea do Movimento Negro no Brasil, desde a fundação do Movimento Negro Unificado, em 1978, até a participação brasileira em Durban. A racialização da luta política e o diálogo institucional estabelecido entre o Movimento e o Estado brasileiro, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, processos que se dão nos anos 1990, foram centrais na produção dos consensos para Durban. O contexto transnacional de ação da Conferência, entretanto, é aqui entendido como ponto de inflexão, tanto histórica quanto política. A natureza da relação entre o Movimento Negro e a Conferência evidencia a importância que esta assume na guarida discursiva ao multiculturalismo e às ações afirmativas no Brasil, relação mediada pela transnacionalidade. Considera-se, finalmente, que a Conferência de Durban conforma um novo mapa político para o antirracismo global, com a emergência de novos atores no cenário internacional. Além disso, as implicações da Conferência na história do antirracismo no Brasil ensejam olhares mais atentos às especificidades históricas das esferas locais, articulados, por sua vez, a contextos transnacionais de ação.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/5666
Date January 2014
CreatorsTrapp, Rafael Petry
ContributorsGauer, Ruth Maria Chittó
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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