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Mulheres e drogas: o que a família tem com isso? : argumentos do discurso contemporâneo

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Previous issue date: 2007 / Phenomena related to the psychoactive substances misuse seem to support themselves in historical commitments involving government policy, families and the market. New strategies for intervention in this field must take into account the recognition of these links. This research takes the subjects women, families and drugs and tries to find, out of the clinical setting, the part played by several social actors. As media is an expression site for these actors, texts from representatives of press media (Veja, Zero Hora, Diário Gaucho and Correio do Povo) were analyzed. The texts selected by a process known as Text Mining were submitted to the argumentative analysis. Steps of analysis were global reading and a second reading from which arguments were detached, each one unfolding itself in items: data, guarantees, supports and refutations. This has led to a synthesis of arguments in a map and a new reading of the related parts, which exposed predominant arguments and led to the elaboration of a meta-text, where the originary ones are not identified any more. Two findings are presented with special emphasis: the emergency of old gender stereotypes and the silence perceived in the set of the map of arguments and the meta-text. Three detached stereotypes are the distinction of sex for the professional categories, the mentioned marriages were all heterosexual and the therapeutic measures mentioned were hospitalization and medical orientation to interrupt the use of the substance. Silence passes almost unobserved. Silence speaks about the system, a set of rules and norms that prevail to everything. In no text the substances use was related to the economic and political order nor to the social or historical aspects of the communities. Silence in the interlocution space is a discrete way to support both the state and the markets.It is advisable to project a new pedagogy for the families, through a joint work among people and professionals of media, health, education and social work. This project must guarantee, from its beginning, less silent dialogue spaces. / Em relação aos transtornos por uso de substâncias psicoativas, as abordagens terapêuticas consideram modelos explicativos da participação das famílias no estabelecimento destes fenômenos, mas não têm ampliado a resolutividade das intervenções. Além disso, não pode ser estabelecida correlação entre o uso de todos os grupos de substâncias e co-habitação parental ou tabagismo parental nos dados aqui revisados de um estudo com a população adolescente de um município brasileiro de porte médio. Este estudo amplia a perspectiva do fenômeno, a partir de um recorte de gênero, voltando-se ao exame da relação entre mulheres e substâncias psicoativas. O espaço midiático, através dos veículos de comunicação impressa Veja, Zero Hora, Diário Gaúcho e Correio do Povo, é tomado como fonte documental para responder à questão do título: o que a família tem com isso? Os textos foram selecionados por mineração de textos e submetidos à análise argumentativa, que leva à identificação das principais proposições, cada uma desdobrando-se em dados, garantias, apoios e refutações. A Síntese de Argumentos e a elaboração de um Meta-Texto, onde já não se identificam mais os textos originários explicita os resultados. Duas constatações foram destacadas: a emergência de estereotipias - algumas de gênero - e a importância de silêncios percebidos. Três estereotipias destacadas foram a distinção de sexo para as categorias profissionais, os casamentos mencionados serem todos heterossexuais e as medidas terapêuticas mencionadas incluírem apenas hospitalização e orientação médica para interromper o uso da substância. O silêncio passa quase despercebido. O silêncio é o fato de que em nenhum texto as questões ligadas às substâncias psicoativas são relacionadas à ordem política e econômica ou às dimensões sociais e históricas das comunidades.A proximidade entre estes silêncios e estereotipias (de gênero ou relacionadas aos papéis parentais) leva a um padrão repetitivo de atribuição dos problemas com drogas aos indivíduos ou às famílias. Isso estabelece uma forma discreta de sustentação tanto do estado quanto dos mercados vigentes, mantendo o tecido social permeável aos produtos que são as substâncias psicoativas. O estudo leva à recomendação do desenvolvimento de uma nova pedagogia para as famílias, através de um trabalho conjunto entre população em geral e profissionais de mídia, da saúde, da educação e das ciências sociais. Esta proposta deve garantir, desde sempre, espaços de interlocução com menos silêncios.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/4904
Date January 2007
CreatorsHorta, Rogério Lessa
ContributorsStrey, Marlene Neves
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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