As florestas de mangue estabilizam a zona costeira da erosÃo e atuam como zona tamponante entre o continente e o mar. Apresentam elevado grau de resiliÃncia e desempenham um importante papel no fluxo de energia e ciclo de nutrientes. SÃo
influenciadas pelo crescimento da carcinicultura que pode causar sÃrios impactos ambientais, particularmente na regiÃo nordeste do Brasil devido à emissÃo de sÃlidos em suspensÃo e nutrientes para os estuÃrios. Avaliar a capacidade de retenÃÃo capaz de minimizar o impacto dos efluentes contendo elevados teores de fÃsforo e material particulado em suspensÃo e distinguir esta capacidade entre Ãreas de reconhecida
contaminaÃÃo e Ãreas com caracterÃsticas naturais constituÃram o objetivo desta dissertaÃÃo. As coletas de Ãgua e sedimento ocorreram em 2 campanhas no rio Jaguaribe (impactado) e
em 1 no rio Pacoti (natural) em marà sizÃgia durante 13 horas. Os parÃmetros pH, OD, %OD, temperatura, salinidade e condutividade foram medidos in situ com multisonda portÃtil. O
MPS foi obtido por gravimetria (APHA, 2001). As fraÃÃes de fÃsforo na Ãgua e no sedimento foram determinadas segundo Grasshoff et al. (1999). A extraÃÃo de TP no sedimento seguiu
Berner & Rao (1994). As medidas de fluxo foram calculadas segundo OVALLE et al (1990) e a estimativa do balanÃo de massa foi obtida de forma simplificada a partir do balanÃo entre
os processos de entrada e saÃda de acordo com a mudanÃa de marÃ. Os parÃmetros hidroquÃmicos se mostraram semelhantes para as duas Ãreas de estudo, com exceÃÃo do OD, que alcanÃou valores sub-Ãxicos para a gamboa do Jaguaribe. O MPS variou entre 23,1 e 172,9 mg.L-1 para as duas campanhas na gamboa do Jaguaribe e entre 23,5 e 97,7 mg.L-1 para a gamboa do Pacoti, tendo sido considerados aceitÃvel quando comparado a outros trabalhos. As concentraÃÃes de fÃsforo para a gamboa do rio Jaguaribe variaram para o DPO4 entre 2,1 e 6,5 μM na gamboa do Jaguaribe, e 0,1 e 0,9 μM na gamboa do Pacoti; para o T-PO4 entre 3,2 e 15,9 μM para a gamboa do Jaguaribe e 2,9 a 7,3 μM para a gamboa do Pacoti; e para o Part-PO4, entre 1,3 e 11,9 μM para a gamboa do Jaguaribe e 2,8 a 7,7 μM para a gamboa do Pacoti; tendo o Jaguaribe apresentado maiores concentraÃÃes que o Pacoti em todas as campanhas e fraÃÃes, provavelmente relacionando o fÃsforo presente aos efluentes de carcinicultura. O fÃsforo no sedimento variou de 180,6 e 224,9 μg de P/g para o TP na gamboa do Jaguaribe e na gamboa do Pacoti foi de 117,5 μg de P/g, mostrando que as maiores concentraÃÃes de P no sedimento ocorreram na gamboa do Jaguaribe. Os fluxos de MPS (Flx MPS) variaram de 0 a 184,5 g.s-1, na primeira campanha
na gamboa do Jaguaribe, 0 a 36,4 g.s-1, na gamboa do rio Pacoti e entre 0 e 836,5 g.s-1 na segunda campanha do Jaguaribe, onde, nesta, os valores foram quase uma ordem de
grandeza maiores que na anterior e seu comportamento foi mais acentuado durante a marà vazante. O Flx D-PO4 na gamboa do rio Jaguaribe variou de 0 a 709 mg.s-1 e 0 a 9.113 mg.s-
1, enquanto que na gamboa do Pacoti variou de 0 a 13,4 mg.s-1. Para o Flx T-PO4, foi observada variaÃÃo de 0 a 1.248 mg.s-1 e de 0 a 11.065 mg.s-1 na gamboa do Jaguaribe, e
de 0 a 295 mg.s-1 na gamboa do Pacoti, e o Flx Part-PO4 variou de 0 a 539 mg.s-1 e de 0 a 3.471 mg.s-1 para as campanhas do Jaguaribe, e de 0 a 281 mg.s-1 para a gamboa do
Pacoti. O fluxo das fraÃÃes de P e do MPS estÃo estreitamente relacionados a velocidade da corrente. As estimativas de balanÃo de massa mostraram que o rio Jaguaribe retÃm tanto as
fraÃÃes de fÃsforo quanto os teores de MPS, corroborando com a hipÃtese gerada por este trabalho. Entretanto, sua capacidade de suporte està diminuÃda em comparaÃÃo com os
resultados de balanÃo encontrados para o rio Pacoti, que apresentou uma retenÃÃo de materiais bem mais significativa do que o rio Jaguaribe, caracterizando-o com uma grande
capacidade de suporte. O rio Jaguaribe, por sua vez, provavelmente pode estar entrando em um processo de envelhecimento acelerado pela aÃÃo antrÃpica que causa impacto em suas Ãguas que esta diminuindo sua capacidade depuradora. / The mangrove forests stabilize the coastal erosion zone and act as a buffering between the continent and the sea. This forest presents high resilient degree, suggested to be used as marker of environmental changes. They play an important role in the energy flow and nutrients cycles. They are suffering with the growth of shrimp ponds. This tends to be
