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Ibirapuera, metáfora urbana. O público/privado em São Paulo. 1954-2017 / Dado não fornecido pelo autor.

Celebrado recentemente pela imprensa estrangeira como um dos dez melhores parques urbanos do mundo, o Parque Ibirapuera é um símbolo de São Paulo. Projetado como o palco de convergência para os eventos comemorativos do IV Centenário da cidade, foi inaugurado em 1954 para simbolizar a ascensão da capital ao mundo moderno e industrializado. A história do parque, de seus edifícios e arredores é marcada por disputas, incertezas e apropriações casuísticas que ainda permanecem vorazes. Seus edifícios modernos, projetados sem clara definição de uso após os festejos que os ensejaram, foram objeto de intensa apropriação pelo poder público e entidades privadas, que obstaculizaram uma gestão integrada e coerente do Ibirapuera. Partindo da constatação preliminar de que o parque, assim como seu conjunto arquitetônico projetado por Oscar Niemeyer e equipe, foi fragmentado funcionalmente em diversas \"ilhas\" ao longo do tempo, procura-se compreendê-lo como um espaço altamente dinâmico e pautado por práticas que muitas vezes ameaçam a preservação de sua espacialidade e seu caráter público. Apesar de ser desde finais do século XX um território que se define pela concentração de algumas das mais importantes instituições culturais do país, é emblemático de sua trajetória instável o fato de que seus edifícios tenham sido apropriados por órgãos burocráticos durante mais de meio século e que sua área verde tenha sido drasticamente diminuída. O Parque Ibirapuera foi ainda rodeado por grandes avenidas, atravessado por túneis e entrecortado por zonas residenciais e grandes equipamentos urbanos - hospitais, institutos científicos, clubes privados, sede legislativa, sede de departamento de trânsito e zonas militares. Assim, neste estudo, ele é compreendido tanto como evidência quanto como instrumento de uma esfera pública que é definida por sua coexistência com interesses privados e geralmente por eles enfraquecida. / Ibirapuera Park, celebrated recently by the international press as one of the world\'s ten best urban parks, is an icon of São Paulo. It was designed to be the focal point of the city\'s 400th anniversary commemorations and was inaugurated in 1954 to symbolize the capital\'s entry to the modern industrialized world. The park\'s history, its buildings and surroundings are marred by continuing insatiable disputes, uncertainties and casuistic appropriations even today. Its modern buildings, designed with no clearly defined use after the festivities that gave rise to them, were the object of intense appropriation by both public authorities and private entities, barriers to a coherent and integrated management of Ibirapuera. Based on the preliminary observation that the park, together with its architectural complex designed by Oscar Niemeyer and his team, was divided functionally into various \"islands\" over the years, an attempt is made to understand it as a highly dynamic space, characterized by practices that very often endanger the preservation of its spatiality and public nature. Although since the late 20th century it is an area that concentrates some of the country\'s most valuable cultural institutions, the fact that its buildings have been taken over by bureaucratic bodies for over half a century and its green area drastically reduced is emblematic of its uncertain trajectory. Ibirapuera Park was moreover hemmed in by wide avenues, crossed by tunnels and intersected by residential neighborhoods and major urban equipment, such as hospitals, scientific institutes, private clubs, legislative headquarters, traffic department head office and military zones. So in this study it is understood as both proof and instrument of a public sphere marked by its coexistence with private interests and generally undermined by them.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-09012019-113200
Date28 June 2018
CreatorsFernanda Araujo Curi
ContributorsPaulo César Garcez Marins, Vladimir Bartalini, José Geraldo Simões Júnior, Mônica Raisa Schpun, Simone Scifoni
PublisherUniversidade de São Paulo, Arquitetura e Urbanismo, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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