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Previous issue date: 2009 / O estudo aborda a realidade de uma microbacia hidrográfica concentrando-se na observação
da interação dos processos constitutivos das variadas práticas espaciais que, originadas da
relação do social com o natural, moldam o conjunto de usos do recorte espacial em questão.
Este trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica socioespacial a partir dos principais usos
e formas de ocupação atuais no espaço da microbacia do rio Camaragibe, de sorte a oferecer
subsídios à gestão urbano-ambiental participativa desse espaço. Para atingir este objetivo foi
realizado o resgate histórico do uso e ocupação do solo dos últimos cinquenta anos no entorno
desse sistema hídrico, cotejando as principais transformações ocorridas no território da
microbacia, como forma de avaliar os processos que contribuem para a degradação
socioambiental. O rio Camaragibe, afluente do rio Capibaribe pela margem direita, drena
áreas dos municípios de São Lourenço da Mata, Camaragibe e da capital, Recife. No território
da microbacia existe uma carência de instrumentos jurídicos, associada a uma debilidade da
esfera publica em gerir o espaço de forma adequada. Associado a isso, observa-se a escassez
de informações bibliográficas e cartográficas referentes a aspectos socioambientais dos
citados municípios. Para preencher tais lacunas, foi realizado um levantamento de dados
primários, através de visitas de campo e da busca e sistematização de dados bibliográficos
que, sobrepostos e retrabalhados, possibilitaram a consolidação das analises textuais e o
desenvolvimento de sínteses cartográficas. O estudo revelou que, ao longo dos últimos vinte
anos a microbacia vem passando por profundas transformações em seu conteúdo ambiental,
socioeconômico e cultural, surgindo, assim, vetores que denunciam novas dinâmicas de
reestruturação socioambiental do território. Tais transformações são representadas ora pelas
dinâmicas naturais do crescimento vegetativo, ora por dinâmicas de origem externa a área da
microbacia, que desencadeiam processos de elitização de frações do espaço e expansão de
assentamentos informais. Cada fração do espaço abriga em seu território uma rede de
tecnologias de uma época que se encontra em relação, sincrônica ou não, com o uso do solo
em processo nas diferentes frações espaciais. Tais usos e ocupações preponderantes no espaço
formam um mosaico, cuja dinâmica de configuração das parcelas representa um complexo
jogo de apropriações e (re)produções socioespaciais, sempre acompanhadas de impactos
ambientais negativos agravados pela inexpressiva atuação do poder público, no que tange à
gestão ambiental, bem como a políticas de regularização fundiária e de redução das
desigualdades sociais. Ao propor uma tipologia de unidades espaciais baseada no uso e
ocupação do solo e em seu conteúdo socioambiental, a pesquisa espera contribuir para
fortalecer o diálogo entre atores sociais no gerenciamento dos conflitos provocados pelos
interesses em jogo na apropriação dos recursos ambientais da microbacia
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/3001 |
Date | 31 January 2009 |
Creators | Oliveira, Arthur Albuquerque Batista de |
Contributors | Silva, Marlene Maria da |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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