responsible of causing serious environmental impacts, particularly in the northeast of Brazil and being associated with the emission of solids in suspension and nutrient in estuaries. The mangroves growth has a retention capacity capable to minimize the impact of the effluents
that can be distinguished between areas being recognized contaminated and areas with natural characteristics, for that we were intended to test this capacity through the study of phosphorus and TSS mass balance in these estuaries. Sampling of water and sediment was in 2 campaigns: in the Jaguaribe creek (impacted) and in the Pacoti creek (natural) at tidal cycle. The parameters pH, OD, %OD, T, salinity and cond were measured in situ with
portable multimode. TSS was obtained by gravimetric method (APHA, 2001). The fractions of phosphorus in water and in sediments were according to the Grasshoff et al. (1999). The TP extraction in sediment followed Berner & Rao (1994). The flow measures were calculated according to OVALLE et al (1990) and the estimate of the mass balance was obtained in
simplified ways starting from the mass between the entrance processes to the agreement with the tide change. The hydrochemistry parameters showed the same for the two study
areas, except for OD, that reached suboxic values for Jaguaribe creek. TSS varied between 23,1 and 172,9 mg.L-1 for two campaigns in the Jaguaribe creek and 23,5 and 97,7 mg.L-1 for the Pacoti creek, having been considered acceptable when compared the other works. The phosphate concentrations for Jaguaribe creek varied for D-PO4 between 2,1 and 6,5 μM in Jaguaribe creek, and 0,1 and 0,9 μM in Pacoti creek; for T-PO4 between 3,2 and 15,9 μM for
Jaguaribe creek and 2,9 to 7,3 μM for Pacoti creek; and for Part-PO4, between 1,3 and 11,9 μM for Jaguaribe creek and 2,8 to 7,7 μM for Pacoti creek; tends Jaguaribe presented larger concentrations that Pacoti in all the campaigns and fractions, probably due to the effluents of shrimp pond. The phosphorus in the sediment varied from 180,6 to 224,9 μg of P/g for TP in Jaguaribe creek and in Pacoti creek it was of 117,5 μg of P/g, showing that the largest
concentrations of P in the sediment happened in Jaguaribe. The flows of TSS (Flx TSS) varied from 0 to 184,5 g.s-1, in the first campaign in Jaguaribe creek, 0 to 36,4 g.s-1, in Pacoti creek and between 0 and 836,5 g.s-1 in the second campaign of Jaguaribe, where the values were almost an order of greatness larger than in the previous and your behavior was more accentuated during the ebb tide. Flx D-PO4 in Jaguaribe creek varied from 0 to 709 mg.s-1
and 0 to 9.113 mg.s-1, while in Pacoti creek it varied from 0 to 13,4 mg.s-1. To Flx T-PO4, variation was observed from 0 to 1.248 mg.s-1 and from 0 to 11.065 mg.s-1 in Jaguaribe
creek, and from 0 to 295 mg.s-1 in Pacoti creek, and Flx Part-PO4 varied from 0 to 539 mg.s-1 and from 0 to 3.471 mg.s-1 for the campaigns of Jaguaribe, and from 0 to 281 mg.s-1 for Pacoti creek. The fluxes of the fractions of P and of TSS are much related with current speed. The estimates of mass balance showed that the river Jaguaribe retains the phosphorus fractions as much as the TSS, corroborating with the hypothesis generated by this work.
However, their support capacity it is reduced in comparison with the balance results found for the river Pacoti that presented retention of materials much more significant than the creek in Jaguaribe River, characterizing him with a great support capacity. However, Jaguaribe River can probably be entering in an accelerated process of aging caused by the antrophic actions that impacts in its waters.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:2804 |
Date | 21 April 2009 |
Creators | Louize Viveiro da Fonseca |
Contributors | Rozane Valente Marins, Luiz Drude de Lacerda |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em CiÃncias Marinhas Tropicais, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0027 seconds