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Dinâmica vegetacional e climática holocênica da Caatinga, na região do Parque Nacional do Catimbau, Buíque - PE

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Previous issue date: 2008 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente trabalho tem como principal objetivo descrever a dinâmica holocênica da caatinga,
na região do Parque Nacional do Catimbau, Buíque, PE. Foi realizada a análise palinológica
em argila rica em matéria orgânica vegetal, depositada na baixa encosta da Serra de
Jerusalém, situada na Fazenda Brejo de São José ( 8° 32` 45 S, 37° 13` 14 W) e quatro
datações radiocarbônicas, com o objetivo de quantificar a variação e densidade dos grãos de
pólen ao longo de um intervalo do Holoceno, e estabelecer sua relação com as variações
climáticas. As amostras foram coletadas a cada 10 cm em uma trincheira aberta no sedimento
com 1,10cm de espessura. Através da identificação dos tipos polínicos por comparação com
elementos da flora atual e tratamentos estatísticos do subprograma de estatística de
similaridade e agrupamento CONISS (Grimm, 1987) incluso no programa Tilia/Tilia Graph.
Foram estabelecidas três zonas polínicas, descritas nos palinodiagramas de concentração e
porcentagem dos principais táxons arbóreos, arbustivos, lianas, ervas aquáticas, algas, esporos
ao longo do perfil estudado. Os resultados permitiram inferir modificações na taxa de
sedimentação, distribuição e composição da vegetação durante o Holoceno desde 8.410 ± 40
anos AP até o presente na região, associadas às variações de umidade. As condições locais se
mantiveram úmidas ao longo de todo o perfil, sendo que por volta de 2.150 ± 40 anos AP, o
aumento na taxa de sedimentação e do percentual da angiosperma aquática Nymphaea e das
algas Mougeotia, Debarya e Zygnema sugerem maior umidade, possivelmente promovida por
uma fase pluvial mais intensa. Desde ca. 1.694 anos AP até o Presente a composição polínica
reflete a vegetação atual e com características locais, porque embora inserido no semi-árido,
ocorre com freqüência os elementos Anthoceros, Cyathea, Esporos Monoletes, Mougeotia e
Zygnema típicos de ambientes úmidos. As altas taxas de umidade observada na área devem
está associadas a diversos fatores locais, muito embora, devam refletir condições de umidade
sob um aspecto mais amplo. A localização na baixa encosta de uma chapada arenítica, que
funciona como uma área de recarga de água subterrânea, a proximidade do contato geológico
com rochas cristalinas da borda da Bacia Sedimentar de Jatobá, ou a associação a falhas e
fraturas promovendo surgência de águas pode ter favorecido a preservação e manutenção da
vegetação com alto gradiente de umidade dentro do semi-árido. A ocupação da área e as
transformações antrópicas na vegetação estão presentes desde cerca de 4.500 anos AP,
sugeridas pela presença de Orbignya (babaçu), elemento exótico na região. Por volta de 2.440
anos AP até ca. de 1.694 anos AP, os registros dos elementos com hábitos aquáticos e
característicos de ambientes úmidos, sugerem condições mais úmidas, o que pode ter levado a
uma expansão no processo de ocupação da área por grupos humanos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6364
Date31 January 2008
CreatorsRicardo da Silva Lôbo do Nascimento, Luiz
ContributorsMagnólia Franca Barreto, Alcina
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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