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Qualidade do emprego e condições de vida dos empregados assalariados rurais agrícolas e não agrícolas das mesorregiões mais e menos modernizadas do Estado de Minas Gerais : um estudo entre os anos 2000 a 2010

This work aims to give a contribution to studies about employment quality and workforce life
conditions of people living in the rural megaregions of Minas Gerais, specially the paid
employee. The focus will be the megaregions of Minas Gerais, distinguished by more and less
modernization, in the cultivation of coffee, sugar cane and corn, considering both agricultural
employees and families. Taking into consideration the decrease of agricultural employment
occurred in the 2000 s and the growth of non-agricultural activities, giving rise to the New
Ruralism and the new forms of occupation for the paid job outside agriculture, a comparative
analyzes of job quality and life conditions for the non- and agricultural employees will be
made. The analyzes will indicate if the non-agricultural employment (ERNAs) leads to a
better quality of employment and life conditions, when compared to agricultural one. The
results obtained in this work indicate a better level of quality in the agricultural employment
for the employees living in the more modernized megaregions and with city residence; the
conditions are worse for the employees with rural residence working in the less modernized
megaregions. Agricultural employee life conditions were clearly better for those living in the
city and worse for those living in the rural area. In this sense, for the agricultural families and
employees the rural environment continues to reproduce more precarious conditions in
relation to the job, mainly in the poorer megaregions. On the other hand, for non-agricultural
employees, job quality index was better than for those agricultural, with the exception of
qualified employees living in the rural area of megaregion TMAP and Northwest of Minas
Gerais. However, the quality of non-agricultural employment was better for more traditional
activities, such as those performed in the more modernized megaregions industries, and it was
worse for more precarious activities such as paid domestic work (SDR) in the less modernized
megaregions. Life conditions were revealed better for all non-agricultural activities, when
compared to the agricultural ones, occurring improvement in all selected activities and
showing evolution in the mentioned decade. However, those conditions were worse in the less
modernized megaregions, and in terms of number, these regions received the largest number
of non-agricultural employees. Even presenting better life conditions, the non-agricultural
employees are concentrated in the poorer megaregions and in more precarious activities such
as paid domestic work (SDR). In conclusion, more than delve into the study of the impacts of
modernization in the paid job in Minas Gerais, this work aims to reveal if working conditions
(measured by IQE) and families life conditions (measured by ICV) in the rural area implied
improvement for non-agricultural employment in comparison with agricultural employment,
and if these changes implied in bigger rural development or if it emphasized more the
inequalities in rural areas in Minas Gerais. In this investigation the data from the IBGE 2000
and 2010 Demographic Census were used, in the construction of the IQE and ICV indexes,
based on the Balsadi (2005) methodology; for the definition of megaregions more and less
modernized the data from Censo Agropecuário and PAM were used. / Este trabalho tem como objetivo contribuir com os estudos em torno da qualidade do emprego
e condições de vida da força de trabalho residente no setor rural das Mesorregiões de Minas
Gerais, especificamente, o empregado assalariado. O recorte compreende as Mesorregiões de
Minas Gerais, separadas por mais e menos modernizadas nas culturas do café, cana-de-açúcar
e milho, envolvendo os empregados e as famílias agrícolas. Considerando a queda dos
empregos agrícolas ocorridos na década estudada e o crescimento das atividades não
agrícolas, considerando o novo rural e as novas formas de ocupação para o emprego
assalariado fora da agricultura, será realizada também uma análise comparativa da qualidade
do emprego e as condições de vida oferecidas a esses empregados agrícolas e não agrícolas,
destacando, a partir dos resultados, se os empregos rurais não agrícolas (ERNAs) se
consubstanciaram em maior qualidade do emprego e condições de vida quando comparados
aos agrícolas. Os resultados obtidos na tese apontam para uma maior qualidade do emprego
agrícola para os empregados nas Mesorregiões mais modernizadas, mas com residência
urbana, sendo piores para os empregados com domicilio rural e presentes nas Mesorregiões
menos modernizadas. As condições de vida dos empregados agrícolas também foram
nitidamente melhores para os empregados com domicílio urbano e piores para aqueles com
domicilio rural. Nesse sentido, para os empregados e famílias dos empregados agrícolas, o
setor rural continua reproduzindo condições mais precárias em relação ao emprego,
principalmente, nas Mesorregiões mais pobres. Já para os empregados das atividades não
agrícolas, a qualidade do emprego foi melhor que para os agrícolas, com exceção dos
empregados qualificados e com domicílio rural na Mesorregião TMAP e Noroeste de Minas.
Entretanto, a qualidade do emprego não agrícola foi melhor para as atividades mais
tradicionais, como a indústria das Mesorregiões mais modernizadas, e pior para as atividades
mais precárias, como serviços domésticos remunerados (SDR), por exemplo, nas
Mesorregiões menos modernizadas. As condições de vida se mostraram mais elevadas para
todas as atividades não agrícolas, quando comparadas às agrícolas, ocorrendo melhora em
todas as atividades selecionadas, o que representa uma evolução na década, continuando,
porém, sendo piores para as Mesorregiões menos modernizadas e que, em volume,
absorveram o maior número de empregados não agrícolas. Assim, mesmo apresentando
condições de vida melhores, os assalariados não agrícolas estão concentrados em maior
número nas Mesorregiões mais pobres e nas atividades mais precárias como, principalmente,
nos SDR, e serviços. Em síntese, mais que aprofundar o estudo dos impactos da
modernização no emprego assalariado de Minas Gerais, este trabalho busca evidenciar se as
condições de trabalho (medido pelo IQE) e condições de vida das famílias (medido pelo ICV)
no meio rural significaram melhoras para os empregos não agrícolas, em comparação aos
agrícolas, e se essas mudanças implicaram em maior desenvolvimento rural ou se acentuaram
ainda mais as desigualdades no meio rural mineiro. Foram utilizados na investigação os dados
do Censo Demográfico de 2000 e 2010 do IBGE, para a construção dos índices do IQE e do
ICV, fundamentados na metodologia de Balsadi (2005), e o Censo Agropecuário e PAM, para
a definição das Mesorregiões mais e menos modernizadas. / Doutor em Economia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_UFU:oai:repositorio.ufu.br:123456789/13475
Date26 February 2016
CreatorsGandolfi, Maria Raquel Caixeta
ContributorsNascimento, Carlos Alves do, Maia, Alexandre Gori, Almeida Filho, Niemeyer, Jesus, Clesio Marcelino de, Cardoso, Jucyene das Graças
PublisherUniversidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-graduação em Economia, UFU, BR, Ciências Sociais Aplicadas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFU, instname:Universidade Federal de Uberlândia, instacron:UFU
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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