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Mire veja : travessias epifânicas nas veredas do Grande Sertão

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Previous issue date: 2012-05-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this research is to offer a critical view of the novel Grande Sertão: Veredas (1956), by João Guimarães Rosa, in the light of the epiphany concept developed by the Irish writer James Joyce, that means, to apart it from its original place the religion moving it to the literary field as one of its aesthetic procedures. Based on the bibliographical survey of the critical fortune focused on the titles evidencing some thematic proximity as, for example, the construction of Rosa s language in what concerns lexical innovation and hard work with the language and the links with metaphysics and alchemy, the problematic of the research is concentrated on the speculation on the presence of epiphanic procedures in the novel s writing, its closeness and distance to Joyce s concept, as well as the links established with the aesthetical effect. The hypothesis we raised is that the singularity of the epiphanic writing process in GSV lies in the friction created by Rosa s text between writing and talking, the text and the work according to Paul Zumthor s concepts, in short, between what the writing suggests and what the reader reads-hears-sees-embodies-interprets. Furthermore, it is in Riobaldo s narrative act that the new sight of the lived matter occurs, which reverberates in the writing sphere in the relation between the authorial creative process and the effect on the reception. The methodology of the analysis favors the enunciative scenes which generate the great transformations in the narrator s trajectory - which are Diadorim, the Siruiz song and the pact with the devil following the assumption that GSV s epiphanic process resides in the intercross of two enunciative scenes: the one that is built on the oral level (from the narrator Riobaldo to the interlocutor) and the other one which is constructed between the subject of the writing the author creator João Guimarães Rosa Riobaldo s partner, with whom he shares the authorship between voice, talking and writing, the novel itself and the other to whom it is destined, which, now, is the reader. The results demonstrate that the epiphany, besides its character of apparition, revelation and manifestation, acts as GSV s aesthetical and compositional
procedure, and manifests itself in the microphysics of its poetical language, in Riobaldo s oral narrative as well as in the authorial writing / O objetivo desta pesquisa é oferecer uma perspectiva crítica do romance Grande Sertão: Veredas (1956) de João Guimarães Rosa, à luz da concepção de epifania do escritor irlandês James Joyce, isto é, desvinculando-se de seu lugar de origem a religião e deslocando-se para o âmbito da Literatura, como um de seus procedimentos estéticos. A partir do levantamento bibliográfico da fortuna crítica, centrado em títulos que evidenciam alguma aproximação da temática como, por exemplo, a construção da linguagem rosiana, no que diz respeito à inovação do léxico e ao árduo trabalho com a língua, e seus vínculos com a metafísica e a alquimia, a problemática de pesquisa concentra-se em torno da especulação sobre a presença de procedimentos epifânicos na escritura do romance, sua aproximação e distanciamento do conceito joyceano, bem como os vínculos estabelecidos com o efeito estético. A hipótese que levantamos é a de que a singularidade do processo epifânico da escritura de GSV está no atrito que a escrita rosiana cria entre a escrita e a fala, o texto e a obra, na concepção de Paul Zumthor, enfim, entre o que a escrita sugere e o leitor lê-ouve-vê-corporifica-interpreta. Além disso, é no ato narrativo de Riobaldo que se dá a nova visão sobre a matéria vivida, que reverbera para o plano escritural na relação entre o processo criativo autoral e o efeito sobre a recepção. A metodologia de análise privilegia a seleção de cenas enunciativas geradoras de grandes transformações na trajetória do narrador Diadorim, a canção de Siruiz e o pacto com o Diabo tendo por diretriz a hipótese de que o procedimento epifânico de GSV está no entrecruzamento entre duas cenas enunciativas: a que se constrói no nível da oralidade (do narrador Riobaldo para o interlocutor) e aquela que se constrói entre o sujeito da escrita - o autor criador João Guimarães Rosa - parceiro de Riobaldo com o qual divide a autoria entre voz, fala e escrita -, o romance em si e o outro a quem se destina, que é, agora, o leitor. Os resultados demonstram que a epifania, além do caráter de aparição, revelação e manifestação, atua como procedimento
estético e composicional de GSV, manifestando-se na microfísica da sua linguagem poética seja na narração oral de Riobaldo, seja na escritura autoral

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14694
Date16 May 2012
CreatorsTeles, Daniele Cristina Agostinho
ContributorsOliveira, Maria Rosa Duarte de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, PUC-SP, BR, Literatura
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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