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A intersetorialidade como estratégia técnica e política da Organização Mundial da Saúde e do Banco Mundial

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Previous issue date: 2017-11-27 / CAPES / O objetivo desta tese é analisar os fundamentos da intersetorialidade como estratégia de gestão proposta pela Organização Mundial da Saúde e pelo Banco Mundial, caracterizando as intencionalidades contidas nas dimensões técnica e política. Para o alcance do objetivo, realizamos uma pesquisa qualitativa, envolvendo pesquisa documental a partir das palavras-chave intersectoral e multisectoral, a partir dos textos disponíveis nos sites dessas agências internacionais. A busca ocorreu entre os anos de 2015 e 2016. O método escolhido como referencial epistemológico foi o materialismo histórico dialético. Para a análise de dados utilizamos a análise de conteúdo do tipo temática. O significado da intersetorialidade para a Organização Mundial da Saúde e para o Banco Mundial está relacionado à: realização de ações, atividades ou esforços conjuntos entre vários setores; a uma estratégia de saúde adotada nas conferências internacionais de promoção da saúde; como sinônimo de ação multisetorial entre setores e ao trabalho conjunto entre profissionais de diferentes disciplinas/profissões para compartilhar saberes ou como uma forma de intervenção, abordagem, ações, coordenação entre setores diferentes. Os objetivos para o uso da intersetorialidade/multisetorialidade por ambas as Agências estão relacionados à resolução dos problemas sociais como a falta de saúde, educação, epidemias e a má gestão das políticas sociais. Relaciona-se o fomento das ações intersetoriais ao âmbito das políticas sociais, especialmente para os pobres e vulneráveis, como ferramenta técnica de gestão capaz de desfragmentar as políticas sociais e resolver os problemas sociais. Com o uso das categorias historicidade, essência/aparência desvendou-se a impossibilidade da resolução dos problemas sociais no capitalismo e da desfragmentação das políticas sociais pelo uso da intersetorialidade. Compreende-se que a gênese da fragmentação e dos problemas sociais postos pelas Agências estão associados à base material que os produzem: as relações sociais de produção. Essas comandam todo o processo e as necessidades humanas dos seres sociais não são a prioridade do sistema. Concluímos que a aparente racionalização técnica conferida a intersetorialidade/multisetorialidade pelas agências internacionais Organização Mundial da Saúde e Banco Mundial encobrem a determinações ideológicas e políticas a favor da reprodução de propostas de reforma social aliançadas ao neoliberalismo. Essas supõem que com boa administração e gestão dos recursos e intersetorialidade seja possível resolver expressões da Questão social. A intersetorialidade, no aspecto conceitual, deve ser compreendida como uma ação técnica e política de articulação entre setores visando à construção, reafirmação ou oposição a projetos coletivos.

Palavras-Chave: questão social, política social, Organização Mundial da Saúde, Banco Mundial, intersetorialidade.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufes.br:10/6865
Date27 November 2017
CreatorsAbreu, Cassiane Caminoti, 0000-0001-9851.8411
ContributorsMendonça, Luiz Vasconcellos Pessoa de, Vieira, Ana Cristina de Souza, Couto, Berenice Rojas, Mendes, Jussara Maria Rosa, Garcia, Maria Lúcia Teixeira
PublisherUniversidade Federal do Espírito Santo, Doutorado em Política Social, Programa de Pós-Graduação em Política Social, UFES, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFES, instname:Universidade Federal do Espírito Santo, instacron:UFES
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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